domingo, 31 de outubro de 2010

Dia Mundial da Poupança

Os dez erros mais comuns na gestão das finanças

Em época de crise, todos os conselhos são bem-vindos para que a nossa conta bancária não entre no vermelho. Há pequenos truques que nos podem ajudar a poupar algum dinheiro.
Antes de mergulhar nos pecados financeiros, convém imaginar que vamos passar pelo confessionário. Quando formos às compras, façamos o seguinte exercício, perguntando aos nossos botões: "desejo ou necessito disto"?
Ou seja, quando pegamos na carteira ou no cartão de crédito para comprar algo, devemos questionar se realmente aquele bem nos faz falta. O importante é sermos honestos connosco mesmos. Esta pergunta funcionará como uma consciência financeira que falará ao nosso ouvido de cada vez que pensarmos em adquirir algo. Talvez assim domine o impulso da compra e consigamos poupar alguns euros.
É verdade, os apelos são muitos. A publicidade oferece, de bandeja, corpos esbeltos, férias de sonho, automóveis topo de gama, crédito mais barato… A montra de compras não tem fim. Estilo e glamour estão à distância de um simples digitar de código nas máquinas Multibanco, enquanto as dívidas se vão acumulando. É uma bola de neve que, sem controlo, pode transformar-se numa avalanche, levando ao congelamento das nossas poupanças.
Alexandre Herculano, historiador do século XIX e difusor do romantismo em Portugal, escreveu: “O desejo mede os obstáculos. A vontade vence-os.” Eis a chave para os nossos problemas. Basta termos força de vontade, disciplina espartana e visão de futuro. Isto para chegar à idade da reforma e ter dinheiro para gozar a vida.
Lembremo-nos: nunca teremos tanto tempo livre. Uma estratégia que podemos utilizar para não sucumbir a tentações é assumir compromissos connosco mesmos. Traçar metas e cumpri-las. A esta altura estamos a pensar: mas como podemos evitar os erros mais comuns no que toca à gestão do nossodinheiro? Vejamos abaixo:
1. Não aprender com os erros dos outros. Sai muito mais barato aprender com as cabeçadas alheias. O “desfalque” não será na nossa conta bancária. Só com esta dica já está a amealhar uns trocos!

2. Gastar mais do que se tem. Há pessoas que, para manter o estatuto social, vivem como o lençol dos pobres: puxam em baixo para tapar em cima, acabando por ficar com os pés de fora. A dura realidade é que este pano é como o ordenado, não estica. Façamos contas à vida e organizemos as nossas finanças pessoais.

3. Não controlar o nosso dinheiro. Ficar no vermelho porque teve um acidente de percalço não é vergonha para ninguém. O crédito bancário existe para isso. Mas pagar juros no cartão de crédito é um erro que pode custar-lhe caro. Os juros podem chegar aos 30%. Se começar a ficar endividado, assuma o problema. Faça um plano de raiz, ou contacte a Deco (www.deco.pt) que tem um serviço que o ajudará a reequilibrar o orçamento. Até porque utilizar parte do seu rendimento para pagar juros ao banco é baixar o seu padrão de vida.

4. Não ter reservas para as emergências. Nunca fique no fio da navalha. Convém ter de parte pelo menos o montante necessário para sobreviver seis meses sem emprego. Claro que tem de ter em consideração o seu estilo de vida. E esta conta não deve ser misturada com as poupanças de longo prazo. Deve estar aparte. Pode, por exemplo, subscrever um produto em que possa levantar a poupança em qualquer altura. O objectivo é preservar o valor do dinheiro.

5. Não se preocupar com os pequenos gastos. Há quem considere apenas os grandes e esta é uma visão errada. A compra de casa ou de carro estão no topo das preocupações das famílias levando-as a descurar as pequenas despesas, caso das compras no supermercado, factura da luz, água, telefone, roupas e jantaradas fora. Mas já diz o ditado: “Grão a grão enche a galinha o papo.” Preste atenção aos detalhes, pois ficará surpreendido com as poupanças acumuladas.

6. Nunca cumprir os objectivos financeiros a que se propôs. Imagine que decide poupar para comprar casa. No caminho não resiste à tentação de uma promoção com o descapotável dos seus sonhos. Erro crasso. Este deslize pode ser o passe para entrar na lista dos endividados. Só nos devemos desviar quando um percalço sucede na nossa vida, caso de desemprego ou doença súbdita.

7. Nunca ter em conta a inflação, apesar desta indicar o custo de vida. O preço do dinheiro. Só para ter uma ideia: a inflação pode anular parte ou todo o ganho que o investidor acredita estar a obter numa determinada aplicação financeira. Além disso, para amealhar para o futuro terá de fazer contas para ver de quanto precisará daqui a X anos porque o dinheiro será decerto mais caro nessa altura.

8. Não investir em produtos que conhece e não ter em conta o seu perfil de risco. Se não compreender onde está a aplicar o seu dinheiro, é preferível colocá-lo debaixo do colchão. Informe-se sobre as características da aplicação, do rendimento, se pode ou não perder dinheiro. Além disso, veja se está preparado para correr riscos. Há uma regra do mercado financeiro que diz que quanto maior for o risco, maior poderá ser o ganho. Mas a perda também será superior. Estude bem qual o seu perfil de investidor. Peter L. Bersntein, autor do livro Desafio aos Deuses: A Fascinante História do Risco, garante que a melhor forma de contornar este problema é aprender a gerir o risco em vez de evitá-lo. No dia-a-dia já o faz, de várias maneiras. Por exemplo, tenta não levantar dinheiro à noite num local escuro para evitar a possibilidade de ser assaltado. Certo? Já agora uma dica: nunca coloque todos os ovos no mesmo cesto. Ou seja, diversifique o seu dinheiro, aplicando-o numa conta à ordem, PPR, fundos, acções, pintura, numismática… Assim, caso algo corra mal, uns cobrem os outros.

9. Usar mais a emoção do que a razão na hora de investir pode causar alguns dissabores. Suze Omar, consultora financeira americana diz: “Para se sentir livre em relação ao dinheiro é essencial perder o medo que se tem dele.” O mercado accionista é bom para medir o seu grau de resistência, pois a turbulência das bolsas é uma óptima escola. Claro que imprópria para cardíacos ou pessoas muito conservadoras a investir. Que odeiam arriscar! Se decidir experimentar, faça-o com dinheiro que não lhe faça falta e peça ajuda a especialistas do ramo, sob pena de perder as poupanças.

10.Não aprender a administrar o seu dinheiro, porque tem um gestor de conta. É fundamental começar a entrar na linguagem financeira e transformar-se num verdadeiro Tio Patinhas. Está na hora de aprender o bê-á-bá das finanças pessoais e começar a multiplicar o seu património.
@Teresa Cotrim(adaptado), 31 de Outubro de 2010, in Sapo

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