De origem europeia, as Festas dos santos populares (ou Festa Junina) fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a Festa Junina do dia de "Midsummer" (24 de Junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Baptista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a Festa Junina é o traço comum que une todas as festas de São João europeias (da Estónia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.
Uma lenda católica cristianizando a Festa Junina pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha as suas raízes num acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Baptista e assim ter o seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.
O uso de balões
O uso de balões e fogos de artifício durante o São João está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e os seus efeitos visuais. Este costume foi levado pelos portugueses para o Brasil e mantém-se nos dois lados do Atlântico...
Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espectáculos pirotécnicos organizados por associações tornaram-se uma parte essencial da festa. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Baptista.
Os balões de fogo, no entanto, constituem actualmente uma prática proibida por lei devido ao risco de incêndio. Estes balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança...
Hoje em dia, por exemplo, no Porto, Braga ou Figueira da Foz, usam-se balões pequenos, individuais, bem como martelos e alhos porros...
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