terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Ter em detrimento do Ser, hoje...



“A solidão e a sensação de não se Ser são as mais terríveis das pobrezas”(MADRE TERESA DE CALCUTÁ)

A sociedade está a mu­dar, interessará reflectir para onde?
Assistimos a uma cada vez maior diferen­ciação de profissões e funções que vieram pôr termo à estrutura tradicionalmente simples da sociedade, tornando-a extraordinariamente complexa. Este fenómeno acentua evidências de individualização e grande di­versidade e pluralidade de grupos sociais, de valores, de necessida­des, de orientações e formações, de estilos de vida e de conflitos de interesse.
Daí o aumento de crises e sinais de ruptura (ontem em França e na Grécia, amanhã…) com princípios, comportamentos e normas anco­radas em referências tradicionais, que eram apontadas como abrangentes.
Isto é, a unidade de valores quebrou-se.
Existem hoje muitos estudos que apontam estas mudanças profundas no capítulo dos va­lores fundamentais. Há até quem ponha em dúvida tais alterações, referindo que o que está realmente em causa não são modificações propriamente ditas dos valores mas sim das atitudes para com eles.
No entanto, independentemente da nossa opinião, a “sociedade vive uma passagem de perspectivas materialistas para horizontes pós-materialistas, decorrente também da evolução de sociedade de produção para sociedade de serviços, de sociedade de trabalho para socie­dade de trabalho, da cultura e do tempo livre.”
Hoje valoriza-se diversamente o trabalho, o rendimento e o tempo livre – pensa-se menos no futuro, valoriza-se mais o presente, o dia-a-dia, e o “ aqui; já e agora”.
Pelo que não é estranho não valorizar valo­res como: disciplina, adaptação, subordinação, esforço, sacrifício, solidariedade, entreajuda; e a estarem na moda valores tais como: auto­nomia, criatividade, individualismo, fruição de vida, comunicação, convívio, aventura, risco.
Estas alterações provocam as seguintes in­quietações:
– Que tipo e grau de coabitação estão a ser alcançados entre a “tradi­ção e a necessidade de inovação?”
Em suma, será que este caminho vislumbra FELICIDADE?
Hoje existe a pressão, do TER em detrimento do SER – vivemos num mundo em que a apologia das apa­rências vai subordinando, inclusiva­mente, a inteligência.
Valerá a pena, com toda a certeza, cada um de nós fazer um esforço e recentrar a sua vida.
E hoje, sábado, dia de chuva em que escre­vo estas modestas linhas, relembro somente duas quadras da canção Chuva cantada por Mariza (Fado em Mim):
“As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir”.

Para reflectir: “O amor é a força mais subtil do mundo.” (Mahatma Gandhi)

(Vítor Pardal)

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