quarta-feira, 19 de março de 2008

Mundo de olhos no Tibete...



Centenas de mortos, diz o parlamento tibetano no exílio em Dharamsala, na Índia. O primeiro-ministro Samdhong Rinpoché, mais cauteloso, fala em cerca de cem. Apenas 13 "vítimas inocentes", admite o Governo chinês.


O balanço da repressão das manifestações em Lassa, no Tibete, é impossível de verificar de forma independente, com a região autónoma chinesa sitiada e fechada aos jornalistas.


De fora, o mundo condena a violência e apela ao diálogo, mas afasta a hipótese de boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim, em Agosto.




"Pensamos que deverá ser exercida contenção e que deve ser posto um fim à violência.



Acreditamos que deve instaurar-se um diálogo, rapidamente, entre as diferentes autoridades", afirmou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.



No mesmo sentido, foram as declarações da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice: "Há uma espécie de oportunidade falhada da parte dos chineses de trabalhar com a autoridade moral do povo tibetano [Dalai Lama] mas espero que consigam arranjar uma maneira de o fazer."



A contenção ocidental explica-se pela importância que a China assume nos dias de hoje, tanto economicamente (foram muitos os países que assinaram nos últimos meses acordos comerciais com o gigante asiático), como politicamente.



Membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China tem sido um actor de peso quando o tema é Coreia do Norte, Myanmar (ex-Birmânia), Irão ou Darfur.

Depois de vários dias de silêncio, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, limitou-se ontem a apelar à calma.

Quem mantém esse silêncio é o Papa Bento XVI, depois de há poucos dias o Vaticano ter dito que queria um "diálogo construtivo" com Pequim. Segundo o Il Messagero não querem irritar ninguém.



A Holanda foi o único país ocidental a ir mais longe, convocando o embaixador chinês em Haia. "Pedimos-lhe que a China encontre uma solução pacífica, que respeite os direitos humanos, o Estado de direito, e faça tudo para evitar que haja vítimas", revelou o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros, Frans Timmermans. Mas o mesmo responsável reconheceu que o boicote olímpico não é uma opção: "Pelo contrário, os Jogos Olímpicos são uma hipótese única para levar a China a uma maior abertura, de diálogo, enquanto um boicote arrisca ter como consequência que o país volte a fechar-se"O Comité Olímpico Internacional (COI) quebrou finalmente o silêncio sobre o tema, após muita pressão.

"A chama olímpica, que deverá estar em Lassa em Junho, é um símbolo poderoso que impele os povos do mundo inteiro a ultrapassar as suas diferenças e a unirem-se.

O COI espera que a chama faça a sua rota como previsto", lê-se no comunicado, onde se apela também a "uma solução pacífica para as tensões dos últimos dias no Tibete".



DN 18.03.08

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