“Overshoot Day” é o nome dado ao dia em que se esgotam os recursos necessários para um ano. Há 47 anos que o limite é atingido antes do final do ano.
De acordo com a Zero, a última vez que a humanidade utilizou os recursos do planeta de forma a que estes chegassem para o ano inteiro foi em 1970.
O limite do “orçamento natural anual” tem vindo a ser atingido cada vez mais cedo, ao longo dos últimos 47 anos.
A Zero sublinha também que Portugal contribui fortemente para estes resultados: “Se todos os países tivessem a mesma pegada ecológica do que nós, seriam necessários 2,3 planetas”.
Para os ambientalistas da Zero, as actividades humanas diárias que mais contribuem para a pegada ecológica de Portugal são o consumo de alimentos (32%) e a mobilidade (18%).
As propostas da Zero para reduzir o défice ambiental abrangem vários sectores de actividade.
Para os ambientalistas, um dos pontos fulcrais é “a extensão dos tempos de vida dos bens e equipamentos. Para sermos eficazes, teremos que mudar o paradigma de 'usar e deitar fora', para um paradigma de 'ter menos, mas de melhor qualidade'".
A aposta numa economia circular, onde "a utilização e reutilização de recursos é maximizada", deverá ser "uma prioridade transversal a todas as políticas públicas", dizem.
A promoção de uma dieta alimentar saudável e sustentável, com a redução do consumo de proteína de origem animal e um aumento significativo do consumo de hortícolas, frutas e leguminosas secas, é outra das propostas da Zero.
A associação lembra que, em Portugal, tais alterações significarão uma aproximação da balança alimentar portuguesa com o que é defendido no padrão alimentar da roda dos alimentos.
A Zero propõe ainda o investimento na mobilidade sustentável, designadamente através da melhoria das condições em que operam os transportes públicos, da disponibilização de condições e infra-estruturas que estimulem a "mobilidade suave" e da partilha do transporte (“car-sharing”). Daqui
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