No dia em que se assinala 70 anos após o desaparecimento de Anne Frank, muitas pessoas foram para as redes sociais ler passagens de um diário que relatou não só história de uma vida, mas de uma nação.
Mais do que um nome, mais do que um livro. Não se sabe ao certo quando é que Anne Frank morreu, mas escolheu-se o 14 de abril para celebrar o 70º aniversário do seu desaparecimento, um dia antes da libertação do campo Bergen-Belsen onde a jovem escritora, então com 15 anos, viria a falecer.
Annelies Marie Frank é uma das figuras mais conhecidas entre os cerca de 6 milhões de judeus que perderam a vida para o Holocausto.
Em vez do habitual minuto de silêncio, comummente associado à perda de figuras de impacto social, as comemorações adotaram outro formato. “Porque a voz dela não podia ser silenciada, decidimos que um minuto de silêncio não seria apropriado”, explicou Gillian Walnes, cofundador e vice-presidente da Anne Frank Trust UK, ao Guardian. “Anne Frank não podia ser silenciada. A sua voz ressoou entre gerações nos 70 anos desde que ela morreu, ela inspirou as pessoas…”, continuou Walnes.
A campanha entretanto criada pela respetiva instituição, batizada #NotSilent, propõe que as pessoas passem um minuto a ler uma passagem de O Diário de Anne Frank. O convite estende-se à publicação de um vídeo desse momento nas redes sociais com a devida hashtag. Os resultados são facilmente visíveis no Twitter, onde se encontram vídeos de diferentes intervenientes e em diferentes línguas.
Recordemos a história: Anne Frank refugiou-se num anexo do número 263 no Canal de Prinsengracht, em Amesterdão. Durante cerca de dois anos encontrou uma paz relativa num abrigo que a separava da perseguição judaica montada pelos nazis. Aí viveu até ser arrastada para um campo de concentração. Para trás ficaram as histórias que escreveu, escondidas no seu esconderijo.
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