quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Bolinhos e bolinhós

Bolinhos e bolinhós

Para mim e para vós,
Para dar aos finados
Que estão mortos e enterrados
À bela, bela cruz
Truz, Truz! Truz!
A senhora que está lá dentro
Sentada num banquinho
Faz favor de s’alevantar
Para vir dar um tostãozinho.

Quando há ofertas, canta-se:

Esta casa cheira a broa,
Aqui mora gente boa.
Esta casa cheira a vinho,
Aqui mora um santinho.

Quando nada oferecem:

Esta casa cheira a alho
Aqui mora um espantalho.
Esta casa cheira a unto
Aqui mora algum defunto

Dia de Todos os Santos no 1º Ciclo

EB 1 - Timpeira:  1º e 2º anos

EB 1 - Corgo: 1º, 2º, 3º e 4º anos

EB 1 - Prado: 1º e 2º anos


EB 1 - Parada de Cunhos: 1º, 2º, 3º e 4º anos

EB 1 - Bairro 3ºB

EB 1 - Bairro 2ºB

Imagens da colega Maria João Palma - Blog SerMais.

Filme Coco sobre o "Dia dos Mortos"


Coco (no BrasilViva – A Vida é Uma Festa) é um filme musical de animação computadorizada norte-americano de 2017
Baseado numa ideia original,  conta a história de um rapaz de 12 anos, chamado Miguel Rivera, que acidentalmente é transportado para o mundo dos mortos, onde procura pela ajuda de seu tetravô músico, para que ele o leve de volta para a sua família no mundo dos vivos.
O conceito do filme é baseado no feriado mexicano de Dia dos Mortos ou dia dos féis defuntos (2 de novembro). 

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Eu tenho um amigo que me ama - 2º ano


Eu tenho um amigo que me ama,
Que me ama, que me ama;
Eu tenho um amigo que me ama,
   Seu nome é Jesus.
       


É um amigo que me ama,          

É um amigo que me ama,
É um amigo que me ama: É Jesus.


Tu tens um amigo que te ama

É um amigo que te ama,
É um amigo que te ama: É Jesus.

Nós temos um amigo que nos ama (...)

Nós temos uma Mãe que nos ama,
         Que nos ama, que nos ama;
Nós temos uma Mãe que nos ama,
  Seu nome é Maria.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O mapa de Fernão de Magalhães - Ensaio


Em 1517 Fernão de Magalhães chegou a Sevilha, com uma irrecusável proposta para o rei Carlos I de Espanha, futuro Imperador Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico: demonstrar que as cobiçadas Ilhas de Maluco (as actuais Molucas), fonte do valioso cravo, se encontravam do lado espanhol do mundo, de acordo com os termos do Tratado de Tordesilhas, e que poderiam ser alcançadas navegando para ocidente.


Aquele tratado, firmado entre portugueses e espanhóis em 1494, estipulava que o mundo seria dividido entre duas áreas de influência: uma portuguesa, a oriente de uma linha norte-sul que passava 370 léguas a oeste de Cabo Verde, e uma espanhola, a ocidente dessa linha. Contudo, ninguém imaginou então que a linha divisória se prolongava para o outro lado da Terra e que a sua localização exacta na Insulíndia se tornaria fonte de conflito entre os dois países. Saber se ela passava a leste (favorável aos portugueses) ou a oeste das Molucas (favorável aos espanhóis), tornou-se um problema de Estado.

Tendo os navegadores portugueses chegado à região no início do século XVI e começado a tirar partido do comércio das especiarias, viram esta sua actividade contestada pelos espanhóis, que alegavam que as Ilhas de Maluco se situavam no seu hemisfério. Hoje sabemos, sem margem para dúvidas, que as Molucas se situavam no lado português. O que não acontecia na época, quando os métodos de navegação e posicionamento não eram suficientemente rigorosos para se estabelecer com exactidão a longitude do arquipélago.

Mostrar que Espanha tinha razão nessa disputa e encontrar uma rota alternativa para as ilhas das especiarias, a qual evitasse o hemisfério português, foi a proposta apresentada por Fernão de Magalhães a Carlos I. Assim, tendo conseguido o apoio político e financeiro de importantes individualidades próximas da coroa, um acordo com o rei foi estabelecido em 1518.

A 10 de Agosto de 1519 partiu de Sevilha uma armada formada por cinco navios e cerca de 240 homens de várias nacionalidades, que haveria de dar a volta ao mundo navegando para ocidente. Tendo conseguido dobrar a América do Sul perto do seu extremo meridional, atravessando o estreito que hoje tem o seu nome, Magalhães conduziu a armada através do imenso oceano Pacífico durante mais de três meses, até chegar ao arquipélago das Marianas. Tratou-se de um feito extraordinário do ponto de vista técnico e científico. Como bem viria a escrever Pedro Nunes cerca de 15 anos mais tarde, os feitos dos navegadores portugueses não tinham sido conseguidos “indo a acertar, mas partiam os nossos mareantes mui ensinados e providos de instrumentos e regras de astrologia e geometria”.

De facto, as missões eram cuidadosamente planeadas e executadas, e os pilotos eram instruídos nas técnicas de navegação, que incluíam os métodos astronómicos de posicionamento e a utilização das cartas náuticas. Mas a viagem não correu bem para o próprio Magalhães, morto nas Filipinas por um nativo, em Abril de 1521. Seria completada por um único navio, sob o comando de Juan Sebastian de Elcano, que regressou a Sevilha em 6 de Setembro de 1522, acompanhado de apenas 18 homens. Curiosamente, a decisão de regressar a Espanha continuando a navegar para ocidente, completando assim a circum-navegação da Terra, não estava prevista nos planos originais de Magalhães.

Trata-se esta carta, muito provavelmente, do planisfério anónimo conhecido por Kunstmann IV, de cerca de 1519, cuja caligrafia e estilo são típicos do cartógrafo português Jorge Reinel (filho de Pedro Reinel), e que alguns historiadores consideram ter sido apresentado por Fernão de Magalhães a Carlos I de Espanha, quando procurou o seu apoio para a missão. Deste planisfério apenas sobrevivem reproduções fotográficas e um fac-símile a cores, desenhado no século XIX. O original ter-se-á perdido na II Guerra Mundial, durante os bombardeamentos aliados a Munique.

O planisfério de Kunstmann IV é um mapa com uma enorme importância histórica, que haveria de constituir o modelo da cartografia náutica espanhola. Nele é representado o mundo até então conhecido pelos europeus, desde a costa oriental da China, a oriente, até às Ilhas Molucas, a ocidente. Um dos aspectos que nele mais impressiona é o grande vazio do oceano Pacífico e o facto de grande parte do Novo Mundo, ainda por explorar, não ser representado. Numa legenda colocada a sul do actual Panamá, aquele oceano é classificado como o “Mar Visto pelos Castelhanos”, numa alusão à missão de Vasco Núñez de Balboa, na qual o istmo separando o Golfo do México e o Pacífico foi atravessado, em 1513.

Pela primeira vez em cartografia náutica, a totalidade da circunferência equatorial da Terra é representada, incluindo o oceano Pacífico. Também pela primeira vez, o equador encontra-se subdividido em intervalos de um grau de longitude: 183 graus para este do meridiano de Tordesilhas e 184 graus para oeste. Poderíamos pensar que esta inovação estaria ligada ao intuito de representar as longitudes dos lugares ou a um qualquer desenvolvimento dos métodos de navegação, mas não é esse o caso. A razão mais plausível terá sido a de ilustrar que o arquipélago das Molucas se encontrava a menos de 180 graus para oeste da linha de Tordesilhas – isto é, na área de influência dos espanhóis. Se medirmos cuidadosamente a distância longitudinal, sobre o equador, entre o meridiano de Tordesilhas (onde está a escala de latitudes) e as Molucas, verificamos ser cerca de 175 graus, colocando-as dentro do hemisfério espanhol. Muito embora Pedro e Jorge Reinel conhecessem certamente a posição da coroa portuguesa nesta matéria, não será difícil entender as suas razões, já que a carta tinha sido encomendada pelos espanhóis e eles completaram-na em Sevilha.


Mas quem teria razão nesta polémica? Com a ajuda do Google Maps e de algumas medições rápidas, facilmente se verifica que a extensão longitudinal do oceano Pacífico se encontra fortemente subavaliada no planisfério de Kunstmann IV, fazendo com que a posição das Molucas esteja deslocada para oriente em mais de 1500 quilómetros! Seria esta distorção inocente? É claro que não! De facto, ela servia dois propósitos: o de colocar as Molucas do lado oriental do antemeridiano de Tordesilhas e o de tornar mais curta a distância a percorrer pelos navios espanhóis que se dirigiam às Molucas, assim fortalecendo a proposta de Magalhães. É interessante verificar como uma manipulação semelhante teria já sido utilizada por Cristóvão Colombo em 1492, quando considerou um modelo da Terra demasiado pequeno, a fim de convencer os Reis Católicos de que o trajecto para a Índia era mais curto navegando para ocidente.


Admitindo que o planisfério de Kunstmann IV é, de facto, o que foi elaborado por Jorge e Pedro Reinel, qual seria o verdadeiro propósito deste mapa? A exuberância da decoração, a forma simplificada do desenho das costas, a profusão de legendas em latim e a ausência de uma escala de distâncias mostram não se tratar de uma carta para ser utilizada a bordo, mas sim de um mapa destinado a encher o olho de um rei. Todos estes indícios apontam para a possibilidade de o planisfério de Kunstmann IV ter sido realmente desenhado a pedido de Fernão de Magalhães, para ser apresentado a Carlos I de Espanha.

Comida Kosher em Belmonte


A Jewish Telegraphic Agency fez recentemente esta reportagem sobre o mercado kosher de Belmonte, em Portugal. O repórter estava surpreendido com o interesse da população não judia pelos produtos kosher. 
É... tem coisas que só os #BneiAnussim compreendem 
A reportagem é em inglês, mas tem excertos em português também. E vale a pena também pelas imagens! 
Daqui: Shavei Israel - Português

sábado, 20 de outubro de 2018

A caixinha dourada




Há algum tempo atrás, um homem castigou a sua filha de 3 anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado.

O dinheiro era pouco naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina a embrulhar uma caixinha com aquele papel dourado e a colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao seu pai e disse: "Isto é para ti, Papá!"

Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reacção, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia.

Gritou e disse: "Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém, coloca-se alguma coisa dentro da caixa?"

A menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse: "Oh Papá, não está vazia. Eu soprei beijinhos para dentro da caixa. Todos para ti, Papá".

O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou-lhe que lhe perdoasse.

Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado da sua cama por anos e, sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, pegava na caixa e tirava um beijo imaginário, recordando o amor que a sua filha ali tinha colocado.

De uma forma simples, mas sensível, cada um de nós tem recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos dos nossos pais, filhos, irmãos e amigos...

Ninguém tem uma propriedade ou posse mais bonita que esta.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

De onde vem a delicadeza japonesa?

Da educação que os japoneses dão aos filhos.
O comportamento das crianças do Japão é muito diferente daquele que observamos no Ocidente. As crianças japonesas não têm o costume de fazer birras, chantagear os pais ou perder facilmente o controlo. E não são nem autómatos nem crianças tristes, a quem os pais aplicam uma educação autoritária e rígida.
Se repararmos com atenção, elas destacam-se pelo grande respeito que manifestam para com os outros, pela capacidade de autocontrolo e pelos gestos suaves e afáveis, seja com os adultos seja com os colegas.
A moderação e respeito pelo próximo encontram as suas raízes no enorme valor dado à família.

Os japoneses acham fundamental o relacionamento intergeracional. Para a criança japonesa, o velho (e não é preciso que seja o avô ou a avó) merece-   -lhe a maior consideração. Por sua vez, os idosos olham a criança (e não tem necessariamente que ser o seu neto) como uma pessoa em formação e por isso tratam-na com tolerância, adotando sempre uma atitude pedagógica e não julgadora.
Há um clima harmonioso entre gerações, mas este não se baseia numa troca de favores ao bom estilo ocidental “uma mão lava a outra”, mas numa  partilha de responsabilidades. Por exemplo, os avós estão dispostos a participar na educação dos netos, mas acham inconcebível que os pais não tenham tempo para os filhos e se tornem pais ausentes.

Desde tenra idade, a criança japonesa é educada para a sensibilidade. O afeto entre os membros da família é cultivado. Para que isso seja possível é preciso haver tempo de qualidade.
Tempo é um bem inegociável para as famílias japonesas. Criar laços fortes e duradouros com os filhos é fundamental para todos os pais que sabem quão fundamental é estar com os filhos, especialmente nos primeiros anos de vida.
Habituados ao afeto mútuo em família, as crianças nascidas no Japão sabem que grande parte dos seus problemas se podem resolver com uma boa conversa em família, pois todos sentem que a sua opinião é respeitada e tida em conta.
GAVB   Daqui

Já sabias?


A lei do retorno é infalível


Pode demorar, mas receberemos sempre, na medida exata, o que oferecemos. 
Costumamos achar que somos tratados injustamente ou de forma desagradável pelas pessoas que nos rodeiam. É como se estivéssemos a receber muito menos do que verdadeiramente queremos ou pensamos que merecemos. Assim, passamos a colocar a culpa do que nos ocorre tão somente nas pessoas e no mundo lá fora, o que nos impede de nos enxergarmos como sujeitos de nossas histórias, uma vez que, nessa ótica, seríamos meros joguetes nas mãos dos outros.
E, assim, vamos passando os dias a lamentar as supostas injustiças que nos vão sendo impostas, recheando as nossas amarguras com os tratamentos que julgamos descabidos por parte das pessoas que convivem connosco, sentindo-nos mal amados, mal interpretados, mal vistos e desvalorizados. Afinal, ninguém parece entender ou perceber os potenciais que possuímos, como se estivéssemos a ser subutilizados em todos os setores das nossas vidas.
Por essa razão, é que jamais poderemos fugir ao olhar para dentro de nós mesmos, analisando racionalmente o que estamos a oferecer, como nos estamos a comportar,  na forma como estamos a tratar as pessoas, nas palavras que usamos, no tom de voz que colocamos, no olhar que dirigimos ao mundo lá fora. Muitas vezes, apenas  recebemos de volta exatamente o que oferecemos...
Caso consigamos perceber a forma como as pessoas nos vêem, muito provavelmente entenderemos várias coisas que nos acontecem, tendo a consciência de que o que nos chega não é injusto e sim retorno de mesma medida. Muitas vezes, não oferecemos nada, tratamos mal as pessoas, ignorando-as e menosprezando-as, fechando-nos aos encontros, a tudo o que está fora de nós. Como é que poderão ver algo que não demonstramos? Como é que nos enxergarão, caso nos fechemos aqui dentro?
Embora exista quem não consiga fazer outra coisa que não azucrinar a vida de quem quer que seja, muitas pessoas com quem conviveremos estarão abertas a receber o nosso melhor e a fazer bom uso de tudo o que oferecemos, valorizando-nos e tratando-nos com o devido respeito. É preciso, portanto, que nos permitamos ao compartilhamento transparente das nossas verdades, para que elas nos tragam o retorno afetivo que nos enriquecerá a vida onde e com quem estivermos. Na verdade, merecemos, sempre, o que oferecemos.                            Daqui (adaptado)

Ética - Palavras para quê...

"Numa corrida de Cross-country, o queniano Abel Muttai estava a poucos metros da linha de chegada, quando se confundiu com a sinalização, pensando que já havia completado a prova. 

Logo atrás vinha o espanhol Iván Anaya, que vendo a situação começou a gritar para que o queniano ficasse atento, mas Muttai não entendia o que o colega dizia. 
O espanhol, então, o empurrou em direção à vitória. 
Um jornalista perguntou então a Iván: 
- Por que o senhor fez isso? 
- Isso o quê? 
Ele não havia entendido a pergunta - e o meu sonho é que um dia possamos ter um tipo de vida comunitária em que a pergunta feita pelo jornalista não seja mesmo entendida -, pois não pensou que houvesse outra coisa a ser feita que não aquilo que ele fez. 
- Por que o senhor deixou o queniano ganhar? 
- Eu não o deixei ganhar, ele ia ganhar. 
- Mas o senhor podia ter ganho. 
- Mas qual seria o mérito da minha vitória? Qual seria a honra dessa medalha? O que minha mãe iria achar disso?"
Mário Sérgio Cortella em "Ética e vergonha na cara".

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

De escrava de 'jihadistas' a Prémio Nobel da Paz: A incrível história de Nadia Murad

Nadia Murad, com 25 anos, sobreviveu à tortura e escravidão sexual pelo Estado Islâmico e é hoje uma porta-voz do seu povo, os yazidis iraquianos. Agora, divide o Nobel da Paz com o médico congolês Denis Mukwege.

Uma jovem com um rosto magro e pálido emoldurado por longos cabelos castanhos, Nadia Murad poderia ter passado dias tranquilos na sua aldeia de Kosho, perto do bastião yazidi de Sinjar (norte do Iraque), uma área montanhosa junto às fronteiras do Iraque e da Síria.
Mas o avanço dos grupos 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI), em 2014, decidiu o contrário.
Em agosto desse ano, combatentes do EI irromperam pela localidade, mataram os homens, transformaram os mais jovens em crianças-soldado e sentenciaram milhares de mulheres ao trabalho forçado e à escravidão sexual.
Ainda hoje, Nadia Murad - tal como a sua amiga Lamia Haji Bachar, com quem ganhou o Prémio Sakharov 2016 do Parlamento Europeu - continua a repetir que mais de 3.000 yazidies ainda estão desaparecidos, provavelmente ainda em cativeiro.
Os 'jihadistas' queriam "ter a nossa honra, mas perderam a sua honra", disse aos eurodeputados, quando foi nomeada "embaixadora da ONU para a dignidade das vítimas do tráfico de seres humanos".
Nadia Murad viveu este tráfico na primeira pessoa, conduzida à força para Mossul, então a "capital" iraquiana do autoproclamado "califado" do EI - e que há cerca de um ano foi recuperada pelas forças iraquianas.
Foi torturada, vítima de violação coletiva, vendida e revendida em mercados 'jihadistas' de escravos e forçada a negar a sua religião.
Para os combatentes do EI, que têm uma interpretação ultra rigorosa do islão, os yazidis são hereges.
Como milhares de outras yazidies, Nadia Murad foi "casada" à força com um 'jihadista' que a espancou, disse ela num discurso perante o Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque.
"Incapaz de suportar tanta violação e violência", nas suas próprias palavras, conseguiu fugir com a ajuda de uma família muçulmana de Mossul.
Com documentos de identidade falsos, conseguiu chegar a um campo de refugiados no Curdistão iraquiano, a poucas dezenas de quilómetros a leste de Mossul.
Aí, depois de saber da morte de seis de seus irmãos e da sua mãe, ela contactou uma organização de ajuda a yazidis para encontrar uma irmã na Alemanha.
Na Alemanha, onde ainda vive, despertou para a militância e tornou-se na porta-voz do seu povo, que tinha 550 mil membros no Iraque, antes de 2014. Hoje, quase 100.000 deles deixaram o país e outros estão deslocados no Curdistão.
Murad tem como objetivo que a comunidade internacional reconheça as perseguições cometidas em 2014 como um genocídio, contando com a ajuda da advogada e ativista de direitos humanos libanesa-britânica Amal Clooney.
Há um ano, após o seu apelo, o Conselho de Segurança da ONU prometeu ajudar o Iraque a reunir as provas dos crimes cometidos contra os yazidis.
Nadia Murad e Denis Mukwege estão a trabalhar para "acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra", justificou o comité que atribui o Nobel.
in Visão  05.10.2018 às 14h42

Prémios Nobel 2018

MEDICINA
O Prémio Nobel da Medicina ou Fisiologia de 2018 foi atribuído aos investigadores James P. Allison e Tasuku Honjo pelas descobertas relacionadas com o papel do sistema imunitário na luta contra o cancro, anunciou esta segunda-feira o comité do Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia). O prémio tem um valor de nove milhões de coroas suecas (cerca de 871 mil euros). 
“O Prémio Nobel deste ano assinala um marco na luta contra o cancro”, anunciou o comité do Nobel esta segunda-feira, acrescentando que as investigações dos dois laureados representam uma mudança de paradigma. “É um princípio totalmente novo. Neste caso, em vez de ter como alvo as células cancerosas, estas abordagens usam os travões das células do nosso sistema imunitário para travar o cancro.” A descoberta feita pelos dois laureados do Nobel da Medicina aproveita assim a capacidade do nosso sistema imunitário de atacar as células cancerosas estimulando-o e bloqueando os “travões” das células do sistema imunitário, os linfócitos T. Com esta “avaria” dos travões, o sistema imunitário acelera-se, investindo rapidamente nas células cancerosas. 


FÍSICA

O Prémio Nobel da Física de 2018 foi atribuído a três investigadores sobre os seus trabalhos na física dos lasers – anunciou esta terça-feira de manhã a Real Academia Sueca das Ciências em Estocolmo. Metade do prémio, no valor monetário de nove milhões de coroas suecas, ou 866 mil euros, vai para o norte-americano Arthur Ashkin e a outra metade para o francês Gérard Mourou e a canadiana Donna Strickland. No anúncio, o comité resumiu que o prémio vai para “as ferramentas feitas de luz” ou, na justificação mais formal, para “invenções revolucionárias no campo da física dos lasers”. 

QUÍMICA
O Prémio Nobel da Química de 2018 foi atribuído à norte-americana Frances H. Arnold e, a outra metade, ao norte-americano George P. Smith e ao britânico Gregory P. Winter, anunciou esta quarta-feira o comité do Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia). O prémio tem um valor de nove milhões de coroas suecas (cerca de 871 mil euros). “Os laureados de Química deste ano assumiram o controlo da evolução e usaram os mesmos princípios – mudança genética e selecção – para desenvolver proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade.” 
“Os métodos que os premiados desenvolveram servem para promover uma indústria química mais verde, produzir novos materiais, fabricar biocombustíveis sustentáveis, tratar doenças e, assim, salvar vidas”, referiu o comité do Nobel.

LITERATURA
(cancelado e não entregue este ano)

PAZ
 A atribuição do Prémio Nobel da Paz a dois dos mais destacados activistas contra a violação sexual em contexto de guerra vem trazer alguma luz para uma das dimensões menos conhecidas, mas igualmente atroz, dos conflitos em todo o mundo. O Comité Norueguês do Nobel decidiu atribuir o galardão a Nadia Murad, uma iraquiana yazidi que foi raptada e escravizada pelo Daesh, e a Denis Mukwege, um médico congolês que operou dezenas de milhares de mulheres violadas de forma bárbara.

“Cada um deles contribuiu à sua maneira para dar maior visibilidade à violência sexual em tempo de guerra para que os seus responsáveis respondam pelas suas acções”, justificou o comité quando apresentou o prémio. "Nadia é a testemunha que denuncia os abusos cometidos contra si e outras", afirmou a porta-voz do Comité Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen. Mukwege tornou-se no "símbolo mais unificador da luta para acabar com a violência sexual nas guerras".


A escolha mereceu elogios consensuais por parte de dirigentes políticos e activistas de direitos humanos em todo o mundo. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que a atribuição deste Nobel da Paz integra um “movimento crescente que reconhece a violência e as injustiças” contra mulheres e crianças em todo o mundo. Os dois premiados, declarou Guterres, “ao defenderem as vítimas de violência sexual nos conflitos, estão a defender os nossos valores partilhados”.

                                                                      in Jornal Público

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