sexta-feira, 12 de julho de 2019

"Os filhos do quarto"

Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje perdemo-los dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais, ouvíamos suas vozes, escutávamos as suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo à distância, sabíamos o que se passava nas suas mentes.

Quando entravam em casa, não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos electrónicos nas suas mãos.

Hoje não escutamos as suas vozes, não ouvimos os seus pensamentos e fantasias. As crianças estão ali, dentro dos seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança. Quanta imaturidade a nossa!

Agora ficam com os seus fones nos ouvidos, trancados nos seus mundos, construindo os seus saberes sem que saibamos o que é...

Perdem literalmente a vida, ainda vivos nos corpos, mas mortos nos relacionamentos com os seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para a formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro dos seus quartos, perdemos os filhos, pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam as suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar...

Tornam-se uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles têm sido influenciados e os pais nem sempre sabem o que seus filhos são.

Você hoje pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos.

Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.

Mas como Psicopedagoga, tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto.

Assim, convido-vos a tirar o vosso filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, dos fones ...
 
Convido-vos a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter os filhos na sala, ao seu lado por no mínimo de 2 dias estabelecidos na sua semana a noite (além do sábado e domingo).

E joguem, divirtam-se com eles, escutem as vozes, as falas, os pensamentos e tenham a grande oportunidades de tê-los vivos, "dando trabalho" e que eles aprendam a viver em família, se sintam pertencentes ao lar, para que não precisem de se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco de adrenalina, que antes tinham com as brincadeiras no quintal !"

Cassiana Tardivo, Psicopedagoga

Adapatado, in Facebook, postado por Vladimir Cruz.

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