sexta-feira, 31 de maio de 2019

Bons pais dão presentes, pais brilhantes dão o seu próprio ser

Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver em seus filhos: auto-estima, proteção da emoção, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, de filtrar estímulos estressantes, de dialogar, de ouvir.

Bons pais atendem, dentro das suas condições, os desejos dos seus filhos. Fazem festas de aniversário, compram ténis, produtos eletrónicos,
proporcionam viagens.

Pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro no mundo não pode comprar: o seu ser, as suas histórias, as suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo.Pais brilhantes, quando têm condições, dão presentes materiais para seus filhos, mas não os estimulam a ser consumistas, pois sabem que o consumismo pode esmagar a estabilidade emocional, gerar tensão e prazeres superficiais. Os pais que vivem em função de dar presentes para seus filhos são lembrados por um momento. Os pais que se preocupam em dar a sua história aos filhos se tornam inesquecíveis.
Você quer ser um pai ou uma mãe brilhante? Tenha coragem de falar sobre os dias mais tristes da sua vida com seus filhos. Tenha ousadia de contar sobre as suas dificuldades do passado. Fale das suas aventuras, dos seus sonhos e dos momentos mais alegres de sua existência. Humanize-se. Transforme a relação com seus filhos numa aventura. Tenha consciência de que educar é penetrar um no mundo do outro.

Muitos pais trabalham para dar o mundo aos filhos, mas se esquecem de abrir o livro da sua vida para eles. Infelizmente, os seus filhos só vão admirá-los no dia em que eles morrerem. Por que é fundamental para a formação da personalidade dos filhos que os pais se deixem conhecer?

Porque esta é a única maneira de educar a emoção e criar vínculos sólidos e profundos. Quanto mais inferior é a vida de um animal, menos dependente ele é dos seus progenitores. Nos mamíferos, há uma dependência grande dos filhos em relação aos pais, pois eles necessitam não apenas do instinto, mas de aprender experiências com os seus pais para poderem sobreviver.

Na nossa espécie essa dependência é intensa. Porquê? Porque as experiências aprendidas são mais importantes do que as instintivas. Uma criança de sete anos é muito imatura e dependente dos seus pais, enquanto muitos animais com a mesma idade já são idosos.

Como ocorre esse aprendizado? Eu poderia escrever centenas de páginas sobre o assunto, mas, neste livro, comentarei apenas alguns fenómenos envolvidos no processo. O aprendizado depende do registo diário de milhares de estímulos externos (visuais, auditivos, tácteis) e internos (pensamentos e reacções emocionais) nas matrizes da memória. Anualmente, arquivamos milhões de experiências. Diferentemente dos computadores, o registo na nossa memória é involuntário, produzido pelo fenómeno RAM (registro automático da memória).

Nos computadores, decidimos o que registar; na memória humana, o registo não depende da vontade humana. Todas as imagens que captamos são registadas automaticamente. Todos os pensamentos e emoções – negativos ou saudáveis – são registrados involuntariamente pelo fenómeno RAM.

in Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, de Augusto Cury

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