
"Sabia que era uma das candidatas, mas nunca pensei que fosse ganhar", afirmou Alice Munro aos jornalistas em Victoria, acrescentando que é "maravilhoso" receber o mais prestigiado prémio literário.
A escritora disse à televisão canadiana CBC que a filha a tinha acordado para lhe dar a notícia sobre a decisão do Comité Nobel.
Afirmou ainda que sempre encarou a hipótese de receber o Nobel como "um daqueles sonhos irreais" que "era possível mas provavelmente não se realizaria".
Alice Munro indicou que no Canadá ainda se estava "a meio da noite" quando recebeu a notícia e já se tinha esquecido de que estava na corrida para o Nobel.
Aos 83 anos, torna-se assim a 13.ª mulher a ganhar o Nobel da Literatura desde que o prémio foi instituído, em 1901. É também a primeira vez que o prémio vai para um canadiano.
Na biografia que divulga da escritora, a academia sueca aplaude os contos de Munro, que focam "a fragilidade da condição humana", e elogia a "narrativa afinada" da escritora, "que se caracteriza pela clareza e pelo realismo psicológico".
Nos últimos dez anos, o Nobel da Literatura distinguiu nomes como o chinês Mo Yan (2012), o sueco Tomas Tranströmer (2011), o peruano Mario Vargas Llosa (2010), a alemã de origem romena Herta Müller (2009), o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio (2008), a britânica Doris Lessing (2007), o turco Orhan Pamuk (2006), o britânico Harold Pinter (2005), a austríaca Elfriede Jelinek (2004) e o sul-africano J.M. Coetzee (2003).
Munro vai receber oito milhões de coroas suecas (915.000 euros) numa cerimónia a 10 de Dezembro, data do aniversário do fundador dos prémios, Alfred Nobel, nascido em 1896.
Lusa/SOL
Sem comentários:
Enviar um comentário