Israel aprovou, este domingo, dia 31 de janeiro, uma resolução histórica que rompe com o controlo exclusivo dos ultraortodoxos do Muro das Lamentações em Jerusalém e permite que homens e mulheres possam rezar em conjunto naquele local, considerado o mais sagrado do judaísmo.
Com 15 votos a favor e cinco contra, o Governo israelita aprovou um plano que prevê a criação de uma nova praça em frente ao muro milenar, na qual os membros das correntes conservadora e reformista do judaísmo vão poder rezar de forma igualitária e sem separação por sexos.
Até à data, o acesso ao Muro das Lamentações, incluindo os serviços e as atividades religiosas realizados naquela zona, estavam controlados pela corrente ultraortodoxa. Segundo as regras estabelecidas, as orações dos dois sexos decorriam de forma separada.
Segundo a resolução aprovada este domingo, tanto as áreas atualmente segregadas por sexos, como a nova zona destinada às correntes não ultraortodoxas vão ter um acesso comum.
Esta decisão, qualificada como histórica, vai ao encontro das reivindicações de vários grupos progressistas judeus, incluindo o grupo "Mulheres do Muro", movimento que luta há 27 anos pelo fim do monopólio dos ultraortodoxos e pelo direito das mulheres de rezarem em conjunto com os homens naquele lugar sagrado.
O Muro das Lamentações é o local mais sagrado do judaísmo porque se trata do último vestígio do Segundo Templo, destruído pelos romanos em 70 d.C. (depois de Cristo).
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