quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Solidariedade...


A questão da solidariedade é extremamente actual. As sociedades contemporâneas, assentes sobre os valores do capitalismo, estão em alta medida fundadas em sistemas de competição e interesses.
Há uma sociedade que se está a construir, na base de uma moral egoísta. A pessoa só é reconhecida pelos benefícios que pode gerar.
Isto acarreta algumas implicações concretas:

• forte indiferença em relação aos não produtivos (não produzes, não prestas);
• mal-estar social de largas proporções;
• stress da guerra permanente;
• Rasto de miséria e sofrimento que os egoístas em competição deixam atrás de si;
• Este espírito está a invadir tanto os espaços privados como as instituições sociais;
• O nosso mundo está carente de solidariedade.

Os Diversos Nomes da Solidariedade

• Na tradição cristã, a vida solidária tem o nome de fraternidade;
Esta ideia vem-nos dos primeiros cristãos: uma comunidade de irmãos, filhos do mesmo Pai e reunida em volta de Jesus Cristo.

• É no âmbito da sociologia que esta mesma expressão recebe o nome de solidariedade, e com ela queremos designar os modelos e as normas que regem as sociedades comunitárias, onde os bens são repartidos para o usufruto comum e as tarefas são praticadas em cooperação mútua.

Condições de Validade do Gesto Solidário

A Solidariedade é mais do que prestar serviços ao outro: é um tipo especial de relacionamento social, que exige reciprocidade e empenho mútuo.
Se não existir esta reciprocidade e empenho mútuo ela será uma forma de acção altruísta, sem dúvida meritória, mas não chega a ser solidária.

Há algumas condições para um gesto solidário:


Não à indiferença. Se sou indiferente à sorte, ao sofrimento, à angústia das pessoas, não posso ser solidário.

Aceitação da diferença. Para ser solidário tenho que aceitar que a outra pessoa ou cultura é diferente de mim ou da minha cultura. Se com o meu gesto altruísta ou generoso eu pretendo que o outro faça aquilo que eu quero ou se torne semelhante a mim, eu não estou a ser solidário.

Doação. Ser solidário é dar-se ou doar-se mas nesta relação eu não posso perder a minha própria identidade ou tornar-me escravo da pessoa a quem pretendo ajudar. Tenho que continuar a ser autónomo e senhor dos meus actos. A empatia significa um deixar-se levar por exercício da própria vontade, em relação ao outro e às suas necessidades e carências.

Aprendizagem. Uma relação solidária traz sempre consequências e uma das mais importantes e fundamentais é precisamente esta: aprender com o outro.

Aceitar que a outra pessoa é diferente de mim e que eu posso enriquecer-me, completar-me com o que ela tem e eu não: “és eternamente responsável por aquele que cativaste” S. Exupéry


• A pessoa solidária nunca vê a sua relação com os demais em termos de superioridade ou inferioridade.

• Ser solidário não é “dar uma esmola”, ser solidário é partilhar com outros, com aqueles que necessitam da nossa ajuda, compreensão e amor.

• Ser solidário é, na expressão de S. Daniel Comboni, “fazer causa comum”.

1 comentário:

Unknown disse...

Viva, vamos todos ser solidários sim.
Solidariedade lembra-me a Polónia quando aquele Sindicalista ficou famoso.
Beijo
MAnuela

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