Em todo o mundo os muçulmanos intensificam a oração durante o Ramadão
Para quem trabalha pode ser difícil passar 17 horas seguidas, com calor, sem comer e sem beber. Mas o mais importante, explica o Sheikh David Munir, é o jejum espiritual.
29-06-2014 14:06 por Filipe d’Avillez
O Sheikh David Munir considera que o jejum mais longo é mais difícil, mas também mais proveitoso, permitindo uma maior identificação e solidariedade com os pobres.
“Quando os dias são mais longos ficamos mais horas sem comer e sem beber. O corpo, ao fim do dia, torna-se um pouco frágil. Mas também valorizamos mais aquilo que temos, e sentimos mais na pele o que o outro não tem, porque há muita gente que não tem o mínimo, não come porque não tem, não é porque está em jejum, é porque não tem mesmo.”
O imã da Mesquita Central de Lisboa explica que este domingo é o primeiro dia de jejum do Ramadão para a comunidade portuguesa. “De acordo com o calendário islâmico o dia muda ao pôr-do-sol, portanto desde ontem ao pôr-do-sol, das 21h10 entrámos no mês do Ramadão.”
Os preceitos islâmicos ditam que o jejum é obrigatório para todos os adultos saudáveis, do nascer ao pôr-do-sol. Por estes dias, por exemplo, isso corresponde a 17 horas seguidas, cerca das 4h10 às 21h10. O calendário islâmico é lunar e está desfazado com o calendário solar seguido no mundo ocidental, pelo que o Ramadão vai calhando em datas diferentes todos os anos, segundo o calendário gregoriano.
Na maioria dos países islâmicos as empresas diminuem a sua produção, ou fecham mesmo, durante este mês. Mas para os muçulmanos que vivem noutros países, como em Portugal, pode ser difícil conciliar. Para quem faz trabalhos fisicamente cansativos, pode ser muito complicado estar todo o dia sem comer e sem beber água.
“Têm de tentar mudar o seu hábito em termos de alimentação, porque come-se muito cedo. É preciso ser paciente e caso seja possível convencer o patronato para que haja uma alteração do horário. Se não, tenta cumprir com muita paciência e naquilo que for possível. Quem não consegue mesmo jejuar não deve jejuar”, alerta o Sheikh David Munir.
Nessas situações, explica o imã, o mais importante é mesmo o jejum espiritual: “Deus prescreveu o jejum para nós nos tornarmos piedosos. O Ramadão é considerado um mês de treino, porque não é só o jejum físico, mas também o espiritual. Controlar a sua língua, controlar os seus desejos, não difamar, não caluniar, não insultar, tentar ser o melhor possível.”
“Quando os dias são mais longos ficamos mais horas sem comer e sem beber. O corpo, ao fim do dia, torna-se um pouco frágil. Mas também valorizamos mais aquilo que temos, e sentimos mais na pele o que o outro não tem, porque há muita gente que não tem o mínimo, não come porque não tem, não é porque está em jejum, é porque não tem mesmo.”
O imã da Mesquita Central de Lisboa explica que este domingo é o primeiro dia de jejum do Ramadão para a comunidade portuguesa. “De acordo com o calendário islâmico o dia muda ao pôr-do-sol, portanto desde ontem ao pôr-do-sol, das 21h10 entrámos no mês do Ramadão.”
Os preceitos islâmicos ditam que o jejum é obrigatório para todos os adultos saudáveis, do nascer ao pôr-do-sol. Por estes dias, por exemplo, isso corresponde a 17 horas seguidas, cerca das 4h10 às 21h10. O calendário islâmico é lunar e está desfazado com o calendário solar seguido no mundo ocidental, pelo que o Ramadão vai calhando em datas diferentes todos os anos, segundo o calendário gregoriano.
Na maioria dos países islâmicos as empresas diminuem a sua produção, ou fecham mesmo, durante este mês. Mas para os muçulmanos que vivem noutros países, como em Portugal, pode ser difícil conciliar. Para quem faz trabalhos fisicamente cansativos, pode ser muito complicado estar todo o dia sem comer e sem beber água.
“Têm de tentar mudar o seu hábito em termos de alimentação, porque come-se muito cedo. É preciso ser paciente e caso seja possível convencer o patronato para que haja uma alteração do horário. Se não, tenta cumprir com muita paciência e naquilo que for possível. Quem não consegue mesmo jejuar não deve jejuar”, alerta o Sheikh David Munir.
Nessas situações, explica o imã, o mais importante é mesmo o jejum espiritual: “Deus prescreveu o jejum para nós nos tornarmos piedosos. O Ramadão é considerado um mês de treino, porque não é só o jejum físico, mas também o espiritual. Controlar a sua língua, controlar os seus desejos, não difamar, não caluniar, não insultar, tentar ser o melhor possível.”
Sem comentários:
Enviar um comentário