Nuno Álvares Pereira será canonizado no dia 26 de Abril, 91 anos após ser beatificado. Poucos saberão que ao Condestável se deve o facto de sermos um país livre e independente. Nunca perdeu uma batalha ou simples combate e, sendo um dos homens mais ricos do reino, despojou-se de todos os seus bens e distribui-os por familiares, amigos, companheiros de armas e ordens religiosas.
Atenta na sua biografia:
Nuno Álvares Pereira é um dos cavaleiros portugueses mais conhecidos da nossa história, não só pela sua bravura, mas por toda a história da sua vida.
Filho de uma família fidalga, Nuno Álvares Pereira nasceu a 24 de Julho de 1360 e tinha pouco mais de 20 anos quando se deram as suas grandes aventuras contra os exércitos castelhanos.
Com apenas 13 anos, entrou para a corte do rei D. Fernando, sendo então escolhido para ser escudeiro da rainha D. Leonor Teles ao mesmo tempo que aprendia tudo sobre a guerra e as armas com um tio. Pouco tempos depois foi logo armado cavaleiro.
Casou com apenas 16 anos. Pois é, nesse tempo era mesmo assim! Casou-se por conveniência dos pais em 1376, com D. Leonor de Alvim. Também esta situação era muito comum na época.
Durante a crise de 1383, provocada pela morte de D. Fernando, colocou-se ao lado do Mestre de Avis, que parecia mais preocupado em defender os interesses de Portugal do que D. Leonor Teles, a regente do reino.
D. João, Mestre de Avis, chamou-o para o conselho do governo e, mais tarde, durante as cortes de Coimbra, nomeou-o Condestável do Reino, um cargo criado pelo rei D. Fernando.
Entre 1383 e 1385, liderou o exército português a várias vitórias, sendo as mais conhecidas as da Batalha de Aljubarrota e da Batalha dos Atoleiros, onde usou a técnica do quadrado.
Esta técnica baseou-se numa estratégia militar usada por Alexandre Magno em exércitos maiores e que Nuno Álvares Pereira tinha descoberto há pouco tempo num livro. Decidiu adaptá-la e resultou!
Em 1388, iniciou a edificação da capela de São Jorge de Aljubarrota e, em 1389, a do convento do Carmo, em Lisboa, onde se instalaram os frades da ordem do Carmo, no ano de 1397.
Tornou-se rico e poderoso, mas soube dividir com os seus companheiros de armas grande parte das terras que lhe foram doadas. No fim da vida, teve o cuidado de repartir também pelos netos os seus domínios e títulos.
A sua vida de soldado não acabou com a crise de 1383/85, pois ainda participou na conquista de Ceuta, em 1415, onde mostrou novamente o seu grande valor.
Nunca perdeu uma batalha que fosse liderada por si. Conta-se que a sua espada, que tinha o nome de Maria gravado, lhe dava a devida protecção.
Nuno Álvares Pereira acabou a sua vida ligado à Igreja. Depois de se tornar viúvo, entrou para o Mosteiro do Carmo, em 1423, por ele fundado, mudando o nome para frade Nuno de Santa Maria.
Por ter dedicado os seus últimos dias à Igreja e a ajudar os mais pobres, depois da sua morte, em 1431, o povo começou a chamá-lo de Santo Condestável. Este título nunca foi verdadeiro, mas ficou perto com a sua beatificação, em 1918.
Uma das filhas de Nuno Álvares Pereira casou com D. Afonso, um dos filhos de D. João I, dando início à Casa de Bragança, uma família que reinou em Portugal e da qual é descendente D. Duarte de Bragança.
in Site Júnior
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