sexta-feira, 20 de julho de 2012

Morreu José Hermano Saraiva

Jose Hermano Saraiva e a televisão
Notabilizou-se nas quatro últimas décadas pelos programas televisivos sobre História. José Hermano Saraiva, um homem que se confunde com a História, faleceu hoje aos 92 anos.
O historiador José Hermano Saraiva morreu hoje de manhã, disse à agência Lusa o assistente do produtor do programa da Videofono.


José Hermano SaraivaCarlos Manuel disse à Lusa que o produtor José Manuel Crespo foi hoje informado por um familiar de José Hermano Saraiva que o historiador tinha morrido hoje em casa, no distrito de Setúbal.

No 10 de junho de 2011, o historiador foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Em 2010, a Academia Portuguesa da História (APH) distinguiu José Hermano Saraiva como “grande divulgador” da História de Portugal e elegeu-o académico de mérito.

José Hermano SaraivaJosé Hermano Saraiva nasceu em Leiria, em a 3 de outubro de 1919, fez as licenciaturas em Ciências Histórico-Filosóficas (1941) e em Ciências Jurídicas (1942), consagrando-se desde então ao ensino e à advocacia.
Exerceu as funções de professor liceal, director do Instituto de Assistência aos menores, Reitor do Liceu D. João de Castro, deputado à Assembleia Nacional, procurador à Câmara Corporativa, professor do Instituto de ciências sociais, políticas e ultramarinas da Universidade Técnica de Lisboa, ministro da Educação Nacional e embaixador de Portugal no Brasil, cargo de que solicitou a exoneração em 29 de Abril de 1974.

José Hermano Saraiva
O Homem que se confunde com a História

José Hermano Saraiva notabilizou-se nas quatro últimas décadas através de programas televisivos sobre História.
Entre outros cargos públicos que exerceu antes do 25 de abril de 1974, como o de diretor do Instituto de Assistência aos Menores, foi ministro da Educação entre 1968 e 1970, qualidade na qual inaugurou a Biblioteca Nacional de Portugal.
José Hermano SaraivaTendo sido substituído por Veiga Simão na pasta da Educação, após a crise académica de 1969, foi designado embaixador de Portugal em Brasília, em 1972.
Foi ainda deputado à Assembleia Nacional e procurador à Câmara Corporativa.
A colaboração com a RTP começou na década de 1970 com o programa “O tempo e a alma”. Foi ainda autor e apresentador de “Histórias que o tempo apagou”, “Horizontes da Memória” e “A Alma e a Gente”.
Um dos seus livros mais conhecidos é a “História concisa de Portugal” já na 25.ª edição, com um total de cerca de 180 mil exemplares vendidos. Editado pela primeira vez em 1978, este título foi já traduzido em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês.

José Hermano SaraivaJosé Hermano Saraiva dirigiu também uma outra História de Portugal em seis volumes, editada em 1981 pelas edições Alfa.
Na área da História, José Hermano Saraiva tem publicados cerca de 20 títulos, entre eles “Uma carta do Infante D. Henrique”, “O tempo e alma”, “Portugal – Os últimos 100 anos”, “Vida ignorada de Camões”, ou “Ditos portugueses dignos de memória”.
Na área da jurisprudência editou sete títulos, nomeadamente “A revisão constitucional e a eleição do Chefe do Estado”, “Non-self-governing territories and The United Nation Charter”, e “Apostilha crítica ao projecto do Código Civil”, tendo ainda publicado cinco títulos na área da pedagogia.

José Hermano SaraivaJosé Hermano Saraiva apresentou à APH várias orações académicas, tendo sido publicadas sete, a mais recente em 1988, intitulada “A crise geral e a Aljubarrota de Froyssar”.
Além da APH, José Hermano Saraiva é também membro das academias das Ciências de Lisboa, de Marinha e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, tendo sido distinguido com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho, a Comenda da Ordem de N. S. da Conceição de Vila Viçosa, e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco (Brasil).
Notícia atualizada às 14h18  

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