sábado, 6 de junho de 2009

O Dia-D, a maior invasão da história...

O dia 6 de Junho de 1944 é uma das datas mais importantes da Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, uma vanguarda de 175 mil soldados anglosaxãos (americanos, ingleses e canadianos) desembarcaram corajosamente nas praias da Normandia para libertar a França da ocupação nazi.
Devido ao volume impressionante de navios de guerra, embarcações de transporte de tropas e aviões dos mais variados tipos e modelos, seguramente o Dia-D, o começo da Segunda Frente, deve ser considerado como a maior invasão aeronaval que a história até então conheceu.

Início da acção

"OK, nós vamos."- General D. Eisenhower, na véspera do Dia-D (5 de junho de 1944).

A palavra final foi dada pelo oficial meteorologista James Stagg. Apesar do mau tempo predominante naqueles começos de Junho de 1944, carregado de nuvens e chuvas intermitentes, haveria uma pausa no dia 6, assegurou ele ao general Eisenhower. Sofrendo os dissabores dos enjôos do mar, as tropas já estavam nos porões das 3.000 embarcações que balouçavam aos sabor das ondas nas costas da Inglaterra.
A invasão do continente europeu, a maior da história, baptizada como Operação Overlord, tinha sido minuciosamente preparada pelo alto comando aliado. Era parte de um poderoso torno de aço composto pelos exércitos anglo-americanos e soviéticos (vindos do leste), que se fechava sobre a Europa ocupada pelos nazistas. O supremo comandante aliado, o general Eisenhower e o comandante das operações, marechal Montgomery, dispunham de 2 milhões de soldados prontos para tudo, tendo à disposição o que havia de melhor no material de guerra .
O objectivo do assalto, segundo o general Eisenhower, “era a ambição de que forças terrestres e aerotransportadas ocupassem a costa entre Le Havre até à península de Cotentin (ambos na Normandia francesa) e, a partir do sucesso em formar cabeças-de-praia com portos adequados, dirigir-se ao longo das linha do rio Loire e do Sena directamente para o coração da França, para destruir o poder alemão e libertar a França.”

Naquela madrugada do dia 6, a vanguarda composta por 175 mil soldados, organizados em dois grandes exércitos (o US 1st Army sob comando do general Omar Bradley e o GB 2st Army liderado pelo general Miles Demsey), levados por navios transportes, atravessaram o Canal Inglês ( Canal da Mancha) para desembarcarem de surpresa no litoral francês.

A muralha do Atlântico

Desde 1942, Hitler, com 65% das suas divisões de combate a lutar no oriente contra os soviéticos, decidira proteger o fronte ocidental erguendo uma série de casamatas no litoral do Atlântico: a Muralha do Atlântico. Cobriria a costa da Noruega até o norte da Espanha. Pronta, a Atlantic Wall lembraria um colar de cimento e ferro com bunkers construídos a cada 300 metros, aparelhados com canhões navais de 152mm, capazes de expulsar ou manter à distância qualquer barco mais ousado.
Ainda 58 divisões participavam da guarda, sendo que 10 delas eram divisões Panzer. Caso o inimigo ultrapassasse a primeira linha fortificada, era o plano do general Erwin Rommel, os tanques seriam deslocados rapidamente para vedar a brecha e fazê-los retroceder de volta à praia. Para o OKW, o alto comando alemão, a dúvida era saber por onde exactamente os aliados fariam o seu desembarque. Hitler acertou no alvo. Ao contrário do que sustentava o marechal von Rundstedt, de que os invasores viriam pelo estreito de Calais, que era o caminho mais curto, percebeu que os aliados precisariam de um grande porto e este ficava em Cherburgo, na Normandia.


Na madrugada do dia 6, mais de 800 aviões conduzindo a bordo três divisões aerotransportadas anglo-americanas, lançaram tropas paraquedistas atrás das defesas alemãs, exactamente para desbaratar a estratégia de Rommel, fazendo a maior confusão possível. Ao amanhecer, às 6.30 h. deu-se a vez dos lanchões de desembarque. Milhares deles apareceram na frente das cinco praias previamente acertadas.
Os sentinelas alemães ficaram atónitos ao se depararem em meio a névoa matinal que se dissipava com um horizonte tomado por embarcações. Em seguida, um calor dos infernos abateu-se sobre eles. Do mar, 500 navios de guerra abriram as baterias contra as linhas de defesa. Do alto, despencavam toneladas de bombas dos 10 mil aviões que participavam da operação. Um dilúvio de explosões praticamente paralisou-lhes a resistência.
Nos dias seguintes, o trabalho da força aérea aliada, da USAF e da RAF, foi seccionar a Normandia do restante da França por meio de bombardeios selectivos que destruíram todas as pontes sobre o rio Loire e o rio Sena. Isoladas, as guarnições alemãs que resistiam à invasão ficaram impedidas de receber reforços das Divisões Panzer que estavam aquarteladas em outros lugares.

Grande coragem

Mesmo assim, com poderosa cobertura aérea e naval, avançar pelas praias naquele dia do
desembarque estava longe de ser um sossego. Nas falésias da Normandia, emboscadas, as metralhas alemãs sobreviventes varriam tudo o que se mexesse. Que bravura tiveram que mostrar os soldados aliados. Quando se abria a frente do Higgins boat, o lanchão de desembarque, eles eram recebidos à rajadas e a balaços precisos disparados das casamatas, enquanto explosões de morteiros levantavam água e espuma ao redor deles. Se bem que a maioria dos soldados estivesse na faixa dos 22-23 anos e serviam no exército já há dois ou três anos, milhares deles nunca haviam disparado um tiro sequer a valer.
E assim, tensos, foram-se jogando na areia, abrindo caminho com muita coragem para por um fim naquele açougue em que a Europa se transformara. Setenta dias depois, no dia 25 de Agosto de 1944, em meio à multidão doida de felicidade, eles entravam em Paris.

Bibliografia
Ambrose, Stephan - The Longest Day: June 6, 1944. New York, Simon and Schuster, 1959.
Parkinson, Roger - Encyclopedia of modern war, Londres, Paladin Books, 1977.
Ryan, Cornelius - The Longest Day: June 6, 1944. New York, Simon and Schuster, 1959
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in educaterra.terra.com (adaptado)

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