Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas vão para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres.
Com elas, formam um ramo, com espigas de trigo, folhagem de oliveira, malmequeres e papoilas. O ramo pode também incluir centeio, cevada e aveia...
Cada elemento simboliza um desejo:
O ramo de folhas de oliveira, que haja paz, pois a pomba da paz traz no bico um ramo de oliveira e também que nunca falte a luz (divina).
As flores, que haja alegria, simbolizada pela cor das mesmas. O malmequer atrai ouro e prata, a papoila, amor e vida e o alecrim, saúde e força (cf. imagem).
O ramo é guardado durante 12 meses, até ao Dia da Espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
Acredita-se que este costume, que surge mais no Centro e Sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, no entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que vem bem mais de trás, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e que se mantêm ligadas à tradição dos Maios e das Maias.
Hoje é também Quinta-feira de Ascensão, uma festa religiosa católica.
Celebra-se a ascensão de Jesus ao Céu, depois de ter sido crucificado e de ter ressuscitado.
Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus apareceu pela última vez aos seus discípulos, em Jerusalém, e levou-os ao Monte das Oliveiras.
A Ascensão ocorre cerca de quarenta dias depois da Páscoa, e é sempre a uma quinta-feira.
Ana Elias de Freitas in Voz da Planície
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