quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

É impossível educar sem dizer não

«Aquela ideia, muito infeliz,de que as crianças se educam com pessoas boazinhas e que passa por se imaginar que dizer 'não' traumatiza as crianças é mentira», afirmou o investigador, que lecciona na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.


Eduardo Sá falava à agência Lusa no final dos trabalhos do encontro ‘De SIM e de NÃO se faz a Educação’, que decorreu sexta-feira e hoje em Coimbra, depois de ter proferido uma palestra intitulada ‘Eduquem-se uns aos outros’.


Organizado pela Fundação Bissaya Barreto, o encontro teve como ponto de partida “A violência infanto-juvenil em contexto escolar a par da emergência de um novo fenómeno: a violência de filhos contra os pais, em contexto familiar”.


«Eu acho que é impossível sermos felizes sem entretanto dizermos que não. Os pais e os professores bonzinhos são invariavelmente os maiores amigos dos bons pais e dos bons professores», sublinhou o investigador da Universidade de Coimbra.
Para Jorge Felício, responsável pelo encontro e director do colégio da Fundação Bissaya Barreto, «os participantes vão mais preparados para terem a coragem de dizer sim quando têm de dizer sim e não quando têm de dizer não, porque em muitas situações é mais fácil dizermos que sim e deixar passar».
Entre os participantes, na sua maioria professores, encontrava-se a antiga directora regional de Educação do Centro, Lurdes Cró, que, em declarações à agência Lusa, disse que «a educação faz-se da capacidade de dizermos sim, e sempre sim, e não, sempre não, às coisas que consideramos dizer sim ou não».
«Se não fizermos isto criamos uma insegurança enorme nas crianças e nos jovens, porque educar é uma arte, que é o equilíbrio de dizer sim e dizer não», sublinhou, defendendo ainda que devia fazer parte do currículo dos professores formação na forma de «educar pela positiva para saber lidar com situações de stress na escola e saber lidar com crianças violentas».
Na leitura final das conclusões, Cristina Cunha, da organização afirmou que «ainda temos muito (pais e educadores) a aprender: a escutar, a olhar, a falar, a usar as palavras, a elaborar pensamento, a gerir e a expressão emoções, a sentir e a mostrar afectos e a partilhar».

in SOL.

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