Esta festa, erradamente chamada de Corpo de Deus, é uma espécie de réplica de Quinta-Feira Santa, quando os cristãos celebram a Última Ceia de Jesus com os seus discípulos e a instituição da Eucaristia. A Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, como diz o seu título correcto, foi instituída em 1269 pelo Papa Urbano IV, mas nascera antes na Bélgica, em 1246.
Celebrada 60 dias após a Páscoa, sempre à quinta-feira – dia da ceia pascal de Jesus com o grupo que os seguia –, esta festa “constitui uma resposta de fé e de culto a doutrinas heréticas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, ao mesmo tempo que coroou um movimento de devoção ardente ao Santíssimo Sacramento do altar”, explicam Carlos Azevedo e Camões Gouveia no Dicionário de História Religiosa de Portugal (ed. Círculo de Leitores). Em 1318, acrescentam os mesmo autores, já o Papa João XXII lhe acrescentava a procissão solene, que a caracteriza por levar em triunfo o “Santíssimo Sacramento”, ou seja, a hóstia consagrada.
Portugal foi rápido a acolher a festa, pouco depois da sua criação belga. Em 1294, já há notícia da festa de Corpus Christi no Porto e também em Coimbra ainda no final do século XIII. Mesmo assim, no início a celebração teve pouca repercussão. Mas, a partir dos séculos XVI e XVII, a festa assume-se também como resposta católica à Reforma protestante, acentuando a convicção católica da presença real de Cristo na hóstia consagrada.
O Corpus Christi acabou por tornar-se uma das mais fortes tradições católicas, com procissões de rua. Ainda hoje, a procissão do Corpo de Deus tem grande visibilidade em muitas localidades. As procissões davam também lugar a representações teatrais e jogos de danças populares, que a dada altura a hierarquia proibiu ou controlou, pois davam lugar também a abusos. Há dois anos, o grupo Teatro do Ourives encenou em Lisboa uma peça de Calderón de La Barca, Os Mistérios da Missa, que era representada na rua, precisamente por ocasião do Corpus Christi.
Celebrada 60 dias após a Páscoa, sempre à quinta-feira – dia da ceia pascal de Jesus com o grupo que os seguia –, esta festa “constitui uma resposta de fé e de culto a doutrinas heréticas sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, ao mesmo tempo que coroou um movimento de devoção ardente ao Santíssimo Sacramento do altar”, explicam Carlos Azevedo e Camões Gouveia no Dicionário de História Religiosa de Portugal (ed. Círculo de Leitores). Em 1318, acrescentam os mesmo autores, já o Papa João XXII lhe acrescentava a procissão solene, que a caracteriza por levar em triunfo o “Santíssimo Sacramento”, ou seja, a hóstia consagrada.
Portugal foi rápido a acolher a festa, pouco depois da sua criação belga. Em 1294, já há notícia da festa de Corpus Christi no Porto e também em Coimbra ainda no final do século XIII. Mesmo assim, no início a celebração teve pouca repercussão. Mas, a partir dos séculos XVI e XVII, a festa assume-se também como resposta católica à Reforma protestante, acentuando a convicção católica da presença real de Cristo na hóstia consagrada.
O Corpus Christi acabou por tornar-se uma das mais fortes tradições católicas, com procissões de rua. Ainda hoje, a procissão do Corpo de Deus tem grande visibilidade em muitas localidades. As procissões davam também lugar a representações teatrais e jogos de danças populares, que a dada altura a hierarquia proibiu ou controlou, pois davam lugar também a abusos. Há dois anos, o grupo Teatro do Ourives encenou em Lisboa uma peça de Calderón de La Barca, Os Mistérios da Missa, que era representada na rua, precisamente por ocasião do Corpus Christi.
in Público, 07.06.2012 - 07:57 Por António Marujo
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