quinta-feira, 29 de outubro de 2020

O sapo mentiroso - atividades

Imagem da internet
Alunos 4ºA, EB1 nº2, VR.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O início da nossa vida - vídeo


Desde a entrada dos espermatozóides até ao bebé nascer.

Cada desafio, cada transformação. Vídeo muito bem ilustrado e minucioso em cada etapa... principalmente até a formação do feto.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

terça-feira, 20 de outubro de 2020

A mentira tem perna curta


 Costuma-se dizer que as mentiras têm pernas curtas, cabeça de pêra, pescoço comprido, corpo coberto de pêlos e os olhos tortos, que são grandes e metediças ou pequenas e mal-educadas.

   — Depende — pensava Adalgisa com os seus botões. — Podem ser isso tudo e muito mais!

   Ela era uma especialista em mentiras, das quais possuía uma colecção interminável.

   Eram tantas e tantas as suas mentiras que já não sabia onde havia de as guardar.

   No começo, ela escondia-as apenas no seu quarto: debaixo do tapete, no fundo do guarda-vestidos, atrás do aquecedor... 

   No fundo do armário, então, tinha uma prateleira repleta de frascos cheios de mentiras.

   Mas rapidamente as mentiras encheram o quarto, começando então a saltar para fora, espalhando-se pelos lugares mais impensáveis da casa. 

   Logo que uma saltava para fora, Adalgisa apressava-se a tapá-la com outra ainda mais gorda.

   Quando as mentiras começaram a sair, ela até as achava divertidas, e por isso tentou torná-las suas amigas, mas bem depressa teve de dar o dito por não dito... Não se pode confiar em mentiras!

   O problema é que as mentiras não desaparecem logo, quando é preciso, permanecendo ali, à espera do melhor momento para saltarem para fora e causarem uma desgraça! Eis a razão por que a vida de Adalgisa se estava a tornar numa verdadeira tragédia, em vez de ser uma comédia. Ela passava o tempo a vigiar e a prender todas as suas mentiras, e para isso via-se obrigada a criar novas mentiras: um círculo sem fim...

   — Adalgisa, já lavaste os dentes? — perguntava a mamã, e ela respondia: 

   — Já, mamã. E também lavei as mãos. 

   POF!

   Mal acabara de falar, eis que a mentira saltava para o ombro da mamã e, a rir-se, soprava-lhe à orelha toda a verdade.

   — Sabes, Luísa — contava Adalgisa, cheia de gozo, à sua amiga — que o meu avô tinha uma vaca chamada Celeste e que sabia falar?

   Os dois juntos chegaram a actuar nos teatros mais famosos do mundo! O meu avô era um actor famosíssimo! 

   POF!

   Aí vinha outra...

   A verdade é que Adalgisa contava as mentiras tão bem e com tanta certeza e segurança que, com o correr do tempo, até ela se convencia que aquilo que dizia era mesmo verdade. Adalgisa andava, pois, carregada de mentiras, que lhe saíam de toda a parte do corpo.

   Trazia-as nos bolsos, no meio dos cabelos, nos sapatos, agarradas aos folhos do vestido...

   E as mentiras eram verdadeiramente descaradas e arreliadoras. Sucedia, por vezes, que, durante uma aula, uma das mentiras se punha a fazer-lhe cócegas e, quando a professora exigia explicações, Adalgisa contava mais uma mentira, que juntava à sua colecção.

   Aquele dia começara como tantos outros. Ninguém poderia adivinhar o que dali a pouco iria acontecer. 

   A Senhora Gina, amiga da avó, quis saber:

   — Adalgisa, é verdade que tu dizes mentiras?

   E ela respondeu candidamente: 

   — Nunca disse uma mentira em toda a minha vida. Palavra de honra!

   Não acabara ainda de pronunciar a última palavra quando uma enorme, horrenda, nojenta mentira aparece na sala.


   Ao vê-la, Adalgisa ficou de tal modo apavorada que desatou a gritar. A mentira era tão assustadoramente grande que quase ocupava toda a sala. E Adalgisa sentia-se deveras pequena, pequenina. Desta vez, fizera uma grande asneira! Dissera uma tal mentira que nunca ninguém vira nada assim, ou antes, ninguém havia jamais imaginado coisa igual! 

   A avó e a amiga pareciam feitas de pedra. Imobilizadas no sofá, sentadas, olhavam, de boca aberta, para aquela "coisa". 

   A enorme mentira começou a mover-se pela sala. Babando-se e sujando tudo, mexia e partia cada coisa que ficava ao seu alcance. Depois, aproximou-se de Adalgisa, com ar ameaçador: o soalho tremia, a avó e a amiga também.

   Adalgisa não sabia o que havia de fazer.

   Ela abraçou com muita força o seu macaquinho de pelúcia, o Tricky, em busca de protecção. A mentira inclinou-se sobre ela. Algumas gotas de baba malcheirosa caíram no tapete. A sombra fixou Adalgisa nos olhos, rindo horrendamente, e, depois, agarrou Tricky, pronta a desfazê-lo em mil bocadinhos... 

   — NÃÃOOOOOO!!! — gritou Adalgisa — Não direi mais mentiras, prometo! — e agora era mesmo uma promessa de verdade.

   Imediatamente sentiu-se um estrondo medonho e a sala encheu-se de fumo e um cheiro nauseabundo. Da enorme mentira só restavam algumas gotas de baba nojenta sobre o tapete.


   Logo a seguir, por entre milhares de estranhos grunhidos, todas as outras mentiras começaram a correr doidamente, até que, contorcendo-se, explodiram com um POF igual àquele que se ouvia quando apareciam. 


   — Avó, diz-se que as mentiras têm as pernas curtas, mas viste como estas mentiras corriam a bom correr? 

   Avó e neta abraçaram-se, rindo, muito felizes.


Rosy Gadda Conti
A mentira tem perna curta
Maia, Edições Nova Gaia, 2003
Texto adaptado

Dia Mundial de Combate ao Bullying - 20 de outubro


Todos nós, infelizmente, já sofremos ou conhecemos um caso de bullying em algum ponto da nossa vida.  

Não apenas hoje, mas todos os dias, é nosso dever ajudar no combate ao bullying.

Se vires alguém ser humilhado, maltratado ou intimidado, quer seja na escola ou fora dela, não fiques indiferente. Ajuda essa pessoa e denuncia o agressor.

Se estás, neste momento, a sofrer de bullying, não te sintas sozinho. Fala com os teus pais ou familiares ou procura o apoio dos teus professores e diz-lhes o que se passa.

in Escola Virtual 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

"Cada qual com a sua voz, mas todos irmãos"

 "Cada qual com a sua voz, mas todos irmãos"

Nos pontos 2 a 8 da sua mais recente Encíclica, o Papa Francisco, partindo naturalmente das suas convicções cristãs, expressa a intenção de assumir este texto como uma "humilde contribuição" para a reflexão em torno das problemáticas diversas que (pre)ocupam as sociedades do século XXI.

Nesta obra, "Fratelli Tutti", Francisco recorda o encontro histórico entre S. Francisco de Assis (1181-1226) e o sultão Malik-al-Kamil (1177-1238) num contexto absolutamente atípico para o diálogo entre cristãos e muçulmanos. A época era mais propensa à guerra e à ignorância do que à sapientíssima cultura do encontro.
Numa época de cicatrizes profundas e feridas abertas, motivadas pelo ódio da intolerância e pela sede de poder, o "santo de Assis" tornou-se um arauto de paz e fraternidade, a partir da sua convicção profunda de que todos os seres humanos são fruto do ato criador e criativo de um Deus que é Amor, de que estes são merecedores dos mesmos direitos e deveres e, por isso, igualmente chamados à convivência fraterna.
Na senda desse sinal de surpreendente fidelidade de S. Francisco aos valores evangélicos, o Papa evoca o seu próprio encontro com o imã Ahmad Al-Tayyeb em 2017.
Com o surgimento da pandemia da COVID-19 ficou provada a falência das muitas seguranças que até então vigoravam: apesar da superconexão digital, o mundo foi e está a ser incapaz de agir em conjunto.
Não se trata, portanto, de fazer funcionar melhor o que já se fazia mas, segundo o autor, fazer renascer um anseio mundial de fraternidade.

"Como é importante sonhar juntos", declara Francisco para caracterizar a urgência de nos assumirmos "filhos" desta mesma terra. Irmãos que caminham juntos, "cada qual com a sua voz mas todos irmãos".

Mário Rocha . in Docentes de EMRC, Facebook

sexta-feira, 9 de outubro de 2020