Por descuido ou exibicionismo, muitos pais estão hoje a pôr os próprios filhos em risco ao publicarem fotos das crianças no Facebook. O SOL apresenta vários casos limite e explica como, a partir de uma foto, os predadores podem obter dados úteis para fins criminosos.
Estudo europeu explica que os pais estão a pôr em risco os filhos quando os expõem nas redes sociais. Fotos inocentes de família podem ser partilhadas por pedófilos e deixam uma ‘pegada digital’ quase impossível de apagar.
Partilhar fotos das férias, do primeiro dia de aulas e ecografias – são gestos comuns entre pais nas redes sociais, mas que estão a pôr em perigo a segurança dos filhos. Esta é uma das conclusões de um estudo da EU Kids Online, uma organização europeia que alerta para os efeitos da “pegada digital das crianças”.
O problema ganhou visibilidade esta semana quando começou a circular no Facebook o perfil de alguém que dava pelo nome de ‘Juan Carlos’ e que partilhava fotos de meninas com comentários lascivos. Rapidamente, a empresa de Mark Zuckerberg começou a ser inundada de denúncias. Mas o facto de as imagens de raparigas – todas abaixo dos 10 anos – parecerem vulgares fotos de família fez com que o Facebook não percebesse logo o que estava em causa.
Foi preciso a denúncia partir da Linha Alerta Internet Segura – uma organização oficial, apoiada pelo Ministério da Educação e Ciência – para a rede social bloquear o perfil de ‘Juan Carlos’. “Depois de fazermos o alerta, foi rápido: demoraram umas duas horas e meia”, conta o coordenador deste organismo, Gustavo Neves. “Como fazemos parte de uma rede de organizações presente em 38 países, temos canais especiais para o Facebook. Mas em geral, nos casos mais óbvios, eles costumam ser bastante rápidos e eficazes com as denúncias feitas por utilizadores normais”, garante.
Margarida Davim, 27/09/13, SOL
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