Yerushaláim para os judeus, Al-Quds para os muçulmanos, Jerusalém para os cristãos e para o resto do mundo. Tema central na disputa sexagenária com os vizinhos palestinos, a capital “una e indivisível” assim desejada por Israel mistura religiões, cheiros, sabores e vestimentas.
Milenar nas pedras de seu Centro Histórico, a Cidade Velha, ela fica no coração do pontiagudo mapa israelense e tem 800 mil habitantes – quase dois terços de judeus, um terço de muçulmanos e 2% de cristãos. Essa divisão demográfica reflete a ligação umbilical dos judeus com a cidade. É para lá que, no mundo todo, eles se voltam durante as orações. É sobre ela que, na diáspora, eles afirmam “no ano que vem, em Jerusalém”. A história judaica se refere à região há pelo menos 4 mil anos, desde o patriarca Abraão.
Jerusalém é também o berço do cristianismo. Na Cidade Velha, Jesus foi crucificado, morto, sepultado e ressuscitou no terceiro dia. A 10 quilómetros, em Belém, ele nasceu. Essas passagens bíblicas, familiares ao catolicismo, deram a nações como o Brasil os feriados superlativos da Páscoa e do Natal.
Para o Islão, Jerusalém é chamada de “a sagrada” e representa sua terceira cidade mais importante, atrás apenas das sauditas Meca (“A Honrada”) e Medina (“A Iluminada”). Mais nova na narrativa islâmica, ganhou relevância quando a mesquita Al-Aqsa foi estabelecida na Cidade Velha, no ano 705.
No vídeo, conheça a importância religiosa de Jerusalém para judeus, muçulmanos e cristãos.