A ocasião merece celebração e reflexão. Vivemos mais tempo e só isso seria um sucesso. Mas o Mundo continua a crescer a duas velocidades, a dos países desenvolvidos e a dos em vias de desenvolvimento.
Num mundo a duas velocidades, onde nos países desenvolvidos se nasce cada vez menos e nos países sub-desenvolvidos se nasce cada vez mais, o momento é de reflexão.
O último relatório da ONU com dados da população mundial de 2009 a 2010 deixa os fatos: globalmente, a população está mais nova e mais velhas do que nunca. Em alguns dos países mais pobres, as elevadas taxas de natalidade perpetuam a pobreza, enquanto que em alguns dos mais ricos, as baixas taxas de natalidade e a cada vez mais escassa entrada de pessoas novas no mercado de trabalho ameaça a economia e o sistema de segurança social.
Se depois da 2ª Guerra Mundal o baby boom contribuiu para um forte aumento da população, o desenvolvimento, melhor educaçãoo e acesso a métodos contracetivos minou a natalidade mundial ao ponto de isso se tornar um problema para os países mais desenvolvidos.
Nos últimos 60 anos, as mulheres deixaram de ter em média 6 filhos para ter entre 2 e 3 hoje em dia. A meta simbólica de 7 mil milhões é real o suficiente para fazer pensar na sustentabilidade do nosso planeta. E em 2050, diz a ONU, seremos 9,1 mil milhões. Chegados aos 7 mil milhões a ONU lança uma apelo: não perguntem se somos demais. Perguntem o que podemos fazer para tornar o Mundo um lugar melhor para viver.
@ Sapo, Vera Moutinho
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