segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Deus é amor! Para reflectir...


Uma antiga lenda conta que, em tempos remotos, quando os seres humanos viviam completamente esquecidos de Deus, ele fez cair do céu uma moeda de ouro que trazia o seu nome, para que as pessoas, decifrando-a, se lembrassem dele. Mas o lodo e a longa permanência na terra estragaram a moeda, que se tornou quase indecifrável e ilegível.


Os vários povos, porém, tentaram repetidas vezes traduzir as suas palavras. Até que finalmente pareceu-lhes haver entendido alguma coisa.


O povo hebreu leu nela: "Deus é majestade infinita e poderosa; o seu nome é indizível; se ele fala, morreremos; se nos olha, nos fulmina. Ele é o Terror".


O povo grego decifrou: "Deus é beleza e sabedoria. Tudo o que de belo está espalhado no universo, tudo o que de alto concebe a mente humana é um reflexo de sua beleza e sabedoria. Ele é o Belo e o Verdadeiro".


O povo romano, habituado ao uso das armas e ao domínio do mundo, interpretou assim a escrita da moeda: "Deus é força, justiça e poder".


Mas um pescador da Galileia, João, filho de Zebedeu, depois de ter lavado a moeda no sangue de um galileu condenado a morrer na cruz, leu nela com extrema facilidade e precisão: "Deus é amor".


Do livro: Falemos de amor - Paulinas

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Tibete


O Tibete é hoje uma província incorporada à República Popular da China, considerada por esta como "região autónoma".

Possui uma área de aproximadamente 1,2 milhões de quilómetros quadrados (com uma pequena parte, ainda a ser definida, de controle e domínio da Índia). Taiwan (República da China) também reivindica o domínio total da região.

Sobre a questão da soberania tibetana, o governo da República Popular da China e o governo do Tibete em exílio discordam quanto à legitimidade de sua incorporação pela China.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Clube de Cinema

Filmes do 1º Período:

Billy Elliot




Marley e eu

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Estudantes não conseguem descrever raciocínios e explicar estratégias

Estudo do Ministério da Educação revela que alunos do 8.º ao 12.º anos, de 1700 escolas, têm dificuldades em articular conceitos, utilizar uma linguagem rigorosa, interpretar informação e resolver exercícios complexos.

As dificuldades são várias e de diversa ordem. O Relatório 2010 do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) põe a nu a falta de preparação de alunos do 8.º ao 12.º anos de escolaridade. O estudo começou no ano lectivo de 2005/2006 e incidiu nas disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa, Matemática A, Física e Química A, Biologia e Geologia.
Os testes foram aplicados em 500 escolas secundárias e em 1200 estabelecimentos de ensino com o 3.º ciclo. Expressar por escrito os conhecimentos adquiridos nas aulas, explicar um raciocínio com lógica, articular conceitos, resolver exercícios mais complexos, estruturar um texto encadeado, usar uma linguagem rigorosa, interpretar um texto poético são dificuldades detectadas nesse estudo que o jornal i deu a conhecer no último dia de 2010.
Os alunos do Secundário têm dificuldades em justificar as estratégias adoptadas para explicar as respostas, descrever raciocínios, usar uma linguagem rigorosa e construir um texto com ideias próprias. E não só. Interligar conceitos, recorrer a estratégias menos treinadas nas salas de aula, apresentar raciocínios demonstrativos são também algumas fragilidades detectadas nos estudantes do 10.º ao 12.º anos.
No 3.º ciclo, os alunos revelam dificuldades em resolver exercícios que não sejam básicos, em utilizar a língua de uma forma correcta, em construir frases e textos coerentes e em definir estratégias para chegar à solução de um exercício matemático. E os erros repetem-se. Nos últimos dois anos, as falhas mantêm-se e, por isso, o GAVE aconselha toda a comunidade educativa, pais e encarregados de educação incluídos, a analisar a situação e a não esquecer as estratégias recomendadas.
A equipa do Ministério da Educação (ME) deixa algumas recomendações perante a realidade que encontrou. Na Matemática do 8.º e 9.º anos, a principal lacuna dos alunos passa por solucionar exercícios que exigem várias etapas, interpretar e definir uma estratégia. Por isso, os técnicos recomendam que os professores insistam em exercícios repetitivos para que os conceitos sejam assimilados.
Na Língua Portuguesa do 9.º ano, verificou-se que apenas 11% dos alunos conseguiram transformar uma frase passiva numa activa e apenas 26% identificaram as classes das palavras. Além disso, 47% dos estudantes não conseguiram interpretar um texto poético. Treinar metodologias para elaborar um texto, não descurar a parte gramatical nem o ensino da poesia são algumas das recomendações.
Em Biologia/Geologia do 10.º e 11.º anos, o recomendado é insistir na utilização de raciocínios que impliquem causa-efeito, até porque os estudantes têm dificuldades em articular a informação dos textos com os seus próprios conhecimentos, em construir textos com rigor científico e usar linguagem adequada. Em Física/Química A, do 10.º e 11.º anos, detectaram-se dificuldades em usar uma calculadora para resolver problemas simples, interpretar a informação das provas e ainda expressar conhecimentos por escrito. Incentivar os alunos a comunicar as suas ideias por escrito é um dos conselhos.
Nos mapas divulgados pelo i, os melhores alunos estão entre Cantanhede e Penacova, que engloba os concelhos de Coimbra, Condeixa, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho, Mortágua e Soure. O arquipélago da Madeira situa-se do lado oposto, com médias muito baixas. O Baixo Mondego apresenta, no estudo do GAVE, as melhores notas a Matemática do 3.º ciclo e Secundário e a Língua Portuguesa do 3.º ciclo. Nesta disciplina, as médias mais baixas registam-se na Madeira, mas no Algarve, Alto Alentejo e Tâmega as médias não ultrapassaram os 50%. O Baixo Mondego lidera as melhores notas, seguindo-se o Grande Porto, a Grande Lisboa, Baixo Vouga, com uma percentagem entre os 54% e os 56%. O Alto Alentejo é a região do país com as médias mais negativas a Matemática A, do Secundário, entre 8 e 8,5 valores. A Madeira também tem uma média negativa, de 8,5 a 9 valores. As melhores classificações nesta disciplina estão no Baixo Mondego e na região de Dão-Lafões, que integra municípios como Castro Daire, Nelas, Tondela e Vila Nova de Paiva. O Alentejo e Algarve têm uma média entre 9,5 e 10 valores. O Baixo Mondego também está à frente nas melhores notas a Matemática do 3.º ciclo, seguindo-se zonas como o Grande Porto e Baixo Vouga. Entre 45% e 52% estão diversas regiões, como o Algarve, Bragança e Trás-os-Montes e praticamente todo o Alentejo, excluindo a parte litoral, que tem uma média ligeiramente superior, ou seja, entre 50% e 52%.
Computador versus caneta Alexandre Costa, professor de Físico-Química na Secundária de Loulé, professor do ano de 2010, refere que a dificuldade em articular conceitos e em utilizar uma linguagem rigorosa tem a ver com o contexto social em que os jovens crescem e que "também enferma do mesmo problema". Há vários exemplos. "A nossa linguagem corrente incorporou expressões que são erróneas do ponto de vista científico. Existem situações muito simples de falta de rigor, como aquelas em que muitos portugueses pedem 'trezentas gramas de fiambre' em vez de 'trezentos gramas de fiambre. Dizem 'quilos' em vez de 'quilogramas', 'quilómetros hora' em vez de 'quilómetros por hora' ou 'euros mês' em vez de 'euros por mês'". O modo como a população se expressa também pode ser um problema. "Situações mais complexas são aquelas em que o termo científico nem sequer é de uso corrente. Por exemplo, quando um carro se move a grande velocidade, muitas pessoas dizem que vai 'com muita força', pois pensam sobretudo nas consequências de um eventual impacto. A expressão adequada para esta situação seria dizer que a viatura possui 'um grande momento linear' ou, mais simplesmente, 'um grande momento". "Ao nível institucional, sobretudo no Ensino Básico, a falta de rigor é muitas vezes desculpabilizada com o argumento de ser a única forma de atingir o sucesso dos alunos. Este posicionamento, embora discutível, pois passa pelo abaixamento do nível de ensino em vez de uma melhoria das práticas, existe ainda em muitas das escolas portuguesas, apesar de uma cada vez maior facilidade regulamentada no sentido da promoção do sucesso dos alunos."Alexandre Costa refere que na abordagem compreensiva das disciplinas que lecciona é necessário tudo aquilo que o GAVE afirma que os alunos não possuem como, por exemplo, capacidade de interpretação de textos e de situações complexas e de resolver problemas reais em casos nunca antes vistos. "E isto, perdoem-me, mas não é para todos. Mas tem de ser requerido aos melhores, se queremos que Portugal continue a gerar massa crítica", comenta. "Nesse sentido, o GAVE está a trabalhar bem, mostrando às escolas onde está a 'bitola' que tem de ser atingida nos cursos científico-humanísticos do Ensino Secundário - e também, em meu entender, no Ensino Básico, embora aqui não exista ainda o reencaminhamento necessário".
Para o professor não se pode confundir os resultados do último PISA com os dados agora revelados pelo ME. Na sua opinião, não há incongruências. "O estudo PISA é um estudo de literacia e numeracia. Indica a qualidade de preparação que um jovem de 15 anos recebe para a cidadania". E acrescenta: "Existem pessoas que dizem que os testes de PISA 'não aferem conhecimento, porque são demasiado fáceis'. Mais uma vez a questão é falaciosa, pois o estudo de PISA não é um exame nacional e não pretende aferir verdadeiro conhecimento académico, mas sim a preparação para a cidadania e para o desempenho desta".
Ana Maria Soares, professora de Português do 3.º ciclo, nota diferenças e elenca dificuldades. "Os alunos que mais lêem, que mais se interessam pela leitura, têm mais facilidades de aprendizagem. Os que estão mais agarrados à parte informática, aos computadores, têm mais dificuldades de escrita", adianta. "Há muitos alunos que só escrevem na escola", acrescenta. Ou seja, muitas vezes, a caneta e o lápis só são utilizados nas salas de aula, uma vez que em casa é o computador que impera. O meio envolvente, a linguagem utilizada em casa e as conversas com os colegas interferem nessas dificuldades. "Muitas vezes, perguntam-no: 'ó professor, o que quer dizer isto?' e são palavras simples".Dificuldades no vocabulário e na articulação de ideias. Ana Soares diz que essas lacunas são sentidas na sala de aula. Na sua opinião, o Plano Nacional de Leitura é uma boa iniciativa, bem como o concurso nacional de leitura que obriga os alunos a lerem três obras e a fazerem um teste sobre esses textos. "Na educação, o benefício sobre qualquer medida só é sentido passados 10 anos", comenta. "Professora, se eu soubesse que era isso o que se pedia tinha acertado na resposta."
Filomena Coelho, professora de Matemática do Ensino Secundário, conta que já ouviu esta frase muitas vezes. Na sua perspectiva, são várias as dificuldades na aprendizagem da disciplina dos números, desde logo, um vocabulário da língua portuguesa muito restrito que se reflecte na interpretação de textos, tendo em vista a tradução para a linguagem matemática. Há ainda dificuldades na concentração e atenção. "As aulas de 90 minutos vêm comprovar que o aluno só consegue concentrar-se na primeira fase da aula", refere a docente. E há ainda problemas detectados na fase operatória, de passar do concreto para o abstracto. O que se pode fazer para atenuar as dificuldades? Filomena Coelho defende que os alunos têm de ler mais, que o tempo de aulas devia ser reduzido para 50 ou 60 minutos, que as famílias devem dar apoio no trabalho individual e que os estudantes deviam recorrer mais a jogos de raciocínio e de dedução indutiva como, por exemplo, o xadrez.
Sara R. Oliveira 2011-01-05
in educare.pt

sábado, 1 de janeiro de 2011