segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Filme "Look Up" - «Desliga-te e conhece o Mundo. Vive a vida real»




«Look Up» é um vídeo, um poema, um alerta. E tem uma mensagem: chamar à atenção para a dependência global de todos nós das redes sociais e internet.

Numa época em que as redes sociais se tornaram pontos de encontro entre pessoas e ocuparam o lugar das idas ao cinema e dos cafés entre amigos, eis que surge um vídeo a criticar «esta dependência» global da Internet.

«As redes sociais são alguma coisa, mas, quando abrimos os nossos computadores, são as nossas portas que fechamos», avisa. Retrocedendo algumas gerações, Gary relembra, por exemplo, o entusiasmo das crianças que se divertiam na rua, juntamente com os amigos, longe de aparelhos eletrónicos...

«Look Up» refere o perigo da ilusão, aconselhando os utilizadores a «olharem para cima», de forma a perceberem que existem pessoas à sua volta. 

De facto, há que alertar todas as pessoas para os perigos do isolamento...



«Desliga-te e conhece o Mundo. Vive a vida real», conclui Gary.                   in TVI24

Escrito, realizado e dirigido por Gary Turk. 
Com Louise Ludlam & Stuart Darnley. 
Música original por novos Desert Blues. 
Som engenharia por Daniel Cobb. 
Filmado e editado por Gary Turk.

Copyright © 2014 Gary Turk

All Rights Reserved, vídeo retirado do Youtube

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Sexualidade, namoro e casamento

Amor apaixonado dá a vida para sempre com corpo e alma: Papa fala de sexualidade, namoro e casamento

A sexualidade, o sexo, é um dom de Deus. Nada de tabu. É um dom de Deus, um dom que o Senhor nos dá. Tem dois propósitos: amar e gerar vida. É uma paixão, é o amor apaixonado. O verdadeiro amor é apaixonado. O amor entre um homem e uma mulher, quando é apaixonado, conduz-te a dar a vida para sempre. Sempre. E a dá-la com o corpo e a alma.

Quando Deus criou o homem e a mulher, a Bíblia diz que ambos são imagem e semelhança de Deus. Os dois, não só Adão ou só Eva, mas os dois. E Jesus vai além e diz: por isso o homem, e também a mulher, deixará o seu pai e a sua mãe, unir-se-ão e serão… uma só pessoa?... uma só identidade?... uma só fé de matrimónio?... Uma só carne: esta é a grandeza da sexualidade.

Deve falar-se da sexualidade assim. E deve viver-se a sexualidade assim, nesta dimensão: do amor entre homem e mulher para toda a vida.

É verdade que as nossas fragilidades, as nossas quedas espirituais, conduzem-nos a usar a sexualidade fora deste caminho tão belo, do amor entre o homem e a mulher. Mas são quedas, como todos os pecados. A mentira, a ira, a gula... São pecados: pecados capitais. Mas esta não é a sexualidade do amor: é a sexualidade “coisificada”, separada do amor e usada para o divertimento.

É interessante como a sexualidade é o ponto mais belo da criação, no sentido em que o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus, e a sexualidade é a mais atacada pela mundanidade, pelo espírito do mal. Diz-me: já viste, por exemplo, uma indústria da mentira, por exemplo? Não. Mas uma indústria da sexualidade separada do amor, viste? Sim. Muito dinheiro se ganha com a indústria da pornografia, por exemplo. É uma degeneração em relação ao nível onde Deus a colocou. E com este comércio faz-se muito dinheiro.

Mas a sexualidade é grande: protegei a vossa dimensão sexual, a vossa identidade sexual. Protegei-a bem. E preparai-a para o amor, para a inserir nesse amor que vos acompanhará toda a vida.

Dir-vos-ei uma coisa e depois outra. Na Praça de S. Pedro, uma vez – eu saúdo as pessoas na Praça – havia dois idosos que celebravam os 60 anos de casamento. Eram luminosos! E eu perguntei: «Discutis muito?»; «às vezes…»; «e vale a pena isto, o casamento?». E esses dois, que me olhavam, olharam-se entre eles e depois voltaram a olhar-me; tinham os olhos em lágrimas, e disseram-me: «Estamos enamorados». Depois de 60 anos!

E a seguir quero dizer-vos: uma vez um idoso – muito idoso, com a mulher idosa – disse-me: «Nós amamo-nos muito, muito, e por vezes abraçamo-nos. Não podemos fazer amor na nossa idade, mas abraçamo-nos, beijamo-nos»… Esta é a verdadeira sexualidade. Nunca a separar do lugar tão belo do amor. É preciso falar assim da sexualidade.

Papa Francisco 
Encontro com um grupo de jovens da diocese de Grenoble-Vienne, França | 17.9.2018 | Vaticano 
Fonte: Sala de Imprensa da Santa Sé
Trad.: Rui Jorge Martins 
Imagem: nd3000/Bigstock.com 
Publicado em 18.09.2018  Daqui

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Charadas - Dia da Alimentação

in Caderno de atividades



Dia da Dignidade - vídeo


"O Dia Global da Dignidade celebra-se, desde 2008, em escolas de todo o mundo. Voluntários, com o apoio de professores e educadores, atuam como dinamizadores desta iniciativa promovendo nas escolas debates em torno dos princípios da dignidade.
Este ano, o dia será celebrado a 22 de outubro de 2019, proporcionando a oportunidade para se realizarem debates e momentos de reflexão sobre temas transversais à dignidade, como por exemplo os Direitos Humanos, Igualdade de Género, Interculturalidade...

Em Portugal, o evento vai ser realizado em diferentes espaços, sobretudo em escolas, mas também em contextos de educação não formal. A maior parte das sessões vão ser realizadas no dia 22 de outubro, no entanto, o evento poderá também ser celebrado numa outra data dessa semana." (in DGE)
(recebido por e-mail)

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Prémios Nobel 2019

O prémio Nobel da Medicina foi atribuído a três cientistas pelas descobertas sobre a forma como as células se adaptam às diferenças de oxigénio.
São eles: o pediatra Gregg L. Semenza, da Universidade de Hopkins,  nascido em Nova Iorque, em 1955; Sir Peter J. Ratcliffe, da Universidade de Oxford, nascido em Lacashirem, em 1954,  perito em nefrologia, e William G. Kaelin Jr, especialista em medicina interna e oncologia, de Harvard.
"A importância fundamental do oxigénio é conhecida há séculos, mas o processo de adaptação das células às variações dos níveis de oxigénio era um mistério", acrescentou. O trabalho destes investigadores, estabeleceu a base para entender como os níveis de oxigénio afetam o metabolismo celular e a função fisiológica, o que "abre caminho para o desenvolvimento de novas estratégias para combater a anemia, o cancro e muitas outras doenças", prossegue a explicação da do Instituto Karolinska.  Daqui

Três cientistas: James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz dividem o Nobel de Física por descoberta de exoplaneta e avanços na cosmologia.


Peebles, de origem canadense-americana e professor da Universidade de Princeton (EUA), foi prestigiado aos 84 anos pelo trabalho teórico desenvolvido ao longo de duas décadas que fundamentou a concepção moderna da história do Universo, desde o chamado Big Bang até o presente.

Peebles previu a descoberta da chamada radiação cósmica de fundo, uma das evidências mais fortes de que o Big Bang de facto ocorreu. A radiação cósmica de fundo consiste de ondas eletromagnéticas na frequência de micro-ondas que permeiam todo o espaço e datam de uma época em que o Universo tinha apenas 400 mil anos. Hoje, o cosmos tem 13,8 bilhões de anos.

Não bastasse a radiação cósmica de fundo, Peebles também ajudou a formular a base teórica para postular a existência da chamada matéria escura, que compõe 85% da matéria do Universo, apesar de não se saber ainda exatamente o que ela é. A existência da matéria escura foi inferida a partir da movimentação de corpos e estruturas celestes, porque ela interage por meio da gravidade, apesar de não emitir radiação que possa ser capturada por telescópios.

EXOPLANETAS - Em 1995, diferentes grupos de cientistas já tentavam detectar planetas fora do sistema solar usando um método para medir a chamada velocidade radial das estrelas. A ideia consiste em detectar a oscilação da luz estelar provocada pela perturbação gravitacional que a estrela sofre ao interagir com o planeta.

Mayor e Queloz foram os primeiros a conseguir projetar e acoplar a um telescópio um instrumento de detecção sensível o suficiente para tal, e relataram a observação de um planeta em torno da estrela 51 Pegasi, na constelação do Pégaso.
A descoberta dos primeiros exoplanetas foi considerada importante pelo Comitê do Nobel também pela implicação filosófica de deslocar, mais uma vez, a existência da humanidade de uma posição especial no Universo. 
A prova de que outros planetas existem longe do Sol reforça muito a tese de que o Universo abriga vida em outros cantos, e de que o surgimento de outras criaturas inteligentes é estatisticamente provável.
Um potencial objeto de controvérsia na concessão do Nobel de Física deste ano é que, a rigor, o planeta descoberto por Mayor e Queloz em Pegasi b não foi o primeiro a ser encontrado fora do Sistema Solar.    Daqui

O prémio Nobel da Química 2019 vai para um mundo recarregável", confirmando assim como vencedora uma das áreas que era uma das favoritas para o Nobel da Química este ano: o desenvolvimento das baterias de iões de lítio, que contêm a promessa de um mundo energeticamente mais verde.
Este é um piscar de olhos à nova era das energias renováveis e aos veículos elétricos que deverão em breve inundar o mercado, e também a confirmação de que o problema das alterações climáticas continua vivo, no topo da agenda internacional.
Os premiados são John B. Goodenough, M. Stanley Whittingham e Akira Yoshino. "O seu trabalho teve um impacto social enorme", diz a Academia sueca.

Os prémios Nobel da Literatura de 2018 e 2019 foram atribuídos aos escritores Olga Tokarczuk e Peter Handke, respetivamente.
A escolha para 2018 recaiu sobre a polaca de 57 anos, vencedora do Man Booker Prize International no ano passado, pela sua “imaginação narrativa, que com uma paixão enciclopédica representa o cruzamento de fronteiras como forma de vida”. O júri descreveu-a como uma escritora que está preocupada “com a vida local”, mas que “olha para a Terra de cima”. “O seu trabalho está repleto de inteligência e astúcia.”
Já a atribuição do Nobel da Literatura de 2019 ao austríaco Peter Handke, de 76 anos, foi justificada pelo seu “trabalho influente de engenharia literária” e pela sua capacidade de “explorar a periferia e a especificidade da experiência humana”. Daqui
O primeiro-ministro etíope ganhou o 100.º Nobel da Paz pelos seus esforços para “alcançar a paz e a cooperação internacional” com os acordos de paz com a Eritreia.

Abeba prometeu retirar as suas tropas da região de Badme (que passou a reconhecer como território eritreu​) e Asmara concedeu o acesso aos seus portos no Mar Vermelho.
“Ainda que haja muito trabalho a fazer na Etiópia”, Abiy Ahmed Ali​ “começou reforças importantes que deram a muitos cidadãos esperança numa vida melhor": desde que assumiu o cargo, em Abril de 2018, passou vários meses “a tentar alcançar a amnistia” de vários presos políticos; legalizou grupos opositores, lutou para acabar com o estado de emergência no país; acabou com a censura dos meios de comunicação; promoveu a paz social e aumentou a importância do papel das mulheres na Etiópia, continuou o comité que atribui os prémios Nobel.
Numa primeira reacção, o gabinete do primeiro-ministro etíope mostrou-se “orgulho como Nação” por ser distinguido com este prémio e instou “todos os etíopes e amigos da Etiópia a continuarem do lado da paz”. Daqui
Economistas vencem o prémio Nobel da Economia pelos seus contributos no campo da economia do desenvolvimento, nomeadamente pela utilização de métodos experimentais para estudar quais as melhores políticas de alívio da pobreza.

Os três laureados têm desenvolvido o seu trabalho no campo da economia do desenvolvimento e o prémio foi atribuído, como explicou a Real Academia Sueca das Ciências, pelos métodos inovadores utilizados para analisar quais as melhores políticas para o alívio da pobreza. Michael Kremer nos anos 1990 e, mais tarde, Abhijit Banerjee e Esther Duflo (que são casados), os três trabalhando muitas vezes em parceria, adoptaram métodos experimentais para obterem respostas mais fiáveis a uma questão onde muitas vezes os economistas têm falhado: qual a melhor forma de retirar o maior número de pessoas possível de uma situação de pobreza extrema? Daqui

sábado, 5 de outubro de 2019

Dia do Professor

A todos os professores e aos de Emrc, em especial: Feliz dia!


Obrigada, professor(a)!
Somos todos gratos pelo tanto que se dão!

A (falta de) autonomia nas crianças - Para reflexão...

O conforto que os pais julgam estar a dar às suas crias tem um preço, que é o de não desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de resolver problemas por eles próprios. Um artigo de opinião de Luísa Agante, professora de marketing na Faculdade de Economia do Porto e especialista em comportamento do consumidor infantil e juvenil.
Direitos reservados

Imaginem a cena seguinte: estamos no início do ano letivo e é necessário inscrever os alunos no primeiro ano. As setas indicam onde ficam os serviços administrativos e os novos alunos, acompanhados dos seus pais, vão perguntando informações e escolhem em conjunto as aulas. Os novos alunos vão ouvindo os seus pais a colocar questões que eles nunca se lembrariam de perguntar.
É esta a realidade do novo ano letivo, mas não estamos a falar do 1º ano do 1º ciclo do ensino básico, mas sim do 1º ano de entrada na Universidade. Ou seja, pessoas que supostamente são adultas com 18 anos precisam da ajuda dos pais para se inscreverem numa faculdade. Há uns anos atrás seria impensável. Hoje é a norma e já se começa a ver o mesmo fenómeno nos mestrados. Aliás, até quando as supostas "crianças" vão de Erasmus, muitos pais as seguem para ajudar na integração nos primeiros tempos...
Como foi possível chegarmos a este nível? O que se andou a fazer nos anos anteriores? Ou a questão essencial deste artigo, onde está e como é desenvolvida a autonomia das crianças hoje em dia?
Alguns pais estão a ler este artigo e a pensar "mas qual é o problema? Acho natural acompanhar o meu filho(a) na faculdade, mostra o meu interesse e sei que ele(a) fica mais confortável". Pois é, mas esse conforto tem um preço, que é o de não desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de resolver problemas por eles próprios.
NESTE MUNDO CRIADO PELOS PAIS, CHEIO DE PERIGOS E MEDOS, AS CRIANÇAS VÃO CRESCENDO NUMA REDOMA, RESGUARDADAS DO PERIGO, PROTEGIDAS, OU SEJA, SEM SABER O QUE É TER AUTONOMIA E COMO ELA SE CONQUISTA
Muitas vezes temos crianças e jovens que nunca andaram de autocarro. Aliás é natural ouvirem-se os pais dizer que "apanha um Uber", e que é muito prático. Ouvimos dizer que os transportes públicos não são práticos pois não permitem cumprir a agenda dos seus filhos... Não será a agenda que está demasiado sobrecarregada?
Ainda há pouco tempo saíram os resultados de um estudo onde se dizia que Portugal era dos países da OCDE onde as crianças tinham mais horas letivas, ou seja, passavam muito tempo na escola. Pois para além da escola hoje temos ainda toda a panóplia de atividades que uma criança tem que ter... Música para desenvolver o raciocínio matemático, ballet, futebol, artes marciais, as línguas a partir dos três anos (porque senão nunca mais vai conseguir ser fluente na língua, o que é essencial para uma carreira internacional)... Uma estafa, uma canseira.
Andar de bicicleta na rua ou ir para estas atividades de bicicleta? Nem pensar que é um perigo andar na estrada. Ir a pé sozinho(a)? Credo, nem quero pensar nisso pois pode ser raptado(a)...

E neste mundo criado pelos pais cheio de perigos e medos, as crianças vão crescendo numa redoma, resguardadas do perigo, protegidas, ou seja, sem saber o que é ter autonomia e como ela se conquista. Sim, o mundo mudou e pode ter mais alguns perigos, mas o aumento da proteção dos pais foi mais que proporcional ao aumento da insegurança no mundo. Há hoje uma histeria, uma paranoia com a sobre proteção que está a gerar gerações de ineptos. Que depois chegam ao local de trabalho e esperam que lhes sejam dadas indicações do que devem fazer.
Por isso, se é pai/mãe e tem crianças ou jovens, tente de uma vez por todas perceber que os seus medos, a sua proteção dos seus filhos pode ser contraproducente. Eles vão cair, eles vão-se magoar, com toda a certeza, mas é assim que se cresce, é assim que se fazem homens e mulheres que sabem como resolver os seus problemas e ultrapassar dificuldades.

Deixo por isso alguns exemplos de ideias para aumentar a autonomia das crianças:

Autonomia Financeira: Dê ao seu filho(a) uma semanada (nos mais novos, até ao 6º ano) ou uma mesada (nos mais velhos, a partir dos 12 anos) para que ele possa gerir o seu dinheiro. Mas faça com que a semanada/mesada não seja apenas para os gastos supérfluos. Faça com que a criança/jovem possa tomar decisões de consumo no seu dia a dia. Por exemplo, ter um orçamento para os lanches e almoços na escola. Assim, se hoje escolhe ir almoçar fora com os amigos, amanhã já sabe que vai ter que levar almoço de casa ou encontrar uma solução mais barata. Vai passar fome alguns dias? Se calhar sim, mas vai aprender melhor do que se tiver sempre a quem recorrer para lhe dar o dinheiro.
Autonomia nas Deslocações: Escolha um trajeto habitual que o seu filho(a) possa fazer sozinho ou com outras crianças da sua idade. Pode implicar apanhar um transporte público, ir a pé ou de bicicleta/trotinete. Claro que isto depende das rotinas que forem criadas e por isso convém escolher atividades que geograficamente sejam acessíveis para a criança. Se não for possível no trajeto casa/escola, pelo menos numa atividade ele(a) deve ter autonomia no percurso e perceber como se pode desenrascar sozinho(a).
Autonomia nas Escolhas Alimentares: E porque não deixá-los escolher a quantidade que querem colocar no prato? Muitas vezes ouço os pais a dizer “vá, come o que tens no prato” ou “come pelo menos a carne”, etc. Ou outras vezes observo crianças que pedem doses grandes, ou que se servem de grandes quantidades, e depois deixam imensa comida no prato. Um desperdício alimentar diário ou quase diário. Por isso, porque não dizer à criança/jovem, que tem que comer alimentos de determinado tipo (ex: ser obrigatório servir-se de carne, arroz e salada), mas deixar a criança escolher a parte da carne que quer, a quantidade de arroz que quer, e que partes da salada quer. Com essa autonomia, vem a responsabilidade, ou seja, por um lado, depois terá que comer tudo o que tiver colocado no prato, e por outro lado, fica a saber quando é a hora da refeição seguinte, ou seja, não vai comer pouco ao almoço, para se encher de bolachas passado uma hora.
Não estamos a falar de experiências científicas ou muito difíceis. São pequenas coisas, mas que podem fazer grandes diferenças no futuro. Aos poucos vamos acrescentando tarefas de autonomia e será um prazer observar os adultos em que eles se tornarão.
Luísa Agante é professora de marketing na Faculdade de Economia do Porto e especialista em comportamento do consumidor infantil e juvenil. Tem uma página no Facebook chamada "Agante & Kids" na qual publica e partilha regularmente conteúdos informativos sobre comportamento infantil para pais e educadores.     Daqui 19-9-2019

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Dia do Animal

800 anos depois, islâmicos e católicos relembram diálogo marcante









O início deste ano de 2019 foi marcado por um evento inter-religiosamente importante. O líder da Igreja Católica, Papa Francisco, e o Sheikh da Universidade de Al-azhar, Prof. Dr. Ahmad al-Tayeb, realizaram o Encontro da Fraternidade Humana em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, e em consequência disso assinaram o Documento Sobre a Fraternidade Humana em prol da paz e da convivência comum. O documento não se restringiu apenas aos membros das duas comunidades, cujos líderes estavam ali assinando o documento, mas sim a toda humanidade sem nenhuma restrição. Os tópicos principais deste documento tratavam de direitos humanos, liberdade religiosa/fé/crença e sacralidade da vida humana, e condenava-se a barbaridade que das guerras e do terrorismo resulta. Estes, porém, são apenas alguns dos assuntos abordados pelo documento.
Além desta ocorrência histórica, em meio a tantas turbulências e problemas, este ano remete à memória de algum outro marco histórico para ambas as comunidades. Há oitocentos anos atrás, o outro Francisco, que hoje é santo da Igreja, em meio às turbulentas batalhas das cruzadas, cruzou as linhas de guerra e foi ao encontro com o sultão do Egito, al-Malik al-Kamil al-Ayoubi, em 1219. A história é marcante, pois homem sedento de paz e de harmonia foi ao encontro do outro que também era sedento da paz e cansado de ver o sangue dos filhos dos outros. Este evento histórico marcou a amizade de um frade católico e um sultão muçulmano. Esta amizade, segundo o cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, deu a oportunidade de os frades franciscanos até hoje trabalharem no Egito e na região ao redor.
No dia 28 de setembro, as entidades islâmicas Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (FAMRAS) e União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI), e as entidades representativas dos frades franciscanos Conferência da Família Franciscana no Brasil (CFFB) e a Ordem dos Frades Menores (OFM), realizaram o evento em memória do encontro entre o sultão e São Francisco de Assis na Mesquita da Misericórdia, situada na região de Santo Amaro. O evento iniciou-se com a plantação da Árvore da Fraternidade. Nesta ocasião, os líderes religiosos da comunidade islâmica e das entidades franciscanas plantaram uma árvore de ipê desejando que gere muitos frutos de diálogo e da irmandade junto as suas cheirosas flores. Logo depois, passou-se ao Salão Multiuso da Mesquita, onde aconteceram as palestras, mostras artísticas e homenagens aos líderes religiosos que estavam presentes.
As palestras foram marcadas com as falas de irmã Cleusa Aparecida Neves, frade César Külkamp e Sheikh Muhammad al-Bukai.
A irmã Cleusa, presidente da CFFB, denunciou a falta do diálogo e o autoritarismo que está crescente. O frei César, provincial da Província Franciscana, usou das palavras de Dom Helder Câmara, afirmando que devemos adotar a humanidade toda por família.

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