sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Prémios Nobel 2017

Paz: Diretora ICAN  Beatrice Fihn, de 37 anos.

Literatura: escritor Kazuo Ishiguro, de 62 anos.
Química: trio Jacques Dubochet (suíço) Joachim Frank (alemão) e Richard Henderson (escocês) por uma série de melhorias que revolucionaram a observação de biomoléculas.
Física: Rainer Weiss, alemão naturalizado americano e Barry Barish e Kip S.Thorne, cientistas nascidos nos Estados Unidos, ganharam o prêmio pela observação de ondas gravitacionais previstas por Albert Einstein há mais de 100 anos.
Medicina: os norte-americanos Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young levaram o prémio por suas descobertas no ritmo circadiano, o relógio biológico interno dos seres vivos.

Prémio Nobel da Paz 2017

Ao centro, Diretora Executiva da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (Ican), Beatrice Fihn

O Prémio Nobel da Paz 2017 foi  atribuído à Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN). O Comité Nobel norueguês decidiu distinguir a organização "pelos esforços para captar atenção para as catastróficas consequências humanas" da utilização deste tipo de armamento.

Num período conturbado em que a utilização de armamento nuclear é um dos principais temas mundiais, o Comité Nobel norueguês decidiu atribuir o Prémio Nobel da Paz à Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares.

"Vivemos num mundo em que o risco de utilização de armas nucleares é maior do que alguma vez foi", declarou Berit Reiss-Andersen, líder do Comité Nobel da Noruega.


A ICAN pauta-se por ser uma coligação de ativistas que pretende o desarmamento nuclear. Foi premiada pelo seu trabalho nas negociações que terminaram com a criação de um tratado para proibir armas nucleares, juntamente com as Nações Unidas.

"A organização foi agraciada com este prémio pelos seus esforços para captar atenção para as catastróficas consequências humanas das armas nucleares e pelos esforços inéditos para alcançar um tratado baseado na proibição de tais armas", declarou a presidente do Comité Nobel.

A Campanha Internacional sucede ao Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na atribuição do Prémio Nobel da Paz, pelos esforços realizados para restaurar a paz na Colômbia.
Trabalho desenvolvido à escala global

A ICAN trabalha há muito por um travão à utilização de armamento nuclear. A coligação é não-governamental e está presente em mais de 100 países. Nasceu na Austrália, mas foi formalmente instituída em 2007 em Viena.

Em julho deste ano, a ICAN foi responsável pela criação de um tratado (apoiado pelas Nações Unidas) que proíbe a utilização de armamento nuclear. 

Apesar da adoção do documento por parte de 122 países, entre os quais Portugal, os principais Estados com armas nucleares, como Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, China e França, não assinaram o tratado e descreveram-no como uma "diversão".
ICAN destaca "grande honra"

A Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares mostrou-se honrada pela atribuição do Prémio Nobel.

"É uma grande honra ter recebido o Prémio Nobel da Paz 2017, como reconhecimento do nosso papel na criação de um tratado que proíbe a utilização de armas nucleares. Este acordo histórico, adotado a 7 de julho com o apoio de 122 nações, oferece uma poderosa e necessária alternativa para o nosso mundo em que as ameaças de destruição em massa prevalecem".

O grupo sublinhou que o Nobel é um prémio merecido para todos os ativitas à escala internacional que tentam parar a utilização de armas nucleares, assim como e um tributo para as vítimas dos ataques nucleares de Hiroshima e Nagasaki, no Japão.

"É um tributo aos sobreviventes dos ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki e outras vítimas de explosões atómicas em outras partes do mundo. As suas histórias foram instrumentais para assegurar este marco", continuou por explicar a ICAN.

"Agradecemos humildemente ao Comité Nobel norueguês. Este prémio traz luz a um caminho que o tratado pretende percorrer até alcançar um mundo livre de armas nucleares. Antes que seja tarde, temos de reconhecer esse trilho", concluiu a organização.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Ser amigo - 2º ano

Os segredos do Taj Mahal


Prémio Nobel da Física 2017

Distinção foi atribuída a Rainer Weiss, Barry Barish e Kip Thorne.

Nobel da Física para investigadores de ondas gravitacionais



Dois minutos para ficar a saber o que são ondas gravitacionais
O prémio Nobel da Física foi ganho por três cientistas pela sua "decisiva contribuição para o detector de LIGO e observação das ondas gravitacionais".
O galardão foi atribuído aos três investigadores, mas não de igual forma. Metade do prémio vai para Rainer Weiss, enquanto a outra metade é dividida entre Barry Barish e Kip Thorne.
Para o Comité Nobel "está-se perante algo totalmente novo e diferente, que abre mundos até agora insuspeitos".
Rainer Weiss é alemão, tem 85 anos. Os outros dois galardoados são norte-americanos. Barish tem 81 anos e Thorne 77.
As ondas gravitacionais já tinham sido sido previstas por Einstein há 100 anos na sua teoria da relatividade, mas só recentemente foi possível registá-las. Foram detectadas pela primeira vez em Setembro de 2015, pelo Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO), nos Estados Unidos, cujos dois detectores laser gigantes tinham finalmente medido pequeninas distorções no espaço-tempo provocadas pela colisão de dois buracos negros há 1.300 milhões de anos.
Depois disso, as ondas gravitacionais foram detectadas mais três vezes, a última anunciada apenas há cerca de uma semana.
Ao telefone na cerimónia de anúncio do Prémio Nobel, Rainer Weiss disse o que sentiu quando detectaram as ondas gravitacionais pela primeira vez: “Muitos de nós não acreditávamos. Levámos dois meses a convencermo-nos. Agora ninguém duvida que detectámos ondas gravitacionais.”

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Monumentos inspirados por amor

Ao longo da história, foram várias as pessoas românticas que construíram monumentos para mostrar o quanto amavam o seu amado ou amada, mas o fim destas histórias de amor nem sempre foi feliz...
Thornewood Castle, Lakewood, Washington
 A mansão tem 54 quartos, portas sólidas de três polegadas (feitas em madeira de carvalho) e uma grande escadaria típica de uma casa de Inglês do século XVI. Tem ainda tijolo vermelho, vitrais e lareiras de mármore são florentino. Porém, Thorne foi além dos muros do castelo: projetou um jardim Inglês com hortênsias.
Para saber mais:  Aqui
Petit Trianon em Versalhes, França
Louis XV  encomendou a Ange-Jacques Gabriel o projeto de um castelo "pequeno" no recinto do palácio, em 1762, para a sua amante, Madame de Pompadour. Porém, o rei morreu quatro anos antes de o edifício ser terminado. A mansão é elegante e de estilo neoclássico.
Para saber mais: Aqui
Coral Castle, Miami, Florida
Miami é a morada de um dos mais misteriosos milagres da engenharia. Envolto em lendas que possivelmente nunca serão desvendadas, o Castelo de Corais foi construído pelas mãos de um único homem: Edward Leedskalnin, tudo por causa de um desgosto de amor.
Conta-se que Edward tinha 26 anos quando a sua noiva cancelou o casamento um dia antes da boda. Sem se conformar, o jovem decidiu fugir da sua terra natal, na Letónia, para a Florida, nos Estados-Unidos. Sem conseguir esquecer a única mulher por quem algum dia estivera apaixonado, dedicou-se a construir um fantástico castelo para a impressionar. A matéria-prima escolhida para a sua obra foi a rocha de coral.
Durante 28 anos, usando ferramentas fabricadas com pedaços de ferro velho, Edward Leedskalnin construiu, absolutamente sozinho, um castelo e tudo o que está em seu interior com blocos de coral, sendo que alguns chegam a pesar 30 toneladas. De alguma maneira, conseguiu movê-los e fixá-los no lugar sem ajuda ou uso de maquinaria moderna. E nisso reside o mistério. Como ele fez isso? A maneira como ele deslocou esses pesos colossais continua sendo totalmente desconhecida, mais de meio século após sua morte. 
 Edward morre em dezembro de 1951. Embora a obra deslumbre homens e mulheres, mesmo tendo recebido diversos convites, a sua amada nunca chegou a visitar o castelo feito em sua homenagem.
Para saber mais: Aqui
Kodai-ji, Kyoto, Japão
“O Templo Kodai-ji está localizado ao norte leste de Yasaka Hokanji, junto das montanhas Ryozen Higashiyama, em Kyoto. 
Chama-se oficialmente Templo Kodaiji-jushozenji. Foi criado em 1606, por Kita-no-Mandokoro (1548-1624), em memória de seu falecido marido Toyotomi Hideyoshi (1536-1598). É rodeado por uma sala memorial com imagens esculpidas do casal, um mausoléu, uma floresta de bambu e vários jardins.
Kita-no-Mandokoro também era conhecido como Nené. Mais tarde,  tornou-se sacerdotisa e assumiu o nome de Kodaiin Kogetsuni. 
Em julho de 1624, Sanko Osho de Kenninji Temple foi recebido como o monge do templo principal e foi então nomeado Kodai-ji. Tokugawa Ieyasu (1542-1616), o primeiro shogun Tokugawa, financiou a construção do templo, resultando na sua aparência magnífica.”
Para saber mais: Aqui
Sweetheart Abbey, Dumfries, na Escócia
Esta abadia teve a sua origem num amor entre uma mulher e seu marido, o que deu o nome da instituição de Cister, na aldeia de New Abbey, na Scottish Borders.
 Em 1268, Lord John Balliol morreu inesperadamente. A sua viúva, Lady Devorgilla Galloway, mandou embalsamar o seu coração e colocá-lo numa caixa de marfim, permanecendo sempre junto dela e, a partir desse momento, em nome de seu marido, ofereceu abrigo e alimento aos pobres. 
Em 1273, esta senhora financiou a fundação desta abadia que, em honra ao casal, tem o nome de uma terra próxima onde ambos viveram felizes. 
Na sua morte, em 1289, o seu corpo foi enterrado ao lado do coração do seu marido, onde ambos ainda jazem. A abadia esteve em funcionamento contínuo até 1560, sofreu grandes danos devido às guerras da região. 
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Taj Mahal, Agra, Índia
O Taj Mahal  é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Foi anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno, numa celebração, em Lisboa, no dia 7 de Julho de 2007.
A obra foi feita durante vários anos com a força de cerca de 20 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"), que morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.
Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli, entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes.
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Boldt Castle, Coração Island, Nova York
Qual o melhor lugar para um monumento de amor do que uma ilha em forma de coração? Este castelo foi o capricho do milionário George C.Boldt, que o construiu para sua esposa, Louise. Desde 1900, mais de 300 carpinteiros, pedreiros e artesãos trabalharam em seis andares e 120 quartos do castelo, que inclui torres, a ponte levadiça, jardins e um loft. Quando Louise morreu de repente, George, devastado, ordenou esta construção. 
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Kellie Castle, Perak, Malásia
Em 1890, o escocês William Kellie Smith chegou ao noroeste da Malásia para fazer fortuna na borracha e estanho. Estabeleceu-se, numa mansão de estilo mourisco, numa colina junto ao rio Kinta, com sua namorada e a sua filha Agnes.O casal lutou durante anos para conceber outro filho, até que finalmente, em 1915, seu filho Anthony nasceu. Para comemorar, Smith lançou as bases para uma nova mansão de tijolos projetado para ser adornado com flores. Mas o projeto foi atormentado com problemas desde o início, quando um surto de gripe espanhola matou muitos trabalhadores do sul da Índia. Em 1926, Smith morreu em Portugal. Sua família retornou para a Escócia com o coração partido, deixando a casa supostamente assombrada, que também é conhecido como "Kellie of Madness".
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Chandor Gardens, Weatherford, Texas
Chandor Gardens é o trabalho do conhecido artista do século XX Douglas Chandor. Ele era um inglês que veio para a América em 1926 e estabeleceu-se como um pintor de retratos. 
Chandor casou com Ina Kuetman e  estabeleceram-se em Weatherford, no Texas. O casal começou a construir a sua casa e jardins, em 1936. Durante um período de 16 anos, por amor, construíram o seu magnífico jardim.
Chandor morreu em 1953, mas a sua esposa manteve os jardins abertos ao público até 1978. 
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Palácio e Jardins Mirabell, Salzburg, Áustria

Esta mansão barroca e os seus jardins foram um esplêndido dom do príncipe-arcebispo Wolf Dietrich von Raitenau à sua amante, Salomé Alt (daí o nome original Altenau Palace ou Schloss). O edifício principal abriga escritórios do governo, enquanto shows, casamentos e outros eventos são realizados regularmente no campo. Além disso, tem uma paisagem deslumbrante, estátuas e fontes.
Para saber mais:  Aqui
"Boca do Inferno", Cascais, Portugal
Segundo se diz, há muito tempo atrás, existia num local, hoje chamado Cascais, um castelo, onde vivia um terrível feiticeiro. Um dia, ele decidiu casar-se e escolheu para noiva a mais bela mulher das redondezas, através da sua lâmina de cristal de rocha. Quando a trouxeram até si, ficou impressionado porque ela era ainda mais bela do que parecia. Cheio de ciúme, e com medo de a perder, decidiu fechá-la numa torre alta, escolhendo para seu guardião o seu cavaleiro mais fiel. 
Este, cheio de curiosidade, decidiu um dia subir até à torre para ver que prisioneiro era aquele que guardava há tanto tempo. Quando abriu a porta, ficou fascinado com tamanha formosura. Foi aí que começou a visitar a jovem, nascendo dali um grande amor. Decidiram, então, fugir juntos e, montados num cavalo branco, cavalgaram pelos rochedos junto ao mar. Esqueceram-se, apenas que...a magia do feiticeiro lhe permitia ver tudo! 
Assim, cheio de raiva, ele criou uma tal tempestade que fez com que os rochedos por onde os namorados caminhavam se abrissem, como uma enorme boca infernal, que os engoliu para sempre. O buraco nunca mais fechou e começou a chamar-se, popularmente, a Boca do Inferno.
Para saber mais: Aqui
Imagens e textos retirados da internet

A incrível história de amor por trás do Taj Mahal

A história do Taj Mahal, na Índia, está intimamente ligada a uma história de amor. Mas o Taj Mahal não é apenas morada de uma estória de Amor. No Taj Mahal moram muitas mais histórias e estórias.
Corria o ano de 1607 e o Império Mugal dominava a Índia. Em Agra, um jovem príncipe de 14 anos, de seu nome Kurran, conhecia uma jovem e bela indiana, de 15 anos, e de seu nome Arjumand Banu Begum. Um olhar apaixonado, uma troca de sorrisos cúmplices, ou simplesmente um casamento arranjado. Nunca saberemos. Os astros ditaram que o casamento não seria feito naquela altura, os apaixonados teriam que esperar cinco anos para se reunirem no leito matrimonial. Cinco anos em que não se viram e aguardaram o dia da união e do reencontro. Um reencontro que a estória gosta de enfatizar mas que perde algum encanto quando, entre estas duas datas, o jovem príncipe terá tido um primeiro casamento. A festa de casamento entre Kurran e Arjumand terá sido grandiosa, como se espera num conto de príncipes e princesas, mas também como era habitual no império Mugal. Contam as estórias que Kurran era completamente apaixonado pela sua segunda esposa, de tal maneira, que a rebaptizou com o nome de Mumtaz Mahal, “a escolhida do palácio”. A história ditaria que o príncipe, agora um homem, fosse coroado quinze anos depois e rebaptizado com o nome Xá Jahan, "O Rei do Mundo".
O imperador Xá Jahan, amado pelo seu povo, povoava a Índia de “pequenos indianos”, os seus filhos e filhas que iriam prolongar a linhagem ao longo dos tempos. Um esposo afectuoso e dedicado? Provavelmente não, mas a estória e o romance gostam de o recordar como tal. O Imperador Mugal tinha várias mulheres e esposas que compunham o seu harém, algo comum no mundo islâmico da época. Depois do casamento com Mumtaz Mahal, terá casado mais duas vezes. Mas, a sublime Mumtaz Mahal, alguém que a estória recorda como uma bela e jovem indiana que dedicou a vida ao marido e aos filhos, terá sempre povoado o seu coração. Conta a história que Muntaz Mahal foi mãe de 14 filhos do imperador, mas a vontade deste em criar um “verdadeiro clã”, não lhe deu paz. A história recorda-a como a mulher que faleceu ao dar à luz o último filho do imperador. Mumtaz Mahal tinha 39 anos. A estória recordá-la-á sempre como uma beleza jovem. A sua morte abalou tanto o imperador que as celebrações e música foram proibidas, e a corte Mugal terá chorado a morte de Mumtaz durante dois anos. Diz a estória, transmitida pela voz do povo, que o imperador era tão apaixonado por esta sua esposa que lhe foi sempre fiel em vida e que, após a sua morte, terá caído num desgosto inconsolável, desistindo de viver. Esta morte terá afectado tanto Xá Jahan que resolveu eternizar a memória da sua amada com a construção de um túmulo magistral onde esta pudesse descansar, o Taj Mahal. Diz a estória que todos os pormenores do túmulo demonstram os sentimentos que o imperador nutria pela sua esposa.
Taj Mahal
Créditos: Viajar entre ViagensCRÉDITOS: VIAJAR ENTRE VIAGENS
À medida que o túmulo ia sendo construído, as estórias em volta do túmulo espalhavam-se por Agra e pela Índia, e perduraram no tempo. A morte de Mumtaz Mahal terá lançado o imperador numa viagem sem regresso em direcção à loucura e alienação. Estórias descrevem detalhes horríveis e tenebrosos na construção do túmulo, acusando o imperador de mutilar os membros daqueles que participaram na sua construção e cegando os arquitectos e decoradores que o criaram.
Mas a História não termina aqui. Os filhos de Xá Jahan começavam a lutar pela criação de um império alargado, e não pretendiam dividi-lo com o pai. As lutas familiares eram autênticas lutas de clãs. Xá Xuja, um de seus filhos, declarou-se imperador de Bengala, enquanto Murad, outro dos filhos, fez o mesmo em Gujarate. Mas conta a história que o golpe mais profundo foi empreendido pelo seu filho Aurangzeb, que terá aproveitado a doença e desgosto em que o pai caiu, depois da morte de Mumtaz Mahal, e o terá prendido no forte de Agra, a poucos quilómetros do Taj Mahal. A estória conta que Xá Jahan passou o resto dos seus dias olhando por uma pequena janela do forte que dá para o Taj Mahal, o local onde a sua amada descansava eternamente. A história conta que aquando da sua morte, em 1666, o seu corpo foi sepultado ao lado da sua amada. A história e as estórias confundem-se cada vez mais com o passar dos tempos.
Histórias e estórias à parte, o Taj Mahal foi construído com as melhores matérias-primas do mundo, utilizando-se mármores indianos, ágatas do Iémen, lápis-lazulis do Afeganistão, jades da China, ametistas da Pérsia e safiras do reino do Ceilão. Quase quatro séculos passaram e durante este tempo, a história e estória de Mumtaz Mahal e Xá Jahan inspirou poetas, artistas, e músicos que contribuíram para eternizá-la. Hoje estas histórias, ou estórias, correm no recinto do Taj Mahal, pela voz das dezenas de guias turísticos que todos os dias enchem de romance e magia o imaginário dos viajantes que cruzaram países e continentes para admirar este, que é hoje, um dos maiores ícones ao Amor.
Taj Mahal
Taj MahalCRÉDITOS: VIAJAR ENTRE VIAGENS

Prémio Nobel da Medicina 2017


São geneticistas e cronobiólogos. Ou uma espécie de relojoeiros do corpo humano. Michael Rosbash, Jeffrey Connor Hall e Michael Warren Young conquistaram esta segunda-feira o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina por descobertas sobre os mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano. Os trabalhos com mais de duas décadas nesta área mostraram como funcionam genes que estão ligados ao sono e à forma como regulamos o nosso metabolismo nas diferentes fases do dia. Os três cientistas norte-americanos revelaram alguns dos importantes circuitos e peças que fazem a complexa máquina do nosso relógio biológico funcionar. E, claro, perceberam onde e como pode avariar.

Entre milhares de perguntas que podem existir sobre o sono, parecem existir duas que inquietam os cientistas de forma mais insistente. São as mais simples e as mais difíceis de responder: porque dormimos? Quais os mecanismos que regulam o período que dormimos e que estamos acordados? Os três cientistas norte-americanos que esta segunda-feira venceram o Nobel da Medicina procuram respostas para esta segunda questão há vários anos. Pioneiros na exploração das ligações dos genes ao comportamento, conseguiram alguns resultados importantes.

Segundo Anna Weddell, do comité do prémio Nobel, os investigadores mostraram, por exemplo, que “precisamos do relógio biológico para antecipar as mudanças que ocorrem durante um dia, não é só para nos adaptarmos a essas mudanças”. Assim, recorrendo ao modelo da mosca-da-fruta, os investigadores perceberam que o corpo dos animais (incluindo o dos seres humanos) desencadeia uma série de ligações que nos preparam para acordar, mesmo antes de a luz do dia “nos avisar”. Da mesma forma, há uma preparação do organismo para o momento nocturno, do sono.

“Até hoje não sabemos por que precisamos de dormir, mas já é claro que a regulação do sono obedece a dois processos: o ciclo circadiano (ou relógio) e o sistema homeostático”, explica ao PÚBLICO Diogo Pimentel, investigador português na Universidade de Oxford que se dedica a esta área. O tal relógio faz com que todos os organismos (incluindo nós) se sincronizem e adaptem a factores do ambiente externo, sendo a luz o factor principal. Sobre os resultados do trabalho dos cientistas agora premiados com o Nobel da Medicina, Diogo Pimental comenta: “É de facto uma história de sucesso fantástica e um excelente exemplo de como genes e moléculas são responsáveis por orquestrar o nosso comportamento.”

PÚBLICO -
Daqui

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

"Os pobres não podem esperar": 14 frases de D. António Francisco dos Santos

Atento aos grandes dramas da actualidade, preocupava-se sobretudo com os mais frágeis. O bispo do Porto morreu esta segunda-feira de manhã.
D. António Francisco dos Santos. O bispo do diálogo e "sem planos prévios"
“Não compete à Igreja educar nem para o medo, nem para a proibição.” 2010
“O diálogo entre a Igreja e a sociedade passa necessariamente pelos caminhos abertos da cultura, em que a Igreja soube tantas vezes ser pioneira.” Abril de 2010
“O bispo não trabalha sozinho. É bispo de todos, mas é irmão com todos.” À Renascença, na primeira entrevista depois da tomada de posse como bispo do Porto, Abril de 2014
"Sejamos ousados, criativos e decididos. Sobretudo onde estiverem em causa os frágeis, os pobres e os que sofrem. Os pobres não podem esperar.” Primeira homilia como bispo do Porto, Abril de 2014
Novo bispo do Porto diz que "pobres não podem esperar”
“O diálogo será timbre do meu viver e caminho do meu encontro com todos." Primeira homilia como bispo do Porto, Abril de 2014
“Precisamos de uma forma nova de ser líder e de ser protagonista, de ser governante e de ser responsável deste país.” A propósito da austeridade, Fevereiro de 2015
“Não podemos ser uma Igreja que apenas recebe, que apenas diz ‘vem’. Temos de ser uma Igreja que sabe ir, que sabe estar e que sabe encontrar-se com todos.” Fevereiro de 2015
“É necessário que a Igreja saiba ir ao encontro de todos, sem medo de perder algo de si.” Fevereiro de 2015
“Se tivéssemos feito pela paz aquilo que temos feito pela guerra, se tivéssemos feito pelo diálogo aquilo que temos feito pela separação e pelos conflitos, isto não teria acontecido.” Na sequência dos atentados de Paris, Novembro de 2015]
“Quando adoramos o Senhor nosso Deus, temos de respeitar e adorar o Deus das pessoas, dos nossos irmãos, independentemente da sua origem, cultura, credo ou ideologia.” Na sequência dos atentados de Paris, Novembro de 2015
“Vai ser felizmente diferente para eles este Natal, mesmo que seja outra a sua fé, porque encontraram casa junto de nós, abrigo na cidade e acolhimento humano em terra de gente de paz e de bem.” Uma referência ao primeiro Natal dos refugiados acabados de chegar, Dezembro de 2015
“Uma ofensa à dignidade humana e aos direitos fundamentais da dignidade humana. Isso não há povo que o possa fazer, nem há responsável que o possa assumir.” A propósito da eleição de Donald Trump, Novembro de 2016]
“[Apelo] à sociedade civil, às autarquias e ao próprio Estado, para encontrarem respostas estruturais e soluções definitivas que tirem estas pessoas das ruas.” Mensagem no Jubileu dos Sem-Abrigo, Novembro de 2016
“O Porto não é apenas um monumento erguido; é alma, é vida, é gente.” Sobre o crescimento do turismo na cidade do Porto, em entrevista à Renascença, Julho de 2017
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D. António Francisco "era alguém que inspirava sempre bondade"

Padre Américo Aguiar, presidente do Grupo Renascença, recorda o amigo D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, que faleceu esta segunda-feira aos 69 anos.
D. António Francisco dos Santos. O bispo do diálogo e "sem planos prévios"
"Estas notícias de hoje desenterraram no meu coração as notícias de 2007, quando a diocese do Porto acordou com a notícia do acidente vascular cerebral (AVC) de D. Armindo Lopes Coelho, bispo do Porto na altura. E hoje, quando o mundo evoca os atentados das Torres Gémeas de 11 de Setembro de 2001, vem-me à memória uma coisa boa: a bondade do senhor D. António.
Estivemos com ele em Fátima e com mais de 50 mil diocesanos do Porto. A sua alegria, a sua homilia e os seus comentários extensos – eu zangava-me sempre com ele por essa generosidade de partilha. Sinto no meu coração que o bispo do Porto morreu pela sua bondade.
É isso que nós vemos a norte e a sul, junto das autoridades, no estrangeiro, em Paris, em Cinfães – terra de que ele tanto gostava -, em Tendais.
É alguém que inspirava sempre bondade. Sempre, sempre, sempre. E quando as suas decisões não eram de bondade, por vezes, era porque não vinham do seu coração, mas das circunstâncias.
Ele estava a explodir de alegria no sábado à noite quando nos reunimos no paço do Porto, depois de tudo o que aconteceu, e hoje de manhã... a Nossa Senhora de Fátima gostou tanto, os pastorinhos gostaram tanto, Deus gostou tanto, que decidiu chamá-lo à sua presença. É a bondade que ecoa nos nossos corações.
Em Fátima, no fim da celebração, disse assim: 'Consagro-te, ó Mãe do Senhor, juntamente com os meus irmãos bispos desta amada igreja do Porto. Fomos chamados a servir com coração de pastores ao jeito do coração de Cristo'.
E foi este coração humano que não foi capaz de aguentar a pressão do seu coração de bom pastor.
D. António Francisco tinha verdadeiramente um coração de bom pastor. E o coração de bom pastor rebenta com o coração humano, que quer ser outra coisa.
A humanidade não foi capaz de aguentar tanta bondade, tanta santidade. É esse o testemunho que levamos no nosso coração deste amado bispo do Porto, como ele dizia em relação à 'amada' diocese do Porto.
Eu não tenho ilusões sobre como vai ser recordado. O que eu sei e ouvi do senhor D. António Francisco, como ele dizia muitas vezes: os mortos não habitam no cemitério, habitam no coração agradecido dos vivos. Eu tenho a certeza que este bom pastor da Igreja portucalense habitará muitos bons anos no coração agradecido de tantos portuenses, de tantos portugueses, de tantos e tantos do mundo inteiro que tiveram a honra de privar com ele".

A partir de um depoimento oral do padre Américo Aguiar, presidente do Grupo Renascença Multimédia e director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais  Daqui 11 set, 2017 - 18:17

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Até um dia, amigos!

Chegou a hora... 
Mudança de casa... :(

Embora triste, levo o coração cheio de pessoas maravilhosas (alunos, professores, pessoal não docente, pais). Foram muitos os bons momentos e vão ser ótimas as recordações! 

Foram 10 anos inesquecíveis! 

Até um dia, Amigos!

Contem comigo! Aguardo notícias!

Obrigada por tudo! 

Bom ano letivo 2017/ 2018


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