Retirar a ideologia de que a violência doméstica, a violação, o assédio ou o abuso sexual ainda podem ser culpa das vítimas é um dos vários argumentos que levará à rua vários defensores dos direitos humanos na próxima sexta-feira. O dia também foi escolhido para o lançamento de duas campanhas de publicidade em Portugal.
Desde 1999, por deliberação da ONU, assinala-se a 25 de Novembro o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Com este tema em mente será realizada em Lisboa, pela primeira vez em Portugal, uma marcha apoiadas por várias associações, colectivos e partidos políticos.
A marcha reivindica urgência na sensibilização da sociedade para o fenómeno da violência de género e exige a adopção dos mecanismos necessários para combater as opressões de género que se articulam com opressões “económico-sociais, de etnia, identidade de género, nacionalidade, orientação sexual e outras” segundo comunicado emitido pela UMAR,Movimento SlutWalk Lisboa e ComuniDária.
Devido a não verem os direitos das mulheres respeitados, a organização da marcha espera, por parte da Justiça, “a reposição dos direitos humanos das mulheres” por oposição ao que tem “sistematicamente vindo a acontecer”: o reforço do poder dos agressores.
A organização da marcha sublinha que os “piropos na rua, os telefonemas indesejados, a culpabilização pela roupa que se usa, o julgamento moral das sexualidades, o insulto, são violências num contínuo para as quais existe permissividade geral” e que “compactuar com formas de violência subtis é permitir a escalada até à violência extrema.”
Sem comentários:
Enviar um comentário