O maior avanço registou-se, contudo, entre 25 e 31 de maio deste ano, quando a fenda se propagou por mais 16 quilómetros e se percebeu que apenas 13 quilómetros impediam a plataforma de se desprender do continente.
De acordo com os cientistas, o fenómeno é mais geográfico do que climático. A fenda já existe há décadas, mas só há pouco tempo aumentou durante um período específico. Os cientistas acreditam que o aquecimento global tenha antecipado a provável rutura do icebergue, mas não têm evidências suficientes para fundamentar essa teoria.
O cientista Adrian Luckman explicou à BBC, em 2016, que, como o icebergue flutua, não vai aumentar o nível da água do mar, mas que o surgimento de novas plataformas pode acabar por dar origem a glaciares, que se podem desprender em direção ao oceano. Uma vez que esse gelo não será flutuante, o nível da água do mar pode ser afetado.
Segundo as estimativas, se todo o gelo da plataforma Larsen C derreter, o nível do mar aumentaria cerca de 10 centímetros. Contudo, essa mudança iminente, nos contornos da Antártida, não é certa.
A fenda na plataforma de gelo Larsen C passou a ser seguida com mais atenção pelos especialistas por causa do colapso das plataformas de gelo Larsen A, em 1995, e Larsen B, em 2002, que aconteceu de forma semelhante.
Sem comentários:
Enviar um comentário