quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Quem é quem nas presidenciais? Os candidatos...

Estas são as eleições presidenciais mais concorridas de sempre. Perdido entre tantos candidatos? Conheça melhor os oito homens e as duas mulheres que querem ir para Belém.
Durante o Verão, os pré-candidatos chegaram a ser 17. Alguns ficaram pelo caminho, mesmo assim o boletim de voto ostenta dez nomes.
Há quem fale numa corrida em duas ligas: a liga principal, disputada entre Marcelo Rebelo de Sousa, Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém, onde a luta passa por forçar uma segunda volta; e a segunda liga, onde os restantes candidatos procuram a notoriedade que campanhas, debates e entrevistas sempre geram.
Um destes dez homens e mulheres será o próximo Presidente da República. 
Conheça-os melhor:

Cândido Ferreira, médico, antigo militante socialista, apresenta-se como candidato de centro-esquerda. Diz que se candidata porque acredita que pessoas simples podem fazer coisas extraordinárias. É isso que promete fazer se chegar a Belém.

Edgar Silva é o candidato do PCP. Com uma vida política desenvolvida na Madeira, a sua terra natal, está, com esta campanha, a ganhar a dimensão de político nacional. Já disse que não rejeita a hipótese de vir a ser líder do seu partido, a pensar, talvez, no exemplo de Carlos Carvalhas que foi candidato a Belém em 1991 e, um ano depois, subia a secretário-geral dos comunistas.

Henrique Neto foi o primeiro a anunciar a sua candidatura. Militante do PS, entrou em confronto com o partido nos tempos de José Sócrates e nunca se reconciliou, não poupando críticas à actual solução de governo. António Costa já disse que esta candidatura lhe é "indiferente".

Jorge Sequeira dá cursos de motivação pessoal e trouxe essa linguagem para a campanha. Diz que não entrou nesta corrida em busca de projecção pessoal. No entanto, reconhece que, mesmo entre os outros candidatos, há pessoas muito mais capazes do que ele para Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou uma rubrica semanal na TVI em Maio de 2000 e será, hoje, dos políticos portugueses com mais notoriedade pública. Nesta campanha, gaba-se de não fazer comícios, não ter cartazes, nem seguir em caravana, "por causa da crise".
Passos Coelho e Paulo Portas "recomendam" o voto em Marcelo mas não participam na campanha. "Por causa das autárquicas de São João da Madeira", justifica o candidato. Uma "ausência física" combinada entre Marcelo e Passos.

É de hospital em hospital que Maria de Belém Roseira leva a sua campanha presidencial. Muitos ainda a vêem como ministra da Saúde de um governo socialista que agora lhe nega o apoio.
O secretário-geral do PS já a "pôs no mesmo saco" que Sampaio da Nóvoa em termos de indicação de voto. Luta por um segundo lugar que a leve à segunda volta mas as intenções de voto parecem colocá-la cada vez mais longe desse objectivo.

Depois do sucesso de Catarina Martins nas últimas eleições legislativas, o Bloco de Esquerda aposta de novo numa mulher para as presidenciais.
Marisa Matias tem como principal missão segurar o eleitorado bloquista mas não parece estar a ser muito bem sucedida. Tem surgido invariavelmente no fim da tabela das intenções de voto.

Paulo Morais elege a corrupção como causa de todos os males e assume este combate como a sua grande causa. É por isso que quer ser Presidente. Dos deputados aos autarcas, passando pelos advogados, administradores de empresas e governantes, ninguém escapa às suas acusações.
Distingue-se dos outros candidatos por defender as virtudes da instabilidade e não hesita em dizer que demitiria qualquer primeiro-ministro que não fizesse exactamente o que prometera em campanha.

Três antigos presidentes da República juntos numa só candidatura. O argumento é de peso mas não chega para tirar Sampaio da Nóvoa do lugar de "outsider" da política. Conhecido na academia, desconhecido no país, o antigo reitor da Universidade de Lisboa começou a campanha cedo e tem sido compensado em matéria de notoriedade pública.
Ocupa agora o segundo lugar na corrida e aposta tudo numa eventual segunda volta que repita a reviravolta das presidenciais de 1986. Falta-lhe o apoio do PS, que chegou a parecer garantido mas acabou por lhe fugir depois da candidatura de Maria de Belém.

O facto de não aparecer como Tino de Rans no boletim pode custar alguns votos a Vitorino Silva, o calceteiro de Penafiel que agora quer ser Presidente.
Estrela de "reality-shows", Tino recolheu a maior parte das assinaturas durante as férias no Algarve e entregou-as no Tribunal Constitucional em caixotes e num cesto da vindima. O seu lema é "temos que deixar de ser os peixinhos que alimentam o tubarões".
PRESIDENCIAIS 2016

14 Jan, 2016 - 11:30 • Dina Soares , Rodrigo Machadohttp://rr.sapo.pt/

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