quinta-feira, 31 de março de 2016

Morreu o Nobel da Literatura Imre Kertész, um sobrevivente do Holocausto

Morreu o escritor húngaro Imre Kertész, prémio Nobel da Literatura em 2002, avança o seu editor, citado pela agência de notícias MTI através da Reuters. O autor tinha 86 anos e morreu na sequência de uma doença prolongada, diz a Reuters, sem especificar qual.

Imre Kertész, um judeu húngaro, sobreviveu ao Holocausto. Esteve no campo de concentração de Auschwitz, na Polónia, enquanto adolescente e a sua obra retrata o totalitarismo dos campos de extermínio nazis. Quando ganhou o prémio Nobel em 2002, o júri destacou a forma como retratou os campos da morte nazis como "a verdade suprema sobre a degradação humana" e como os seres humanos se podem perder. Na sua obra, o escritor cruza géneros literários, misturando o romance com o ensaio, uma meditação sobre o Holocausto e a ditadura. À terrível experiência do totalitarismo nazi, seguiram-se quatro décadas de totalitarismo comunista, em que Kertész foi marginalizado.

Há quatro anos, depois de escrever 15 livros, o escritor anunciara o abandono da escrita, considerando que concluíra tudo o que tinha a dizer sobre o Holocausto, tema principal da sua obra. Foi o primeiro escritor húngaro a receber um Nobel da Literatura.

Ser judeu, sub-humano
Imre Kertész nasceu em Budapeste a 9 de Novembro de 1929. Ainda não tinha feito 15 anos, foi deportado em 1944, juntamente com sete mil húngaros judeus, para Auschwitz e depois para Buchenwald, de onde foi libertado um ano depois, em 1945. Com a sua família extreminada, regressou a Budapeste, onde trabalhou alguns anos no jornal Világosság, explica a biografia feita pela Academia Sueca, mas foi despedido em 1951 quando o jornal passou a órgão do Partido Comunista Húngaro. Sobreviveu como tradutor.

Foi em 1975 que Imre Kertész publicou o seu primeiro livro, Sem Destino (ed. Presença), obra que levou 14 anos a escrever, e lhe valeu o Nobel. Publicado numa modesta editora, depois de ter sido recusada por outra controlada pelo Estado, encontrou um muro de silêncio na Hungria, tendo Kertész continuado a ser um intelectual ignorado. Ao lado de Se Isto É Um Homem, de Primo Levi, Sem Destino "é certamente o relato literário mais poderoso já escrito sobre a realidade num campo de concentração", escreveu na altura do Nobel a Academia de Estocolmo. O romance é a história do jovem György Köves, do quotidiano do adolescente de 14 anos num campo de extermínio nazi, em que este é forçado a aprender que a estrela amarela que transporta significa que é judeu, sub-humano. "Era preciso escolher entre o romance e a autobiografia. Eu decidi-me resolutamente pelo romance", explicou o autor numa entrevista concedida ao jornal francês Libération em 1998.

Para o narrador, com os seus 14 anos, "todas as situações são genuinamente novas, um agora sem o conhecimento retrospectivo que nós possuímos", lê-se no site do prémio Nobel. György Köves começa, passo a passo, a descobrir Auschwitz, ficando no início fascinado com a eficiência dos guardas alemães. Quando a libertação o encontra nas barracas do hospital de Buchenwald, Köves é o único sobrevivente entre o seu grupo de amigos, um esqueleto com cara de velho e feridas com pus espalhadas por todo o corpo.

György vive num mundo em que praticamente tudo o que lhe acontece escapa ao seu controle e não depende de qualquer escolha sua, mas aceita a sua nova vida sem a questionar, e até com um certo gosto. E é paradoxalmente essa naturalidade com que se adapta, não tanto ao seu destino, mas à circunstância de não ter nenhum, mantendo intocada a sua capacidade de apreciar o belo e conseguindo viver em Auschwitz momentos de genuína felicidade, que salva o protagonista, preservando a sua personalidade individual da desumanização nazi.

E quando György, finalmente libertado, regressa a Budapeste, no momento em que o horror dos campos começa a ser conhecido em toda a sua extensão, apavora-o a consciência de que não havia afinal qualquer racionalidade na experiência que viveu, e é com uma escandalosa nostalgia que recorda os dias de Auschwitz, onde “a vida tinha sido mais clara e mais simples”.

Ao lado dos romances, Kertész escreveu ensaios sobre temas como a leitura, a escrita e a morte. Em Um Outro: Crónica de uma Metamorfose, um diário apresentado pelo autor como obra de ficção e publicado em 1997, escreveu algo que resume a sua vida sobre dois regimes totalitários: é um "filho incorrigível de ditaduras" e ser estigmatizado é a sua característica. É também um outro, porque o "eu" é "uma ficção de que somos, quando muito, co-autores" e ele vive "a vida de um escritor chamado I. K." A sua identidade é a escrita, voltando ao mundo pós-Auschwitz, à identidade judaica, mas recusando sempre o heroísmo do sofrimento, como escreve José Riço Direitinho na crítica que fez para o Ípsilon. 

Depois de 1989, Imre Kertész viveu regularmente em Berlim, como escritor independente e tradutor de literatura de língua alemã, "num diálogo diário com almas gémeas com Mann, Kafka e Nietzsche", enquanto trabalhava na sua própria escrita. Imre Kertész, que falava um alemão perfeito, fez da Alemanha a sua segunda casa e contribuiu, com a tradução de obras de filósofos para húngaro e a participação na vida intelectual alemã, para a reconciliação entre os dois países. "Simplesmente, aconteceu que me devolveram a 'conditio minima', a minha liberdade individual - rangendo, abriu-se, assim, a porta da cela em que me fecharam durante quarenta anos, e pode dar-se que seja bastante para me perturbar. Não se pode viver a liberdade onde se viveu o cativeiro. Seria preciso ir para qualquer lado, ir para muito longe daqui", conta também em Um Outro. 

Segundo o Guardian, foi em Berlim que Kertész produziu os seus últimos escritos, antes de voltar a Budapeste, onde já raramente saía de casa por causa da doença de Parkinson. 

A Recusa (1988, ed. Presença), Kaddish Para Uma Criança Que Não Vai Nascer (1990, ed. Presença), Um Outro: Crónica de uma Metamorfose (1997, ed. Presença) e Aniquilação (2003, ed. Ulisseia) são, juntamente com Sem Destino, as obras de Imre Kertész traduzidas para português.

segunda-feira, 21 de março de 2016

1300 alunos conquistaram o Castelo de Montemor-o-Velho


VII Encontro Interescolas de EMRC - Diocese de Coimbra
O Castelo de Montemor-o-Velho foi o local escolhido para receber o VII Encontro Interescolas de alunos com EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica)- Diocese de Coimbra.
O presidente da Câmara, Emílio Torrão, acompanhado da vereadora Paula Rama e da adjunta Diana Andrade, marcou presença no evento e referiu: “É um gosto enorme podermos receber neste espaço magnífico 1300 alunos, em representação de 18 escolas do distrito. Desejo que todos possam levar as melhores recordações de Montemor-o-Velho e que regressem em breve acompanhados pelos seus familiares e continuem a descobrir o nosso património e a nossa gastronomia”.
No momento, a professora Luísa Parreiral, do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho e elemento da organização, agradeceu “a amabilidade e hospitalidade demonstradas pela Câmara Municipal”, a disponibilidade dos professores e dos funcionários, dos trabalhadores da autarquia e de todos aqueles que colaboraram, por exemplo dos alunos da Escola Profissional de Montemor-o-Velho (e da Escola D. Duarte - Coimbra).
“Este é um encontro que reúne alunos dos 2º e 3º ciclos e pretende ser um momento de convívio e, ao mesmo tempo, reforçar os valores presentes na disciplina de EMRC, tais como o respeito pelo outro, a partilha e a entreajuda”.
Jogos tradicionais, workshops, música, modelagem de balões, pinturas faciais e peddy paper foram algumas das atividades realizadas ao longo do dia.

Fonte: STIC/GAP (15-03-2016)
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince

sexta-feira, 11 de março de 2016

sábado, 5 de março de 2016

Templo Radha Krishna (Questões sobre o Hinduísmo)

Imagens interiores - retiradas da internet

Responde:
1) Que deuses fazem parte da Trimurti (trindade hindu)? 
2) Quais as suas funções e características?
3) Que ofertas recebem as divindades hindus?
4) As mulheres usam uma pinta na testa. Como se chama? O que simboliza?
5) Krishna está representado a azul e sempre com uma flauta. Como se chama a sua esposa?
6) A deusa Amba tem 8 braços. O que significam?
7) Shiva está ligado a uma lenda que fala em Ganesh. Qual é a lenda? (Nota bene: tem a ver com Parvati, luta e cabeça de elefante)
8) Como se chama o homem (cf. estátua) que está no jardim deste Templo? Quem foi?

Soluções: Questões sobre o Judaísmo

Soluções: Trivial Muçulmano - Jogo de cultura geral


Soluções: Palavras Cruzadas "Mosteiro dos Jerónimos"


quinta-feira, 3 de março de 2016

Palavras cruzadas - Mosteiro do Jerónimos

in Guião de Visita de Estudo_7

Horizontais:
1) Faixa que remata o andar superior do Claustro.
2) Elemento arquitetónico representado na Sala do Risco (da dir. para a esq.).
3) Grupo de monges que cantava na Igreja.
5) Sinónimo de corredor do Claustro; Uma das dedicações da Igreja: Nª Sra. dos... (da dir. para a esq.).
7) Nome dado ao teto da Igreja.
8) Elemento representativo da Ordem de Cristo; Espaços da Igreja onde estão colocadas as imagens de S. Jerónimo e da Sagrada Família.
12) Trabalho composto por pequenos vidros coloridos.
14) Nome atribuído à entrada de uma igreja.
15) Estrutura de madeira existente no Coro-Alto.
17) Nome da esfera, símbolo da Arte Manuelina.
18) Monumento funerário, em memória de alguém, nele sepultado; Religioso que habitava no Mosteiro (da dir. para a esq.).
Verticais:
1) Elemento decorativo, em forma de cone, colocado no remate do piso superior do Claustro.
2) Pedra utilizada na construção do Mosteiro.
4) Nome da capela principal da Igreja; Espaço da Igreja, entre o Subcoro e o Cruzeiro.
5) Elemento arquitetónico que suporta o teto da Igreja; Nome da segunda mulher do Rei
(de baixo para cima).
8) Atributo que acompanha sempre São Jerónimo.
9) Embarcação representada no túmulo de Vasco da Gama.
11) Tipo de decoração utilizado na arte Barroca; Revestimento de azulejo de uma parede.
13) Nome do rei que mandou construir o Mosteiro dos Jerónimos.
14) Frisos, em forma de corda, que decoram o Refeitório.
16) Zona do Mosteiro onde os monges dormiam; Uma das temáticas da decoração manuelina (de baixo para cima).
18) Elementos escultóricos do Claustro que servem para escoar a água da chuva (de baixo para cima).
in Site Mosteiro dos Jerónimos, adaptado

Trivial Muçulmano - Jogo de cultura geral

in Guião Visita de Estudo_7, 
Adaptado de MaestroPedro

quarta-feira, 2 de março de 2016

Roma renascida - vídeo


Utilizando a tecnologia 3D, um grupo de pesquisadores produziram um vídeo que mostra a cidade de Roma em seu auge -- 320 d.C. -- sob o comando do imperador Constantino, quando tinha um milhão de habitantes.
O projeto Rome Reborn (Roma Renascida) mostra a evolução de cidade desde a Idade do Bronze até o grande saque, no século 5 d.C, e as devastadoras Guerras Góticas.
Idealizado por Bernard Frischer, da Universidade da Virgínia (EUA), em parceria com pesquisadores do Colégio Politecnico di Milano e pela Universidade de Florença, ambas da Itália, o vídeo de realidade virtual foi produzido a partir de mapas e registos históricos com detalhes de prédios, residências particulares, estalagens, armazéns, padarias e até mesmo prostíbulos.
O tour 3D leva o turista à uma viagem ao Coliseu, ao Fórum e aos palácios imperiais no Palatino, entre outros.                                                                                                Daqui

Religiões do mundo

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Objetivos Globais para o Desenv. Sustentável

Igrejas em três dimensões

Igrejas em três dimensões
Clica na Igreja do Castelo de Montemor-o-Velho

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