sexta-feira, 14 de abril de 2017
Tríduo Pascal - guia ilustrado
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segunda-feira, 10 de abril de 2017
1925-2017. Maria Helena da Rocha Pereira ou como sabedoria se conjuga no feminino
Morre aos 92 anos a grande especialista portuguesa em Estudos Clássicos, primeira mulher a doutorar-se pela Universidade de Coimbra e defensora do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Maria Helena Rocha Pereira faleceu hoje com 92 anos de idade
LUÍS EFIGÉNIO/NFACTOS
Parte em silêncio, como em silêncio se fez sempre a sua vida. Discreta, com um rosto pontuado por uns óculos de lentes grossas, sob os quais se escondia um olhar acutilante, Maria Helena da Rocha Pereira desafiava toda a lógica dos consensos estabelecidos. Estamos familiarizados com o legado de sábios, mas temos dificuldade em conjugar aquela singularidade no feminino. Não é comum, mas é justo e verdadeiro afirmar que Portugal perdeu uma sábia.
O funeral realiza-se a partir das 15 horas de amanhã na igreja da Lapa, no Porto. Numa igreja como espaço último para onde todas as suas reflexões confluíam.
Maria Helena da Rocha Pereira nasceu no Porto em 1925, passou a ter uma presença mais assíduo no Porto após ter-se jubilado, em 1995, mas o Porto da infância de Maria Helena já só existia no imaginário desta mulher que foi também a primeira catedrática da Universidade de Coimbra, depois de ter lecionado na Universidade do Porto entre 1948 e 1957. Publicou ao longo da vida mais de 300 trabalhos, entre livros e artigos.
Era uma referência absoluta em Portugal e fora do país. Estudou, refletiu e publicou como poucos sobre as influências clássicas na literatura e cultura portuguesas. Grande filóloga, não se eximiu às polémicas e defendeu o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Gostava de falar, não obstante a imensidão da timidez de que parecia possuída. Com uma voz débil, engrandecia-se quando o momento se propiciava a discorrer sobre Camões ou Torga, Camilo ou Fernando Pessoa.
Se havia nela um fascínio – e coabitavam muitos – desembocava no encanto pela arte dos gregos antigos. Publicou mesmo um livro intitulado “Greek Vases in Portugal” e sempre derramou nos outros o prazer pela leitura e conhecimento dos grandes autores gregos e latinos, que lia no original.
Não por acaso, na antiga rua do Conde, hoje Cal Brandão, próxima da zona da Boavista, por entre os jardins da casa dos pais e os parques vizinhos, Helena, uma criança de quatro anos com um nome carregado de referências à mitologia grega, aprendia as primeiras letras num livro baseado numa Sátira de Horácio. Leu-o inúmeras vezes, mesmo se também gostava de bonecas e miniaturas de automóveis. Cresceu dividida entre a paixão pela matemática e a necessidade de dar resposta a uma espécie de chamamento para o estudo das línguas e das culturas clássicas. Venceram as letras e com isso se foi construindo, ao longo de décadas, uma obra sem par em Portugal e como poucas no mundo.
A IMPORTÂNCIA DO GREGO E DO LATIM
Pouco dada a melancolias saudosistas, expressava em tempos perante o jornalista que assina este texto, um lamento por esta espécie de desprezo a que tem sido votado em Portugal o ensino do latim, e também do grego. Rigorosa nas palavras, fica em silêncio por instantes, para meditar e regressar com uma mais veraz constatação: “Diria antes ignorância. Essas disciplinas fazem muita falta. Já nem digo o grego, embora o grego, para mim, seja a mais bela das línguas. É muito afim da matemática. É uma língua de uma grande riqueza. Há na estrutura da língua qualquer coisa de geométrico que a aproxima da matemática”. Quanto ao latim, não tinha dúvidas em considerá-lo essencial ao estudo das línguas românicas em geral. Não apenas por poder contribuir para diminuírem os erros e as barbaridades cometidas no uso da língua, mas sobretudo “pelo que o latim significa, tal como o grego, de disciplina do espírito, do pensamento”.
Elemento preponderante de diversas academias e sociedades científicas, nacionais e estrangeiras, Maria Helena Rocha Pereira exerceu os cargos de vice-reitora da Universidade de Coimbra e presidente do Conselho Científico da Faculdade de Letras. Distinguida com a Grã Cruz da Ordem de Santiago de Espada, recebeu numerosas distinções, entre as quais o prémio Ensaio do pen Clube Português, Grande Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores, Prémio Eduardo Lourenço e Prémio Jacinto Prado Coelho.
Aos 25 anos fez a sua primeira grande viagem. Já formada e sem perspetivas de poder ensinar na Universidade, fechada ás mulheres pelo Portugal salazarista, opta por ir para Oxford. Passa ali um dos anos mais fecundos da sua vida. Antes da partida para Inglaterra viu-se na necessidade de fazer uma viagem de Lisboa para o Porto numa aeronave a hélice, muito barulhenta. Enjoou, achou tudo demasiado desagradável e durante anos e anos não voltou a entrar numa visão. Até um dia. Afastados os medos e preconceitos, voltou a voar. Praticamente deu a volta ao mundo. Se isso a fez perceber como eram as viagens à Grécia a preenchê-la de forma única, reservava para Roma um epíteto único. Porque, para Maria Helena, Roma era a mais bela das cidades. Provavelmente ainda será.
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Neste dia, Professora Maria Helena da Rocha Pereira, recordo as suas aulas, que me ensinaram a respeitar e a amar a Antiguidade Clássica, bem como a contactar com a grandeza das tragédias gregas.
Neste dia, Professora Maria Helena da Rocha Pereira, recordo as suas aulas, que me ensinaram a respeitar e a amar a Antiguidade Clássica, bem como a contactar com a grandeza das tragédias gregas.
terça-feira, 4 de abril de 2017
58 anos depois, Dalai Lama reencontra o soldado que o ajudou a fugir do exército chinês
Há quase 60 anos, o soldado Narem Chandra Das ajudou Dalai Lama a fugir do Tibete. Agora, os dois voltaram a encontrar-se, numa altura em que o líder espiritual tibetano visita - para desagrado de Pequim - as regiões na fronteira entre a Índia e a China.
Há 58 anos, Naren Chandra Das, um guarda paramilitar indiano, tinha ordens para não falar com o jovem soldado de óculos que escoltava perto de fronteira chinesa, numa missão secreta. Agora, os dois voltaram a encontrar-se numa cerimónia emotiva que lembrou a fuga do líder budista do Tibete, depois de uma insurreição fracassada contra as autoridades chinesas.
A cerimónia teve lugar no domingo, na cidade de Guwahati, no nordeste da Índia. Este encontro poderá causar danos nas relações diplomáticas entre a Índia e a China, uma vez que Pequim considera Dalai Lama um "separatista anti-China". Além disso, o líder budista de 81 anos está a visitar zonas fronteiriças que a China considera seu território, nomeadamente Arunachal Pradesh.
No encontro, foi Dalai Lama quem tomou a palavra, cita o The Guardian. "Olhando para o seu rosto, agora percebo que também devo estar muito velho", disse a Das, de 79 anos.
Quando os dois se abraçaram, Dalai Lama pareceu sussurrar algo a Naren Chandra Das. Quando confrontado com a questão, Das apenas disse "ele estava feliz por me ver". O líder budista também confirmou que estava realmente contente por poder reunir-se com parte da equipa que lhe salvou a vida, segundo a BBC News.
Em Guwahati, Dalai Lama - que nega procurar a independência tibetana - recordou a receção "calorosa" que teve na Índia após treze dias de viagem para escapar ao exército chinês, pelos Himalaias. "Os dias que precederam a minha chegada à Índia eram bastante tensos e a segurança era a única preocupação, mas eu experimentei a liberdade quando fui recebido calorosamente por pessoas e autoridades, e um novo capítulo foi iniciado na minha vida", referiu.
A fuga de Dalai Lama, disfarçado de soldado chinês, deu-se em março de 1959. Saiu durante a noite do seu palácio em Lhasa. Atravessou as montanhas e o rio Brahmaputra, e chegou à fronteira com a Índia. Tinha então 23 anos. Há muito que se verificava um clima de tensão entre os tibetanos e o governo chinês, o que originou uma rebelião popular.
Durante o tempo de fuga, temia-se que o líder espiritual tibetano estivesse entre as 2.000 pessoas mortas pelos chineses. A Índia ofereceu-lhe asilo e uma base na cidade montanhosa de Dharamsala, onde estabeleceu um governo no exílio. Cerca de 80.000 refugiado tibetanos juntaram-se a Dalai Lama.
Por sua vez, a China afirma que a rebelião de 1959 esteve a cargo de proprietários de terras que queriam manter o domínio feudal e que a "libertação pacífica" da região montanhosa trouxe desenvolvimento e prosperidade.
O ministro chinês das Relações Externas reiterou a sua oposição à visita de Dalai Lama às regiões fronteiriças, dizendo que se opõe firmemente "ao apoio e facilitação de qualquer país para as atividades separatistas do 14º grupo anti-China de Dalai Lama".
O facto de a Índia abrigar Dalai Lama foi um dos fatores que conduziu à guerra entre os dois países, em 1962. É também frequente que as tropas chinesas realizem incursões pela fronteira, sendo que as áreas fronteiriças são também altamente militarizadas.
Contudo, os líderes indianos continuam a receber bem Dalai Lama. Narendra Modi, primeiro-ministro, tratou o líder budista como "um convidado de honra" e lançou o convite para um encontro, em dezembro, com o presidente indiano, o que foi condenado pela China. Para Dalai Lama, esta visita foi também "o relembrar da liberdade" que viveu em 1959.
A Índia e o Tibete partilham laços culturais e religiosos e Dalai Lama afirmou a soberania da Índia sobre Arunachal Pradesh, região localizada no extremo nordeste da Índia e disputada pela China.
O Tibete continua sob controlo chinês e a posse de fotografias ou escritos de Dalai Lama é considerada ilegal.
domingo, 2 de abril de 2017
Fernando Santos: “Este Papa acordou-nos a todos”
02 abr, 2017 - 16:02
Selecionador nacional esteve nas jornadas da juventude da diocese de Lisboa, juntamente com o cardeal patriarca D. Manuel Clemente.
O cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e o seleccionador nacional, Fernando Santos, marcaram este domingo presença nas jornadas da juventude congregam da diocese de Lisboa e falaram sobre o impacto do Papa Francisco.
O treinador campeão europeu rezou o terço com os jovens reunidos em Odivelas. No seu testemunho, Fernando Santos lembrou aos mais novos que têm de ir para a rua, para as periferias, tal como pede o Papa Francisco.
“Este Papa acordou-nos a todos, sem fugir nunca aos dogmas da Igreja e isso é muito importante, porque muita gente já está a fazer confusão. Acorda-nos para a parte das periferias, fora do ‘aquário’. O Papa diz-nos para andarmos na rua e não termos vergonha de dizer, eu sou de Cristo”, disse Fernando Santos.
O cardeal patriarca de Lisboa abriu o encontro. A intervenção de D. Manuel Clemente foi ao encontro da mensagem do Papa Francisco para as próximas Jornadas Mundiais da Juventude.
Segundo D. Manuel Clemente, o Papa tem uma atenção especial às pessoas e olha cada caso como se fosse único.
O patriarca dá o exemplo dos sínodos, em que Francisco aproveita as pausas para café para confraternizar com os bispos de todo o mundo.
“Ele fica por ali e forma-se logo uma fila enorme de gente para falar com ele. É bonito, isto. É muito evangélico, é o tempo libertado para Deus e para os outros. Tem a ver com uma atenção absoluta às pessoas, que depois nos ajuda a explicar outros pronunciamentos dele, em que prevalece sempre a atenção absoluta à pessoa, a cada pessoa e a cada caso”, sublinha D. Manuel Clemente.
As jornadas da juventude terminam este domingo. Durante a tarde, haverá espaço para alguns testemunhos. Os jornalistas João Miguel Tavares e Laurinda Chaves são dois dos oradores convidados. Daqui
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segunda-feira, 27 de março de 2017
domingo, 26 de março de 2017
187 países apagaram as luzes pelo planeta, um novo recorde

A WWF recordou que 2016 foi o ano com as temperaturas mais altas desde que há registo, destacando que a iniciativa, que cumpriu o seu décimo aniversário, é mais necessária do que nunca.
“Uma vez mais, as pessoas têm falado através da Hora do Planeta. Se estás nas Filipinas, ou no Perú ou em Portugal, a mudança climática é importante e a participação recorde deste ano é um poderoso lembrete de que as pessoas que estão na vanguarda das alterações climáticas querem fazer parte da ação”, afirmou Sid Das, diretor da iniciativa da WWF.
Entre os monumentos e edifício emblemáticos que ficaram às escuras durante 60 minutos no sábado estão a Torre Eiffel, a Ópera de Sidney, o Big Ben ou o Empire State Building.
Em Portugal, a Hora do Planeta teve a participação de pelo menos 140 municípios, um recorde de participações portuguesas na iniciativa.
quarta-feira, 15 de março de 2017
Hearbeat (O bater do coração) - "Juntos podemos ter esperança"
Hearbeat (O bater do coração), canção interpretada por Ansam, uma rapariga síria de 10 anos, uma dos muitos milhões de deslocados devido ao conflito, é simultaneamente, um apelo e uma mensagem de esperança das crianças da Síria para o resto do mudo na data em se completam 6 anos de guerra no seu país.
Gravado numa cidade síria arrasada pela guerra, o videoclip conta com a participação de crianças deslocadas que, tal como Ansam que nasceu cega, participam em programas de apoio psicológico da UNICEF.
Saiba mais sobre a situação das #CriançasdaSíria em http://www.unicef.pt/Crise-Siria_6-an...
Zade Dirani, Embaixador de Boa Vontade da UNICEF Norte de África e Médio Oriente doou esta música à UNICEF.
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segunda-feira, 6 de março de 2017
Álcool na adolescência causa danos cerebrais irreversíveis
É uma questão de senso comum: como o tabaco, é universalmente reconhecido que o consumo excessivo de álcool tem consequências negativas no nosso organismo. Mas um novo estudo científico recém-publicado na revista “Addiction” vai mais longe e conclui que os adolescentes que bebem demais tendem a ter menos massa cinzenta no cérebro, sendo essa estrutura responsável por funções como a memória, a tomada de decisões e o autocontrolo.
A investigação, elaborada por pesquisadores da universidade da Finlândia Oriental, na Finlândia, acompanhou 62 jovens durante dois anos — sendo que todos eles tinham participado num estudo sobre o bem-estar em que relatavam o seu consumo alcoólico durante a adolescência, dos 13 aos 18 anos. Os resultados demonstraram que 35 deles abusavam do consumo de álcool — bebiam pelo menos quatro vezes por semana, ou bebiam muito, com menor frequência. Tomografias Axiais Computadorizadas mostraram que os jovens que bebiam álcool em excesso tinham menores volumes de massa cinzenta.
“Mudanças na estrutura do cérebro pode ser um dos fatores que contribuem para os problemas sociais e mentais entre os indivíduos que usam substâncias”, afirmou Noora Heikkinen, investigadora principal do estudo.
O neurologista José Barros, diretor clínico do Centro Hospitalar do Porto, entende que esta investigação está em linha com aquilo que já se sabe acerca do consumo excessivo de álcool. “As complicações neurológicas do alcoolismo são clássicas, muito prevalentes e variadas”, explica.
“O consumo excessivo de álcool é um fator de risco para a deterioração do sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, tronco cerebral, medula espinhal), do sistema nervoso periférico (raízes, plexos e nervos) e do músculo.”
E chama a atenção para outras consequências nefastas do álcool, menos discutidas: “Pode existir uma relação direta de causa-efeito entre a toxicidade do álcool e as lesões neurológicas, mas também indireta. As bebidas alcoólicas são muito calóricas, levando os indivíduos à saciedade precoce, dispensando os alimentos sólidos, precipitando carências de proteínas, vitaminas e minerais. Por isso, costuma classificar-se o alcoolismo no capítulo das doenças tóxico-carenciais.”
Por todas as razões já conhecidas, e as que falta eventualmente conhecer, não é demais relembrar: experimentar e desbravar novos territórios, ser rebelde, fará sempre parte da adolescência, mas é preciso um esforço extra de consciencialização para prevenir eventuais danos, que podem ser irreversíveis. Daqui
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domingo, 5 de março de 2017
Nelson Évora repete título europeu na pista coberta
Visita de Estudo a Salamanca, 2017
👦👧 😞 ⛆⛆ 😊 ☃ ☀ 😴 🌞 😍 😉
Ciudad Rodrigo - La Alberca - Salamanca e Viseu
〰
Chuva - Neve - Sol
3 e 4 de março
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Os filhos não se "perdem" na rua, mas sim dentro de casa
Os filhos não se “perdem” na rua. Na verdade, essa perda se inicia no próprio lar com o pai ausente, com a mãe sempre ocupada, com um acúmulo de necessidades não atendidas e frustrações não gerenciadas. Um adolescente se destrói depois de uma infância de desapegos e de um amor que nunca soube educar, orientar, ajudar.
Começaremos por deixar claro que sempre haverá exceções. Obviamente existem jovens com comportamentos desajustados que cresceram em lares onde há harmonia, e adolescentes responsáveis que conseguiram se distanciar de uma família disfuncional. Sempre há eventos específicos que escapam dessa dinâmica mais clássica onde o que acontece diariamente em uma casa marca irremediavelmente o comportamento da criança no exterior.
Na realidade, e por incrível que pareça, um pai ou uma mãe nem sempre acaba por aceitar esse tipo de responsabilidade. Na verdade, quando uma criança evidencia comportamentos agressivos na escola e o diretor entra em contato com os pais, é habitual que a família coloque a culpa no sistema, no próprio instituto e na comunidade escolar por “não saber educar”, por não pensar nas necessidades e por não aplicar as estratégias adequadas.
É certo que no que se refere à educação de uma criança, todos somos agentes ativos (escola, meios de comunicação, organismos sociais…), mas é a família que fará germinar no cérebro infantil o conceito de respeito, a raiz da autoestima ou a chama da empatia.
É certo que no que se refere à educação de uma criança, todos somos agentes ativos (escola, meios de comunicação, organismos sociais…), mas é a família que fará germinar no cérebro infantil o conceito de respeito, a raiz da autoestima ou a chama da empatia.
Propomos que você reflita sobre isso.

Os filhos, o legado mais importante do nosso futuro
H. G. Wells disse uma vez que a educação do futuro andava de mãos dadas com a própria catástrofe. Em sua famosa obra “A máquina do tempo”, ele viu que no ano de 802.701 a humanidade se dividiria em dois tipos de sociedade. Uma delas, a que viveria na superfície, seriam os Elói, uma população sem escritura, sem empatia, inteligência ou força física.
Segundo Wells, o estilo educativo que predominava em sua época já apontava resultados nesta direção. O início das provas padronizadas, da competitividade, da crise financeira, do curto período de tempo dos pais para educar os filhos e da preocupação nula para incentivar a curiosidade infantil ou o desejo inerente por aprender faziam com que, no auge do século XX, o célebre escritor não augurasse nada de bom para as gerações futuras.
Não se trata de alimentar tanto pessimismo, mas de colocar sobre a mesa um estado de alerta e um sentido de responsabilidade. Por exemplo, algo que muitos terapeutas, orientadores escolares e pedagogos se queixam é da falta de apoio familiar que costumam encontrar na hora de fazer uma intervenção com aquele adolescente problemático, ou com aquela criança que apresenta problemas emocionais ou de aprendizagem.

Quando não há uma colaboração real ou até mesmo quando um pai ou uma mãe tira a autoridade ou boicota o profissional, professor ou psicólogo, o que vai conseguir é que a criança, seu filho, continue perdido. Além disso, esse adolescente terá mais força para continuar desafiando e buscará na rua o que não encontra em casa, ou o que o próprio sistema educativo também não foi capaz de lhe dar.
Crianças difíceis, pais ocupados e emoções contrapostas
Há crianças difíceis e exigentes que gostam de agir como autênticos tiranos. Há adolescentes incapazes de assumir responsabilidades e que adoram ultrapassar os limites que os outros lhes impõem, aproximando-se, assim, da delinquência. Todos nós conhecemos mais de um caso assim, no entanto, temos que ter consciência de algo: nada disso é novo. Nada disso é culpa da internet, nem dos videogames, nem de um sistema educativo permissivo.
No final do dia, estas crianças mostram as mesmas necessidades e comportamentos de sempre, contextualizados em novos tempos. Por isso, a primeira coisa que devemos fazer é não patologizar a infância nem a adolescência. A segunda é assumir a parte da responsabilidade que cabe a cada um de nós, bem como educadores, profissionais da saúde, publicitários ou agentes sociais. A terceira, mas não menos importante, é entender que as crianças são, sem dúvida, o futuro da Terra, mas antes de mais nada, são filhos de seus pais.
A seguir, vamos refletir sobre alguns aspetos importantes.

Os ingredientes da verdadeira educação
Quando um professor chama uma mãe ou um pai para advertir sobre o mau comportamento de um filho, a primeira coisa que a família sente é que estão colocando em causa o amor que eles sentem pelos seus filhos. Isso não é verdade. O que acontece é que às vezes esse afeto, esse amor sincero, se projeta de forma errônea.
- Amar um filho não é satisfazer todos os seus caprichos, não é abrir todas as fronteiras para ele nem evitar dar respostas negativas. O amor verdadeiro é o que guia, o que inicia desde bem cedo um sentido real de responsabilidade na criança, e que sabe gerir suas frustrações dando um “NÃO” a tempo.
- A educação de qualidade sabe sobre emoções e entende sobre paciência. A criança exigente não detém seus comportamentos com um grito ou com duas horas de solidão na própria casa. O que ela exige e agradece é ser atendida com palavras, com novos estímulos, com exemplos e com respostas a cada uma de suas ávidas perguntas.
Também temos que tomar consciência de que nesta época em que muitas mães e muitos pais são obrigados a cumprir jornadas de trabalho pouco ou nada conciliadoras com a vida familiar, o que importa não é o tempo real que compartilhamos com os filhos, mas sim a QUALIDADE desse tempo.
Os pais que sabem intuir as necessidades e as emoções, que estão presentes para guiar, orientar e para favorecer interesses, sonhos e expectativas, são os que deixam marcas e também raízes em seus filhos, evitando assim que essas crianças busquem tudo isso na rua.
Daqui - Imagens cortesia de A.Varela.
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