terça-feira, 19 de março de 2013

Brasão do papa Francisco: símbolos e significados


O escudo azul é encimado por símbolos da dignidade pontifícia, idênticos aos escolhidos pelo predecessor, Bento XVI.
A mitra, possivelmente originária da Pérsia, foi adotada pelos romanos como sinal de honra e nobreza. Transmitiu-se ao uso eclesiástico, sendo inicialmente reservada ao papa. Entre os séculos X e XI alargou-se aos bispos e abades.

É pontiaguda, com as pontas para cima, de maior altura (cerca de 50 cm) e duas faixas ou tiras de tela que caem pelas costas.

É colocada nas celebrações litúrgicas e procissões. Nas missas deve ser deposta, por exemplo, aquando da leitura do Evangelho e em certas orações, como a Eucarística. Também não deve ser usada diante do Santíssimo Sacramento exposto.

A mitra está colocada entre chaves de ouro e prata decussadas (dispostas em forma de "x") e ligadas por um cordão vermelho.

As chaves referem-se ao poder do apóstolo Pedro, a partir do seguinte trecho bíblico: «[Disse Jesus]: "Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu"» (evangelho segundo São Mateus 16, 18-19).

Os papas são também chamados sucessores de Pedro.

No alto do escudo encontra-se o emblema da Companhia de Jesus, ordem a que pertence o papa Francisco. Os Jesuítas, fundados pelo santo espanhol Inácio de Loiola, receberam aprovação pontifícia em 1540.
Sobre um sol irradiante e flamejante estão escritas, a vermelho, as letras IHS; trata-se do monograma (entrelaçamento de letras iniciais) de Jesus em carateres gregos (iota, eta, sigma, Iesous). 

As letras aplicaram-se mais tarde às iniciais, em latim, de In Hoc Signo (por este sinal); de acordo com uma narrativa o imperador romano Constantino, no início do séc. IV, teve uma visão na qual lhe era dito que haveria de vencer o opositor pelo sinal (monograma) resultante das letras gregas chi-rho, iniciais de Cristo.

A expressão Iesus Hominem Salvator, em latim, quer dizer Jesus Salvador dos Homens.

Sobre a letra H está uma cruz e em baixo há três pregos, alusões à crucificação de Jesus.
Na parte inferior do escudo reside uma estrela, que, de acordo com antiga tradição heráldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja.
Ao lado a flor de nardo, muito aromática, aponta para São José, patrono da Igreja que é liturgicamente evocado a 19 de março, dia em que se celebra a missa de início de pontificado de Francisco.

Na tradição iconográfica hispânica o pai adotivo de Jesus é representado com um ramo de nardo na mão.

Os evangelhos contam que uma mulher ungiu os pés de Jesus com perfume de nardo, «de alto preço», o que suscitou a incompreensão de alguns presentes, para quem seria mais útil vender o bálsamo e dar o dinheiro aos pobres. «Os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre», respondeu Jesus.

A divisa do papa, "Miserando atque eligendo" (olhou-o com misericórdia e escolheu-o), é extraída de uma homilia de São Beda Venerável, que comentava o episódio bíblico da vocação de São Mateus.
A homilia, reproduzida na Liturgia das Horas da festa de São Mateus, tem um significado especial para Francisco. Em 1953, no dia litúrgico do evangelista, o jovem Jorge Mario Bergoglio experimentou, aos 17 anos, a presença de Deus na sua vida e o chamamento à vida religiosa.
Uma vez nomeado bispo decidiu escolher como programa de vida a expressão "Miserando atque eligendo", que mantém agora, a par dos elementos que já constituíam o brasão episcopal.
in http://www.snpcultura.org/

quarta-feira, 13 de março de 2013

Benção Urbi et Orbi, de Francisco I


"Irmãos e irmãs, boa noite!

Parece que os meus colegas cardeais foram buscar o Papa quase ao fim do mundo!
Agradeço o vosso acolhimento... obrigado!

Mas, antes de mais, quero rezar pelo meu antecessor, Bento XVI...(Pai Nosso, Avé Maria... Glória ao Pai...)

Damos início ao nosso caminho, com o Povo, presidindo à Caridade...rezemos pelo mundo, para que exista uma grande fraternidade...
(...)
E agora, desejo dar-vos a minha benção... mas antes, peço ao povo que reze ao Senhor, por mim, para que eu seja abençoado.

Façamos silêncio...".

Retirado de Sdpj- Diocese Do Porto

Habemus Papam: Francisco I


Georgio Bergolio: Arcebispo de Buenus Aires


Nascimento: 17/12/1936, em Buenos Aires - Argentina.
Educação: Colégio Máximo "San Jose" (filosofia e teologia).
Sacerdócio: 13/12/1969 para a Sociedade de Jesus.
Ministério Pastoral: mestre de noviços; professor; reitor de colégio; provincial ; diretor espiritual; confessor.
Episcopado: 27/06/1992 como Bispo Auxiliar de Buenos Aires; promovido a Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires em 3/06/1997; sucedeu como Arcebispo de Buenos Aires em 6/11/1998.
Cardinalato: 21/02/2001 com o título de São Roberto Belarmino.

Participou do conclave que elegeu o Papa Bento XVI. 

Adotou o nome pontifício Francisco I, talvez devido a São Francisco de Assis.

Habemus Papam: fumo branco na chaminé do Vaticano


Os cerca de dois mil milhões de católicos em todo o mundo já têm um novo Papa, que será conhecido na próxima hora. Os restantes cardeais vão prestar homenagem e jurar fidelidade ao sucessor de Bento XVI na cadeira de Pedro. 
O Cardeal eleito vai rezar diante do Santíssimo Sacramento antes de ser apresentado.


Um dia depois de ter começado o Conclave, os cardeais reunidos na Capela Sistina já escolheram o sucessor de Bento XVI. O fumo branco surgiu às 19h03 (18h03, hora de Portugal continental), e os sinos da Basílica de São Pedro fizeram-se logo ouvir. Estava finalizada a eleição.

Foram precisas cinco votações para os 115 cardeais reunidos na Capela Sistina desde ontem chegarem a um consenso. 

O novo Papa deverá aparecer perante os fiéis uma hora depois da eleição, ou seja, cerca das 19h (hora de Lisboa).

O Papa hoje eleito será o 266º na história da Igreja Católica.

Notícias Relacionadas:

sexta-feira, 8 de março de 2013

Tudo sobre o processo de eleição do novo Papa


Fica a saber como é escolhido o Sumo Pontífice, quais os rituais históricos do conclave que tem início na tarde da próxima terça-feira, dia 10 de março, e quem são os cardeais considerados favoritos para substituir Bento XVI:





Ana Serra, Carlos Esteves, Raquel Pinto e Rosa Pedroso Lima


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/tudo-sobre-o-processo-de-eleicao-do-novo-papa=f792083#ixzz2MyUtSvPj

Dia Internacional da Mulher


O Dia Internacional da Mulher é comemorado anualmente a 8 de Março.
A data foi celebrada pela primeira vez a 19 de Março de 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Desde esse ano, o dia tem vindo a ser comemorado em vários países, de forma a reconhecer a importância e contributo da mulher na sociedade.
A data serve ainda para recordar as conquistas das mulheres e a luta contra o preconceito, seja racial, sexual, político, cultural, linguístico ou económico.
Em 1975, as Nações Unidas promoveram o Ano Internacional da Mulher e, em 1977, proclamaram o dia 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher.

Texto adaptado de calendarr.com

segunda-feira, 4 de março de 2013

Este Papa fez muito mais pela Igreja do que muitos cristãos pensam que fez

Muitos portugueses identificam-se como católicos, muitos são mesmo crentes, e parte desses crentes é praticante. Uma minoria pertence a várias instituições da Igreja, no plano social, cultural e assistencial. Sem eles desabaria a frágil rede que protege os mais pobres e fracos na sociedade portuguesa, e a que o Estado dá cada vez menos e pior. Uma mais pequena minoria é militante católica apostólica romana, em vários grupos "progressistas" e outros em vários grupos "integristas". Estas classificações são muito grosseiras, mas servem para o efeito.
Mas cada vez mais portugueses são agnósticos ou, melhor ainda, indiferentes à experiência religiosa na sua vida quotidiana, mesmo que ocasionalmente entrem numa igreja em funerais, baptizados e casamentos. Um cada vez maior número de portugueses faz a sua vida com considerável indiferença face à Igreja e organiza-a em muitos aspectos em que a Igreja e religião tinham papel no passado e hoje têm cada vez menos. Não baptiza os seus filhos, não se casa pela Igreja, é hostil à moral sexual cristã, e vive como quer e lhe apetece, sem ser afectado em nada pela instituição, a não ser quando esta aparece associada a qualquer escândalo, como a pedofilia, e então julga-a com ainda maior severidade, reconhecendo-se nessa reacção mais próximo da Igreja do que desejaria e admite. Contradições, de que o mundo é feito.
Nos últimos dias, foi impossível a todos não observar os vários episódios do "espectáculo" papal, em parte involuntário, noutra parte desejado. Uso aqui o termo sem especial sentido pejorativo, que também o tem. Desde o momento da declaração de renúncia, que o Papa fez em latim e que só uma jornalista e os dignitários da Igreja que o acompanhavam perceberam porque conheciam a velha língua morta da Igreja, até à sucessão de aparições, discursos e mensagens, todos os passos e palavras daquele homem vestido de forma única, de branco e vermelho, na janela do Vaticano, no carro branco de nome ridículo, no helicóptero, a cuja passagem tocavam os sinos, uma coisa moderna chamando uma coisa antiga, um mundo fortemente simbólico que se tornou actual no ecrã por onde se vê o mundo, a televisão.
A sua figura é a de um homem cansado e velho, "sem forças" para dirigir a "barca petrina", e por isso o seu acto de renúncia foi visto como contraditório com o sofrimento público, a revelação da doença e por último da morte quase em directo, diante dos fiéis reunidos na Praça de S. Pedro, de João Paulo II. Já o escrevi e repito, os dois Papas sucessivos, cuja colaboração e estima foi intensa, não quiseram dizer nada de contraditório entre si, mas apenas coisas diferentes: um, que a velhice e a morte fazem parte da condição humana; outro, que não há razões para o Papa não se retirar se entender que a Igreja precisa de força e vitalidade para defrontar as suas dificuldades. Cada um testemunha, a seu modo, a humanidade do papado, e por isso ambos serviram a sua causa e a sua igreja.
Nos seus últimos dias de Papa, Bento XVI apresentou-se diante de audiências globais como algo de muito diferente do comum, como uma "estranheza", ou um "mistério" que nos interpela. Desse ponto de vista, foi um sucesso "mediático" porque é único: um homem alquebrado, mas com um sorriso poderoso, falando várias línguas de um modo geral bastante bem, lendo textos simples mas densos, cheios de história, onde os dois mil anos da Igreja se reflectem num fio condutor que apela a muitas memórias da cultura ocidental e da religiosidade. Mas, mais do que isso, um homem que sabemos ser um grande intelectual, um produto da exigente cultura universitária alemã, mas que se percebe ter fé, acreditar, e que, numa timidez evidente mas segura, fala com Deus tratando-o por Tu.
O "espectáculo" papal dos dias de hoje não converte os incréus, porque a sua incredulidade é mais forte e mais funda, por boas e más razões, mas abre-os a uma certa perplexidade, nalguns casos mesmo sedução, da e pela fé. Ver alguém que acredita, como o Papa Bento XVI, agora Papa Emérito, de uma forma tão gentil, sem aí ser frágil e "sem forças", faz muito para restaurar um respeito pela espiritualidade, uma atenção ao "mistério" ao sentimento do outro, mesmo que não restaure a fé, que é um "dom" e não depende dele.
É por isso que este Papa fez muito mais pela Igreja do que muitos cristãos pensam que fez, resultado de terem ficado órfãos em Bento XVI da religiosidade afectiva de João Paulo II, daquela bondade de pater que beijava a terra e peregrinava pelo mundo todo. Bento XVI é uma outra espécie diferente de "peregrino", autoclassificação que deu a si próprio na sua última declaração ainda Papa no seu belo italiano de adopção: "Voi sapete che io non sono più Pontefice, sono semplicemente un pellegrino che inizia l"ultima tappa del suo pellegrinaggio in questa terra."
Para João Paulo II, cuja acção é muito intimamente complementar da de Bento XVI e vice-versa, a preocupação foi sempre reforçar a Igreja nas suas mais seguras fontes de continuidade e influência: o cristianismo popular, mariano, orgânico, "comunitário", como o era na sua Polónia natal, assegurando-lhe a liberdade de culto, e a autonomia das suas instituições, em particular as ligadas ao ensino. O seu olhar dirigia-se aos sítios onde o cristianismo estava a crescer e a consolidar-se, em África, na América Latina, na Ásia, a partir do povo comum, da religiosidade popular e simples. Daí também o seu papel no combate ao comunismo onde participou como inspirador e conspirador. O "Papa polaco", anticomunista, foi sempre visto pelo Kremlin como um dos grandes problemas na fase final da crise do sistema comunista, e um actor decisivo nessa queda.
Bento XVI era diferente, pela sua carreira, pela sua acção intelectual, como teólogo, pela sua acção como jovem consultor dos bispos alemães que organizaram no Vaticano II a resistência ao poder da Cúria Romana, assim como, mais tarde, como alto responsável na hierarquia da Igreja na defesa da ortodoxia da doutrina. Este último papel colocou-o na mira dos "progressistas" que o tinham como adversário capaz e duro, elevando o debate intelectual, teológico, a níveis que apenas poucos, como era o caso de Hans Kung, eram capazes de aceder. Mas Bento XVI, quer como Joseph Ratzinger, quer como Papa, sabia muito bem que para defrontar a competição com a descrença no mundo contemporâneo, era preciso resistir ao "progressismo" que descaracterizava a Igreja, a tornava numa variante profética do marxismo na "teologia da libertação", abrindo-a de forma perversa a um mundo que se tinha feito contra ela e sem ela, e que acabaria por a dissolver no "século" sem diferença. A resistência à "modernidade", e foi o próprio Ratzinger que o lembrou, é mais moderna e interpela mais a descrença, do que a contínua cedência ao "mundo" secular, aos seus hábitos e costumes. E foi também por isso que, ao associar o seu acto prosaico de renúncia ao papado a uma "peregrinação" mística e de intensa religiosidade, apelou aos incréus, seus pares na mesma tradição greco-latina da cultura ocidental que tanto prezava, e fez muito mais pela "propaganda da fé" do que alguns dos seus pares mais modernizadores reconhecem.
Usou o "espectáculo" para sair dele para uma dimensão muito alheia ao nosso quotidiano vulgar, retomando o sentido do seu nome de Papa, como o disse na sua última audiência do dia 27 de Fevereiro: "O "sempre" é também um "para sempre": não haverá mais um regresso à vida privada. E a minha decisão de renunciar ao exercício activo do ministério não revoga isto; não volto à vida privada, a uma vida de viagens, encontros, recepções, conferências, etc. Não abandono a cruz, mas permaneço de forma nova junto do Senhor Crucificado. Deixo de trazer a potestade do ofício em prol do governo da Igreja, mas no serviço da oração permaneço, por assim dizer, no recinto de São Pedro. Nisto, ser-me-á de grande exemplo São Bento, cujo nome adoptei como Papa. Ele mostrou-nos o caminho para uma vida, que, activa ou passiva, está votada totalmente à obra de Deus."

Boa viagem, peregrino.

02/03/2013

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

As avós...

Para reflexão...


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A propósito do dia dos Namorados...


Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer.
O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (...)
Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado.
O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.
(Antoine de Saint-Exupéry, in 'Cidadela')

História de S.Valentim

As comemorações de 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, como dia dos namorados, têm várias explicações possíveis, umas de tradição cristã, outras de tradição romana, pagã.




A Igreja Católica reconhece três santos com o nome Valentim, mas o santo dos namorados parece ter vivido no século III da nossa era, em Roma, tendo morrido como mártir em 270. Em 496, o papa Gelásio reservou o dia 14 de Fevereiro ao culto de S. Valentim.

Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II. Cláudio queria constituir um exército romano grande e forte; não conseguindo levar muitos romanos a alistarem-se, acreditou que tal sucedia porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias para partirem para a guerra. E a solução que encontrou foi proibir os casamentos dos jovens!

Valentim ter-se-á revoltado contra a ordem imperial e, ajudado por S. Mário, terá casado muitos pares em segredo. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.



A lenda tem ainda algumas variantes que acrescentam pormenores a esta história. Segundo uma delas, enquanto estava na prisão Valentim era visitado pela filha do seu guarda, com quem mantinha longas conversas e de quem se tornou amigo. No dia da sua morte, ter-lhe-á deixado um bilhete dizendo «Do teu Valentim».



Quanto à tradição pagã, pode fundir-se com a história do mártir cristão: na Roma Antiga, celebrava-se a 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) um festival, os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua «namorada» durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).
Com a cristianização progressiva dos costumes romanos, a festa de Primavera, comemorada a 15 de Fevereiro, deu lugar às comemorações em honra do santo, a 14.

Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.


Com os tempos, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializadas no início do século XIX. Actualmente, o dia de S. Valentim é comemorado em cada vez mais países do mundo como um pretexto para os casais de namorados trocarem presentes.

Postal de 1910

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Papa resignou 'para o bem da Igreja'


O papa Bento XVI assegurou hoje que resignou ao papado “em plena liberdade, para o bem da Igreja”.
O papa fez esta declaração no início da audiência pública de quarta-feira, a primeira aparição depois de anunciar a sua resignação.
Bento XVI anunciou a sua resignação, na segunda-feira, devido à sua avançada idade e à falta de forças, permanecendo à frente da Igreja Católica até ao dia 28 de Fevereiro.

“Queridos irmãos e irmãs, como sabem, decidi resignar ao ministério que o Senhor me confiou a 19 de Abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter orado muito e de examinar a minha consciência diante de Deus”, declarou hoje o papa, diante de cerca de dez mil fiéis na sala Paulo VI, no Vaticano.
Bento XVI acrescentou que “é consciente da importância deste acto, mas também consciente de não ser capaz de levar a cabo o ministério de Pedro com a força física e espiritual que o requer”.
“Apoia-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, a qual nunca vai perder a sua orientação e cuidado. Obrigada a todos pelo amor e pelas orações que me haveis acompanhado. Continuem a orar pelo papa e pela Igreja”, concluiu.
Os milhares de presentes responderam com uma grande ovação, ainda maior à que lhe dedicaram à sua chegada à tradicional audiência de quarta-feira.

Um novo papa será escolhido até à Páscoa, a 31 de Março, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciando que um conclave deve ser organizado entre 15 e 20 dias após a resignação.
O último chefe da Igreja Católica a resignar foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).

Lusa/SOL

Bento XVI

Depois de ouvir o Papa a anunciar que se ia resignar, o Cardeal Sodano disse que a notícia era como um “trovão num céu sereno”.


Bento XVI será o sexto ou sétimo Papa a resignar – havendo dúvidas em relação aos factos históricos que rodearam o fim do pontificado de Clemente I, no primeiro século. Mas o único caso comparável ao de Bento XVI é o de Celestino V, que resignou por vontade própria e não por qualquer factor externo. Quando o Papa visitou as relíquias de Celestino V no dia 4 de Julho de 2010, deixou o seu pálio, símbolo da sua autoridade, no túmulo. 


Segundo o L'Osservatore Romano, depois da viagem de Bento XVI a Cuba o Papa, que regressou exausto, confessou que estava a pensar resignar. A visita foi em Março de 2012.


A data escolhida pelo Papa para anunciar a sua resignação, por motivos de fragilidade de saúde, foi 11 de Fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes e dia Mundial do Doente. 


O Papa cumpriu 24 viagens apostólicas para fora de Itália, algumas das quais foram históricas. Foi o primeiro a fazer uma visita de Estado ao Reino Unido, sendo recebido por Isabel II e pelo primeiro-ministro e falando no parlamento em Londres. Visitou também Cuba, um Estado comunista, e a Terra Santa, bem como a Turquia e, por fim, o Líbano. Em todas as visitas, quase sem excepção, as previsões apontavam para um fracasso mas o balanço acabava sempre por ser muito positivo. A visita a Portugal foi particularmente importante e teve efeitos notórios para Bento XVI, que disse que saía do país com um novo fôlego.


O sucessor de Bento XVI será eleito por 117 cardeais eleitores. Neste momento existem 118 eleitores, mas um deles, o Patriarca emérito da Igreja Greco-católica da Ucrânia, faz 80 anos a 26 de Fevereiro e por isso será excluído do conclave. 


Mais dois cardeais fazem 80 anos antes do início provável do conclave, mas as regras estipulam que são excluídos aqueles que cumprem 80 anos até à véspera do começo da “sede vacante”, como se designa o estado da Igreja sem Papa em funções, pelo que o Cardeal Kasper e o Cardeal Poletto poderão participar no conclave. 


Caso não seja substituído antes da resignação do Papa, o Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, tornar-se-á o Patriarca católico mais velho da Igreja Católica, com 77 anos feitos no dia 26 de Fevereiro. Existem 11 patriarcas católicos, incluindo o Papa. 


No conclave, salvo alguma situação inesperada, haverá sete cardeais lusófonos, dois portugueses e cinco brasileiros. Haverá contudo pelo menos mais um que fala fluentemente português, o Cardeal americano Sean O’Malley, que é apontado como um dos nomes mais influentes por entre os participantes do Conclave. 


Documentário Do Amor à Verdade, sobre o pontificado de Bento XVI, disponível no site da Renascença.
in rrsapo

Papa resigna. "As minhas forças, devido à idade, já não são idóneas"


O Papa anunciou que resigna ao pontificado, a partir de 28 de Fevereiro. 
Bento XVI fez o anúncio perante os cardeais, que estão reunidos em Roma para um consistório.
O Papa anunciou que resigna por motivos de idade e por não se encontrar com força para exercer de forma idónea o seu ministério. "Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino", afirmou. 


"Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando", prosseguiu o Papa.
"Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito, vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro", disse ainda o Papa.
A notícia apanhou o mundo de surpresa, uma vez que não havia indicações neste sentido nos últimos tempos. É muito raro um Papa resignar ao pontificado - o último caso foi o do Papa Gregório XII, em 1415. O Cardeal Angelo Sodano, atual número dois do Vaticano, disse mesmo que o anúncio foi como um "raio fulminante num céu sereno".
No mesmo anúncio, feito esta segunda-feira de manhã, o Papa disse ainda que deve ser convocado um conclave para eleger o seu sucessor. "A partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20h00, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice."
Bento XVI agradece ainda a todos os que o ajudaram até esta altura. "Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus."
Perante esta situação coloca-se evidentemente a questão de saber onde irá viver Bento XVI. No único caso verdadeiramente comparável ao seu, o de Celestino V, o Papa retirou-se para uma vida de clausura, longe do olhar público.
Questionado esta segunda-feira de manhã sobre o assunto, o director da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, deu a entender que deverá acontecer algo semelhante com Bento XVI. "Num primeiro momento, o Papa deve mudar-se para Castel Gandolfo. Depois, quando terminarem as obras no mosteiro das irmãs de clausura, no Vaticano, ele deve mudar-se para lá. É pelo menos essa a minha previsão acerca da sua residência quando acabar o seu ministério."
in rrsapo

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Crianças portuguesas mais alerta quanto à violência e pornografia na Net

Os portais de partilha de vídeos como o Youtube são a maior fonte de incómodo na internet. As conclusões surgem num estudo do projeto europeu "EU Kids Online". 
 
Os jovens portugueses entre os nove e os 16 anos têm uma perceção maior do que os seus pares europeus quanto aos riscos associados a conteúdos violentos e pornográficos na internet, revela um estudo divulgado hoje.
Crianças portuguesas mais alerta quanto à violência e pornografia na Net"Quando analisámos as respostas das crianças portuguesas, o que notámos foi que Portugal apresentava valores acima da média europeia no que se refere aos conteúdos pornográficos e aos conteúdos violentos", disse à Lusa Cristina Ponte, coordenadora em Portugal do projeto europeu 'EU Kids Online', responsável pelo estudo.
De acordo com a coordenadora portuguesa, os jovens portugueses mostram preocupações com os riscos associados a conteúdos violentos e pornográficos numa percentagem de 27%, contra um valor médio europeu ligeiramente acima dos 20%.
Os portais de partilha de vídeos como o YouTube são a maior fonte de incómodo na internet para os jovens europeus dos nove aos 16 anos, que os associam ao risco de encontrar online imagens violentas ou pornográficas.
A conclusão consta de um estudo divulgado hoje, que congrega as respostas de quase dez mil jovens europeus para aferir o que incomoda as crianças e jovens dessa idade ao usarem a rede.

"Não falar com estranhos"

Conduzido em 25 países europeus, incluindo Portugal, e divulgado na data em que se assinala o Dia Europeu da Internet Mais Segura, este estudo aponta os portais de partilha e alojamento de vídeos, as páginas na internet na sua generalidade, as redes sociais e os jogos, como as principais fontes de incómodos e riscos para os mais novos.
Ainda sobre os resultados relativos aos 430 jovens e crianças portugueses inquiridos, num universo de 9904 respostas em toda a Europa, Cristina Ponte referiu que as respostas portuguesas têm que ser enquadradas "com a paisagem europeia".
"A preocupação com os conteúdos pornográficos e violentos aparece mais nos países do sul da Europa, com uma certa cultura católica e em que o uso da internet não é tão intenso, como no norte da Europa", explicou.
A coordenadora adiantou também que cerca de um terço das respostas portuguesas se assemelhavam mais a "uma recomendação do que realmente àquilo que as crianças acham que pode incomodar uma criança da idade delas".
"A resposta ao questionário parecia reproduzir uma frase que eles ouvem muito: 'Não falar com estranhos'", precisou.

Experiência que os pais não viveram

Cristina Ponte destacou a diversidade das respostas a este inquérito, que levou crianças a manifestar preocupações aparentemente tão elementares como entrar na conta da rede social Facebook e perceber que se tem um amigo a menos, a aspetos mais vastos e elaborados como a perceção de uma quase total ausência de privacidade pelo uso da rede.
"São problemas que mostram que as crianças e os jovens estão a viver uma experiência que os seus pais não viveram e que é uma experiência nova em termos de relações sociais", sublinhou a coordenadora portuguesa.
Para Cristina Ponte os resultados indicam uma necessidade de envolver pais, professores, governos e entidades com poderes regulatórios num processo que previna o acesso a imagens violentas.
"Ressalta também a necessidade de uma educação para os direitos das crianças no digital e o direito à sua boa imagem não ser maltratado pelos colegas. Isto é uma questão de educação e respeito que o Dia Europeu da Internet Mais Segura deste ano coloca com muita tónica", afirmou.
Quanto ao envolvimento dos pais, Cristina Ponte pede uma atenção permanente aos sinais dados pelos filhos, um diálogo constante e uma mudança de atitude, já que entre os pais portugueses se denota uma tendência para negar comportamentos reconhecidos até pelas próprias crianças, como o envio ou a receção de imagens sexuais.

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/criancas-portuguesas-mais-alerta-quanto-a-violencia-e-pornografia-na-net=f784793#ixzz2K1FHu7ZW

Lusa

Religiões do mundo

Religiões do mundo
Jogo - Para saber mais

Clica na imagem

Clica na imagem
Fotos do Mundo

Objetivos Globais para o Desenv. Sustentável

Igrejas em três dimensões

Igrejas em três dimensões
Clica na Igreja do Castelo de Montemor-o-Velho

Saber mais: